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Final Fantasy XVI: 5 Mistérios não resolvidos do jogo

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No artigo de hoje, apresentamos cinco mistérios do mundo de Final Fantasy XVI que ainda não foram respondidos ou solucionados!

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revisado por Romeu

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NOTA: Este artigo possui spoilers de Final Fantasy XVI, incluso os eventos do fim do jogo.

Final Fantasy XVI, o título mais recente da franquia Final Fantasy, foi lançado faz pouco menos de cinco meses. Desde então, diversas dúvidas e teorias foram criadas em torno do seu universo, e algumas delas foram até respondidas pelo Ultimania, lançado em setembro, que conta vários detalhes sobre a lore do jogo.

Apesar deste trazer mais conteúdos sobre os personagens e o mundo do jogo, ainda existem algumas dúvidas sem respostas sobre Valisthea, e podem se tornar temas centrais das duas DLCs futuras planejadas para o título.

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Neste artigo, destacamos cinco mistérios ainda não solucionados de Final Fantasy XVI!

Cinco Mistérios de Final Fantasy XVI

Avisamos novamente que este artigo tocará em temas centrais do jogo, com spoilers da trama até o seu fim. Se você ainda não zerou FFXVI, recomendamos que o termine antes de se aprofundar neste artigo.

O que aconteceu com Leviathan?

O Mural dos Eikons, com Leviathan / Imagem: Square Enix
O Mural dos Eikons, com Leviathan / Imagem: Square Enix

Em um dos primeiros trailers, fomos apresentados a um mural que destacavam os Eikons do jogo. Nele, em um tamanho colossal, temos a figura de Leviathan, um summon recorrente da franquia associado ao elemento da água.

O surgimento de Leviathan era esperado de alguma maneira durante o desenrolar do jogo, mesmo que seu Dominante nunca tenha sido revelado nos trailers. Só que ele não possui qualquer papel na trama, e nem aparece. A única vez em que ele é mencionado é quando Margrace encontra o mural dos Eikons e o chama de "Leviathan, o Perdido".

Então, onde está o Leviathan e o que aconteceu com ele? Segundo o livro Ultimania, a tribo da qual seu Dominante costumava despertar ficava localizado na península sul de Ash antes desta ser tomada pela praga, mas o motivo por trás do seu desaparecimento, ou a razão para não surgir nenhum Dominante dele nos tempos modernos são desconhecidos.

Outra dúvida sobre sua ausência é como Ultima não precisou que o Mythos, Clive Rosfield, absorvesse os poderes de Leviathan. Afinal, para se tornar o seu receptáculo perfeito, Ultima precisava que Clive absorvesse os outros Eikons para sustentar uma grande quantidade de magia.

Também segundo o Ultimania, a razão pela qual o vilão escolheu Clive como seu receptáculo é porque não só ele tinha aptidão para isso, como a oportunidade parecia propícia, já que havia tantos Dominantes despertos em uma única época, uma raridade, pois o surgimento deles não é sincronizado - talvez Ultima não tivesse outra opção se não aceitar o risco de criar o seu Mythos sem Leviathan, pois levaria séculos até que um momento mais oportuno aparecesse.

O que é a formação cristalina no mar de Sanbreque?

A formação cristalina que pode ser vista à distância no norte de Sanbreque / Imagem: Reddit
A formação cristalina que pode ser vista à distância no norte de Sanbreque / Imagem: Reddit

A resposta para o mistério acima pode, ou não, estar conectado com outro enigma de Final Fantasy XVI: a formação cristalina no horizonte das Planícies Reais, em Sanbreque. O ponto mais curioso sobre ela? Como comprovado em um diálogo entre dois fazendeiros, nem mesmo os moradores daquela região sabem o que é aquilo!

Diversas teorias já foram criadas pelos fãs: alguns acreditavam que ele é o Cristal do território do norte, que caiu no mar. Só que não apenas a localização geográfica dele no mapa contradiz a possibilidade, como os moradores de Sanbreque se lembrariam de um evento desse tamanho, ou ele seria recordado na história já que sua queda aconteceu muitos anos antes dos eventos do jogo. Outros acreditam que seja apenas uma formação de ondas congeladas de algum confronto anterior da Shiva - outro evento do qual os fazendeiros certamente se recordariam.

