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Review de Final Fantasy XVI: Echoes of the Fallen

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A primeira expansão de Final Fantasy XVI, Echoes of the Fallen, entrega uma nova masmorra e mais desafios para o jogo. Neste artigo, analisamos seus acertos e erros para avaliarmos o quanto a nova DLC vale a pena!

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revisado por Romeu

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Echoes of the Fallen e The Rising Tide: As novas expansões de Final Fantasy XVI

Durante a premiação do The Game Awards, a Square Enix apresentou o trailer das duas expansões de Final Fantasy XVI - Echoes of the Fallen e The Rising Tide, ambas com aventuras inéditas para Clive e seus aliados.

A primeira expansão, Echoes of the Fallen, já está disponível para download na PlayStation Store por R$ 53,90. Um pacote com ambas as expansões também está disponível por R$ 133,90, mas The Rising Tide, previsto para a primavera de 2024, carece de uma data de lançamento específica.

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Imagem: Square Enix
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Com duração de duas a quatro horas, dependendo do quanto o jogador deseja explorar cada detalhe e sua maestria no combate. A primeira DLC entrega elementos que o fim de jogo de Final Fantasy XVI carece. Neste artigo, analisaremos os principais pontos da expansão!

Como iniciar as missões de Echoes of the Fallen

Para iniciar a primeira DLC de Final Fantasy XVI, são necessários alguns pré-requisitos:

  • Habilitar a missão principal "Back to their Origin" (De Volta à Origem). Ela estará disponível ao voltar para o Esconderijo após os eventos em Waloed.

  • Concluir a missão secundária "Priceless" (Inestimável). Para habilitá-la, jogadores devem concluir as missões "Cut from the Same Cloth" (Cortes e Recortes), "Phoenix, Heal Thyself" (Fênix, Cure-se) e "Where There's a Will" (Planos e Vontades).

    Imagem: Square Enix
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    Ao concluir esses pré-requisitos, um marcador de missão de cor roxa aparecerá no Esconderijo. Basta conversar com Charon e escolher o ícone para iniciar a sequência de eventos que dão início à Echoes of the Fallen.

    Recomendações para jogar Echoes of the Fallen

    A expansão leva Clive até uma misteriosa torre dos Caídos, conhecida como Sagespire, o Pináculo dos Sábios. Lá, escondem-se inimigos muito poderosos e algumas das batalhas mais desafiadoras que Final Fantasy XVI pode proporcionar. Confira alguns dos nossos conselhos e recomendações para concluir esta masmorra.

  • Esteja em um nível alto. No modo Final Fantasy, os inimigos da expansão estão acima do nível 90.

  • Maximize a potência e quantidade de poções que Clive pode carregar. A Sagespire possui um número relevante de chefes e uma parcela deles possuem um padrão bem diferenciado de movimentos.

  • Considere usar Shiva e/ou Titan na sua configuração de combate. Alguns inimigos utilizam golpes difíceis de desviar, e a locomoção ou melhoria de bloqueios desses Eikons é essencial.

    Finalmente, uma masmorra para o fim do jogo

    Imagem: Square Enix
    Imagem: Square Enix

    Na prática, Echoes of the Fallen funciona como uma nova e longa missão secundária. Sua duração gira em torno de duas e três horas, e envolve seguir uma sequência de objetivos para descobrir a origem dos cristais de coloração arroxeada cujo comércio tem se expandido no mercado ilegal. Apesar de também conjurarem magia através do éter, essa nova variante de cristais possui uma durabilidade muito inferior.

    Conforme Clive busca a origem desses fragmentos, novos personagens e conflitos são introduzidos e o levam até uma misteriosa torre dos Caídos na província de Rosaria, a Sagespire, onde ele desvenda os segredos desta antiga civilização enquanto enfrenta inimigos formidáveis.

