O ano de 2025 trouxe diversos lançamentos memoráveis. Alguns jogos conseguiram equilibrar inovação e familiaridade, além de algumas sequências muito aguardadas, enquanto outros chamaram a atenção por sua abordagem focada em nichos específicos e pela ousadia de tentar algo novo em uma indústria que parecia não deixar espaço para novas franquias.
Neste artigo, apresentamos os dez melhores jogos de 2025, com base em suas contribuições, popularidade e resultados gerais.
Os Dez Melhores Jogos de 2025
Split Fiction
Split Fiction se apresentou como um título intermediário para aqueles que esperavam muito do estúdio por trás do vencedor do prêmio de Jogo do Ano de 2021, It Takes Two, mas conseguiu criar experiências memoráveis para aqueles que se aventuraram nessa nova abordagem colaborativa.
Acompanhamos Mio e Zoe enquanto exploram os mundos de fantasia e ficção científica que criaram, com diversos tropos e referências que fazem deste um título que, embora não pretenda competir em grande escala com produções AAA, oferece consistência em seus objetivos e horas de diversão em equipe.
Hollow Knight: Silksong
Após anos de espera, o aguardado Hollow Knight: Silksong manteve a qualidade do primeiro jogo e introduziu mudanças que alteram a experiência de exploração e combate, mas sua contribuição para 2025 veio de reacender a discussão sobre a tênue linha entre desafiador e divertido, levantando o debate sobre o quão difícil um jogo deve ser para evitar se tornar tedioso para uma parcela do público.
O jogo acompanha a jornada de Hornet e equilibra desafios e exploração com certa consistência, e a trilha sonora acompanha o ritmo geral do jogo, reforçando a imersão com um estilo visual que agora pode ser considerado uma marca registrada da série.
Silksong cumpre a promessa de dar continuidade ao universo de Hollow Knight, mas não depende inteiramente do sucesso de seu antecessor para cativar o público, provando ter sua própria identidade como uma aventura independente, porém muito desafiadora, para novos jogadores.
Kingdom Come: Deliverance II
Kingdom Come: Deliverance II oferece uma experiência de RPG histórico consistente e mais acessível, com grandes melhorias em relação ao primeiro título da série, já que a Warhorse reorganizou seus sistemas para torná-los mais intuitivos sem suavizar a identidade rígida do game.
A trama evoluiu consideravelmente com uma direção cinematográfica aprimorada, e os relacionamentos de Henry e as situações sociais que surgem ao longo da campanha conferem às escolhas um peso que condiz com o estilo geral do jogo, com até mesmo o humor ocasional contribuindo para aliviar a rigidez do cenário sem quebrar a imersão.
No geral, Deliverance II é uma sequência que entende seu propósito e não tenta competir com RPGs mais acessíveis; em vez disso, adota o realismo como sua linguagem. O resultado é um dos jogos únicos de 2025 — exigente, consistente e, por isso, memorável. Se você conseguir ignorar os bugs inerentes a um ambicioso título medieval de mundo aberto, o que o aguarda é uma grata surpresa com grande precisão histórica.
Ghost of Yotei
Ghost of Tsushima foi um dos títulos mais aclamados visualmente dos últimos anos, e o segundo jogo da série, Ghost of Yotei, não decepciona nesse aspecto.
Ambientado em uma região isolada do Japão feudal, o título prioriza detalhes locais e um mapa enorme repleto de atividades que fazem da jornada de Atsu uma descoberta da beleza geográfica e estética típica da Sucker Punch, combinada com os diversos conflitos sociais e pessoais dos personagens secundários — tudo isso envolto em um dos melhores recursos gráficos e visuais que o PlayStation 5 tem a oferecer.
Se há uma falha em Yotei, no entanto, é a falta de ousadia. O jogo não oferece muito além do que Tsushima já ofereceu, e embora a narrativa garanta menos estereótipos do que seu antecessor, ainda segue muitos clichês narrativos estabelecidos nos últimos anos por outras obras, dando a sensação de que Yotei é um pouco de "mais do mesmo": excelente para quem se apaixonou pelo primeiro título, mas pouco atraente para quem esperava mais ousadia criativa.