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Uma das teorias mais aceitas é a de que essas ondas cristalizadas tem alguma conexão com Leviathan, apesar da região estar quase na posição oposta ao de onde o seu Dominante costumava nascer. Próximo ao fim do jogo, podemos encontrar um dos agentes dos Imortais em Nortreach, que menciona estar investigando este fenômeno e os outros deles enviados para lá nunca voltaram. Isso reforça a teoria de haver algo sobrenatural e ativo nessa estrutura, e dada a conexão de Leviathan com o mar, faria sentido esta formação ser importante para uma futura DLC do Eikon desaparecido.

O que são e onde vivem os Moogles?

Nektar é o único Moogle que Clive encontra em Valisthea / Imagem: Square Enix
Nektar é o único Moogle que Clive encontra em Valisthea / Imagem: Square Enix

Moogles são as criaturas mais misteriosas de Final Fantasy XVI. Clive encontra apenas um deles: Nektar, do qual não consegue se comunicar com ninguém do Esconderijo além do protagonista. Após a passagem de tempo, ele fica responsável pelo quadro de caças, além de contar anedotas sobre suas supostas aventuras.

Sendo o único Moogle que temos contato, Nektar é a única criatura na trama de FFXVI com conhecimento sobre onde vivem os Moogles, do qual ele próprio se recusa a dizer. Além disso, as informações das quais Nektar poderia providenciar sobre sua raça são, no mínimo, questionáveis, dada a falta de fatos críveis nas suas "aventuras".

Outro mistério está na própria existência e linguagem deles. Enquanto Clive e duas crianças do Esconderijo enxergam Nektar, além de Cid ter sido quem o encontrou em uma ruína dos Caídos, o resto dos moradores parecem alheios a sua presença e nem sequer o mencionam. Harpocrates, por exemplo, afirma que Moogles não existem e as crianças estão imaginando coisas.

Em uma entrevista em junho, Naoki Yoshida e Hiroshi Minagawa comentaram que os Moogles foram uma das partes mais desafiantes da produção de Final Fantasy XVI, pois essas criaturas não se encaixam no tom mais sombrio do título, além dos problemas do Modo Desempenho com seus pelos, e eles quase foram cortados do jogo.

Para uma criatura em um papel tão cômico, Nektar traz muito mais dúvidas sobre os Moogles do que respostas - das suas origens até onde vivem e a razão de Clive ser o único capaz de se comunicar com ele.

O que existe no Outro Continente?

A descrição do Outro Continente providenciada por Harpocrates / Imagem: Square Enix
A descrição do Outro Continente providenciada por Harpocrates / Imagem: Square Enix

A história de Final Fantasy XVI se passa em Valisthea, mas ela não é a única região habitável do mundo: outro continente existe e ele é referenciado em algumas missões opcionais e na descrição de alguns itens e equipamentos.

O Ultimania revela que alguns personagens da trama estiveram ou vieram do Outro Continente para Valisthea, como Cid e Barnabas. Também sabemos que parte do Círculo de Malius foram para as terras ao sul de Ash, além de existirem algumas rotinas de trocas comerciais entre Valisthea e outras regiões. Elas, por exemplo, trouxeram espadas como a Masamune e a pedra de amolar que Clive encontra para Blackthorne, além de uma dúzia de artigos de luxo e Portadores, supostamente emancipados após chegarem em terras estrangeiras.

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Também não sabemos como é a relação política nessa região, e nem se os eventos de Valisthea, como a Primogênese e a Praga, também afetam suas terras, ou sequer se Ultima exerce alguma influência no Outro Continente. Não há informações suficientes para imaginarmos como seu povo vive.

Quem é o verdadeiro autor do livro?

A autoria do livro "Final Fantasy" é o mistério mais importante do jogo / Imagem: Square Enix
A autoria do livro "Final Fantasy" é o mistério mais importante do jogo / Imagem: Square Enix

Na cena pós-créditos, duas crianças e um filhote de cachorro brincam de "Guerra dos Eikons", onde eles personificam os Eikons de Valisthea dos quais, agora, são considerados contos de fadas. Essa cena ocorre muito tempo após os eventos do jogo e, nela, vemos um livro em uma mesa de cabeceira com o símbolo dos Quebra-Maldições, intitulado "Final Fantasy" e cuja autoria é creditada à Joshua Rosfield.