    Imagem: Square Enix
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    Afinal, o que a expansão traz de novidades para o seu público? Uma das principais críticas dos fãs com Final Fantasy XVI é a ausência da masmorra de fim-de-jogo, onde itens raros e inimigos poderosos aguardam aqueles em busca de um grande desafio. Echoes of the Fallen proporciona este conteúdo e faz jus ao nível de dificuldade dos quais os jogadores estão habituados nesta tradição da franquia.

    Segredos desvendados revelam o outro lado dos Caídos

    Outro destaque da expansão está na construção de lore em relação ao continente onde Final Fantasy XVI se passa, Valisthea. Como apontado durante o enredo e explicado pelo cronista Harpocrates, uma civilização antiga conhecida hoje como Os Caídos possuía enorme avanço tecnológico ao ponto de elevar naves aos céus e desafiar os deuses. Eles foram aniquilados por Ultima no evento conhecido como A Queda de Dzemekys, onde o Cristal-Máter da região também foi destruído.

    Imagem: Square Enix
    Imagem: Square Enix

    A história e o progresso da civilização em Valisthea é muito bem detalhado no livro Ultimania, mas seus detalhes estão muito ocultos dentro do jogo. Clive passa por algumas das ruínas dos Caídos, enfrenta autômatos adormecidos, e há peças de aeronaves e outros maquinários por todo canto no continente, ao ponto de até o Esconderijo ter sido construído no que costumava ser uma ruína deles.

    No entanto, FFXVI entrega muito pouco sobre quem foram os Caídos e como era a sua cultura. Echoes of the Fallen traz novos detalhes sobre as civilizações antigas de Valisthea, demonstra como sua tecnologia funcionava e até a maneira como eles tratavam outras formas de vida, revelando um império cuja estrutura e essência não difere da tirania da qual Clive e Cid se opõem, e cujo potencia destrutivo seria capaz de levar o continente - ou o mundo - para a ruína.

    Personagens novos não empolgam

    Imagem: Square Enix
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    Enquanto os mistérios dos Caídos é um dos grandes atrativos, o mesmo não pode ser dito dos novos personagens: um grupo de três mercadores envolvidos no comércio dos Dusk Shards. O propósito deles na trama acaba por se resumir em trazer problemas para Clive em sua busca e, por consequência, guiar o herói até as ruínas dos caídos.

    A narrativa da expansão até busca dar mais detalhes sobre o plano de fundo deles e suas origens, mas os diálogos entre eles e as situações em que se encontram os fazem parecer uma tentativa falha de alívio cômico, cuja atitudes - como demonstrado pelo próprio Clive - são mais irritantes do que engraçadas.

    Diálogos são um ponto fraco

    Outro ponto baixo de Echoes of the Fallen está na sua escrita: a maioria de seus diálogos não seguem o padrão de qualidade da história principal e estão, de fato, mais próximos do que encontramos em missões secundárias menos relevantes.

    Imagem: Square Enix
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    Há exposição demais em algumas frases dos personagens, e nem mesmo a ainda impecável atuação do Ben Starr consegue salvar algumas das cenas. Existem alguns momentos interessantes onde a união entre Clive, Jill, Joshua e Torgal fica evidente na forma como complementam o raciocínio um do outro.

    Outro problema da escrita da DLC fica exposta a partir destes diálogos: Jill ficou de plano de fundo. Ela interage bem menos do que Clive e Joshua e a maioria das suas falas são expositivas e/ou agregam muito pouco ao contexto geral do enredo, ou dela em relação aos eventos. Como figura central na história de Final Fantasy XVI, é incômodo ver Jill presa ao papel de auxiliar nos diálogos, e ela merece uma participação mais ativa em The Rising Tide.

    Uma DLC voltada para desafios no Combate

    Imagem: Square Enix
    Imagem: Square Enix

    A Sagespire é protegida por algumas das tecnologias mais avanças dos Caídos e espécies de monstros com mais de 1500 anos de existência. Enquanto alguns seguem padrões de ataques já conhecidos das suas versões contemporâneas, outros são oponentes formidáveis com suas próprias versões de ataques e garantem ao jogo um bom desafio nas batalhas. Além dos inimigos comuns, Echoes of the Past traz novos chefes exclusivos, cada um com uma estratégia distinta e diversos ataques exclusivos.