Mas essa autoria contradiz os eventos do fim do jogo: durante o confronto final, Joshua é ferido fatalmente pela parte de Ultima que ele havia selado dentro de si, e usa o restante de sua força para repassar os poderes da Fênix ao seu irmão. Após a batalha contra o vilão, Clive absorve seus poderes e, antes de usá-los para destruir o coração da Origem e pôr um fim em toda magia, ele cura a ferida de Joshua, mas esse não apresenta qualquer sinal de que tenha sobrevivido, ou sido revivido.

Depois, Clive destrói a Origem, e sua última aparição mostra seu braço sendo petrificado enquanto ele olha para a lua. O jogo implícita que Joshua está morto e Clive está morrendo (Joshua após Ultima se libertar do seu corpo, Clive pela quantidade de magia absorvida e utilizada para destruir a Origem), logo, não seria possível que Joshua tivesse escrito o livro.

Esse é o ponto da trama com mais teorias de fãs, e cuja resposta é inconclusiva. Uma delas, por exemplo, diz que Clive sobreviveu e escreveu o livro com o pseudônimo do seu irmão em homenagem a ele, pois Clive é um fora-de-lei conhecido. Final Fantasy XVI é um jogo com vários simbolismos e detalhes, alguns deles, como o fato de Harpocrates entregar sua caneta para Clive indicaria a aspiração do protagonista para se tornar um escritor. Além disso, Clive é o notório narrador da história tanto no começo quanto no fim dela.

Harpocrates é outro possível autor do livro. Afinal, ele está ciente de quase todos os detalhes da jornada de Clive, além de ser um sábio, professor e escritor habilidoso. No entanto, não haveria espaço temporal para o herói compartilhar os detalhes do seu último confronto, e a frase da qual inspirou supostamente o título do livro é uma das ditas por Clive durante o confronto: "A única fantasia aqui é a sua, e nós seremos suas testemunhas finais."

Outra teoria afirma que Joshua, revivido pela magia de Clive, escreveu o livro para imortalizar os atos do seu irmão. O cerne dessa é o objetivo de Ultima: a entidade manipulou eventos para Clive absorver todos os Eikons e se tornar um receptáculo forte o bastante para conjurar uma magia poderosa que destruiria Valisthea e criaria um novo mundo habitável para a sua raça. Logo, uma magia capaz de criar tal mundo, em teoria, seria forte o suficiente para trazer alguém de volta à vida - mas não explica como Joshua teria sobrevivido, inconsciente e sem seus poderes, à destruição da Origem.

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Por fim, há a possibilidade do autor Joshua Rosfield não ser o mesmo personagem que conhecemos no jogo, mas sim um descendente de Clive e Jill que decidiu escrever um livro sobre as aventuras do seu ancestral, inspiradas nas anotações de Joshua, ou até inspirado nas histórias contadas pela Jill aos seus filhos sobre Clive.

Essa teoria segue a lógica de que desfechos similares existiram em outros títulos dos quais nomes proeminentes do desenvolvimento de FFXVI já trabalharam, como na expensão Heavensward, de Final Fantasy XIV, e também em Final Fantasy Tactics, onde a história é contada por Alazlam Durai, com base no diário de seu ancestral, Orran Durai.

Essas são apenas algumas das várias especulações de fãs fizeram sobre a cena pós-créditos, e não há uma conclusão definitiva sobre o assunto. No Ultimania, é mencionado que a cena pós-créditos visa mostrar o mundo livre de magia criado por Clive, e a identidade do autor do livro "Final Fantasy" é passível às interpretações dos jogadores.

Conclusão

Com duas DLCs anunciadas, a equipe de Naoki Yoshida tem a oportunidade de responder algumas das principais perguntas e dúvidas dos fãs sobre o universo de Final Fantasy XVI. Enquanto algumas delas, como a autoria do livro, parecem improváveis de serem respondidas, outras podem se tornar temas centrais dessas expansões.

Agora, queremos saber de você: quais mistérios de Final Fantasy XVI mais te fascinam? E quais outros existem além dos mencionados na lista acima?

Obrigado pela leitura!