    Imagem: Square Enix
    Imagem: Square Enix

    O destaque entre eles é o confronto final da DLC, Omega, um super-chefe recorrente na franquia Final Fantasy, comumente visto como o oponente mais difícil dos jogos onde está presente. Em FFXVI, Omega é tão poderoso quanto seus predecessores sob as regras que o título propõe, com muita mobilidade, alta cadência de dano, uma série de ataques de longa distância e diversas surpresas durante uma batalha comparável ao confronto contra Eikons.

    Prós e Contras

    Dado todos os pontos acima, os seguintes prós e contras são destacáveis em Echoes of the Fallen:

    Prós

  • A DLC traz uma excelente masmorra de fim-de-jogo.

  • Novos chefes trazem maior desafio no combate.

  • A lore dos Caídos agrega um contexto adicional à história geral de Valisthea.

  • A música demonstra a razão de Final Fantasy XVI ter ganho o prêmio de Melhor Trilha Sonora no The Game Awards.

    Contras

  • Novos personagens são desinteressantes e diálogos são expositivos.

  • As recompensas por completar a DLC não são muito empolgantes.

  • A expansão se destaca por entregar algo que o produto inicial deveria proporcionar.

    Imagem: Square Enix
    Imagem: Square Enix

    Vale a pena comprar Echoes of the Fallen?

    Com todos os prós e contras considerados, como expansão, Echoes of the Fallen merece um 7 de 10.

    Se você gostou de Final Fantasy XVI e deseja um desafio extra e/ou um motivo para passar mais tempo com Clive e Torgal, esse produto lhe oferece o que você busca. Porém, ele não agrega em nada muito inovador para o jogo ao ponto de melhorar as falhas inerentes que o título já possui.

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    Seu valor está na média para o produto entregue e a ausência de bugs ou problemas inerentes no dia do lançamento dela demonstram o cuidado da CBU3 com o jogo. No entanto, à menos que você já esteja fidelizado pela proposta de The Rising Tide, não parecem haver muitas razões para comprar o Passe de Expansão ao invés de apenas a DLC.

    O que podemos esperar de The Rising Tide?

    Imagem: Square Enix
    Imagem: Square Enix

    Uma vez concluída, Echoes of the Deep deixa os jogadores com aquele sabor de "quero mais". Logo, as expectativas para The Rising Tide, prevista para a primavera de 2024, já são bem altas.

    Como revelado por Takeo Kujiraoka, diretor de ambas as expansões, em uma entrevista no site da Square Enix, The Rising Tide terá cerca de dez horas de duração e levará Clive até uma nova região em Valisthea conhecida como Mysidia, onde, por razões misteriosas, o céu continua azul e limpo apesar dos efeitos da Primogenesis no resto do continente.

    Imagem: Square Enix / PlayStation
    Imagem: Square Enix / PlayStation

    A segunda DLC também revelará alguns dos principais mistérios de Final Fantasy XVIlink outside website, como o que aconteceu com o eikon Leviathan e os motivos do seu Dominante não ter desperto durante muito tempo. Como demonstrado no trailer, um confronto direto entre Ifrit e Leviathan acontecerá e Clive terá acesso aos seus poderes para combate.

    Imagem: Square Enix
    Imagem: Square Enix

    Por fim, sendo uma área explorável, Mysidia terá sua própria escala de missões opcionais, fauna e flora. Por exemplo, Tonberries, criaturas icônicas da série, existem nessa região enquanto não são encontradas em nenhum outro lugar de Valisthea.

    Conclusão

    Isso é tudo por hoje.

    Final Fantasy XVI traz outra experiência excelente com sua primeira DLC, e promete entregar muito mais com a segunda expansão em 2024. Agora, queremos saber de vocês: quais foram as suas impressões de Echoes of the Fallen, e quais são suas expectativas para The Rising Tide?

    Obrigado pela leitura!