Dispatch
Gerenciando um grupo de ex-supervilões em reabilitação que tentam salvar vidas, Dispatch inova tanto em sua abordagem narrativa quanto em sua estética, que combina jogabilidade focada em diálogos com árvores de opções e planejamento e gerenciamento de equipe com elementos de uma sitcom animada, criando uma experiência diferente de tudo que você já viu, repleta de uma história que consegue aquecer seu coração, arrancar boas risadas ou dar um soco no estômago, às vezes na mesma sequência em poucos minutos.
Não é o tipo de jogo para todos, mas definitivamente se encaixa na lista. Considerado um dos jogos mais criativos e inovadores de 2025, o produto parece ser o ápice do que os veteranos da Telltale aprenderam com seus sucessos e fracassos em trabalhos anteriores no gênero narrativa interativa.
Hades II
Hades II manteve a essência de seu antecessor, mas reorganizou tudo em torno de Melinoë, o que lhe confere um escopo único e mais amplo. A mudança de protagonista é construída de forma que suas habilidades influenciem diretamente o desenrolar de cada partida. Melinoë é mais flexível que Zagreus, e isso ajuda o jogo a ganhar ritmo mesmo após dezenas de tentativas, já que a preparação entre as partidas mantém o progresso sem prolongar o processo. Nada disso, porém, torna Hades II menos desafiador.
O que mantém o jogo entre os melhores de 2025 é a forma como expande a escala do seu universo com um padrão de qualidade impecável para uma das continuidades mais aguardadas dos últimos anos. A direção de arte é mais refinada, a trilha sonora combina com o tom urgente e o elenco de deuses aparece com diálogos que reforçam a personalidade e a estética da série.
Donkey Kong Bananza
Se você nasceu na década de 90, provavelmente jogou Donkey Kong. Bananza mantém a tradição de plataforma da franquia e atualiza a mecânica para 2025, sendo o título mais aclamado do personagem em muitos anos. O jogo repete fórmulas simples, mas preserva todas as características dos clássicos da Nintendo e aquela marca registrada encontrada apenas em seus jogos.
No ano passado, quando Astro Bot ganhou o prêmio de Jogo do Ano, uma discussão relevante na época foi que um dos motivos para o prêmio foi o fato de o título nos lembrar que videogames são para nos divertir. Donkey Kong Bananza oferece a mesma sensação: trata-se de se divertir, de dedicar tempo a um jogo interativo e colorido que entretém simplesmente por ser um jogo, sem se esforçar demais para se assemelhar ao cinema ou sem exageros estilísticos e gráficos — Bananza é um jogo por ser um jogo, puro entretenimento, e é por isso que é um dos melhores jogos de 2025.
Blue Prince
Blue Prince surge em 2025 como uma proposta ambiciosa que mistura terror psicológico, elementos roguelike e exploração investigativa — e oferece uma experiência coerente que justifica sua presença nesta lista.
A mansão mutável, o núcleo da jogabilidade, exige adaptação constante: a cada dia virtual, o desafio passa a ser decifrar padrões em vez de reagir a sustos previsíveis. A mecânica cria tensão e transforma a rotina de exploração em uma sucessão de decisões que fazem sentido dentro da lógica do jogo.
De todos os novos jogos lançados este ano, Blue Prince oferece algo único, e poucos títulos com quebra-cabeças como mecânica principal conseguem exercer tanta dominância no cenário de jogos independentes quanto este em 2025, tornando-o um dos melhores títulos do ano e possivelmente o melhor jogo independente de 2025.
Death Stranding 2
Um dos títulos mais aguardados do ano, Death Stranding 2 tem tudo: gráficos de alta qualidade, domínio técnico, exploração de um vasto mundo e, claro, a escrita característica de Hideo Kojima. Combinando um elenco digno de Hollywood e uma trilha sonora repleta de artistas renomados, o título flerta com o cinema com frequência, ao mesmo tempo que oferece uma das melhores experiências de jogo do ano.
Do ponto de vista da gameplay, a continuação do título de 2019 inova, mas mantém os pés nas mesmas raízes. A exploração do mundo continua sendo o cerne da experiência, e o sistema de entregas e a estrutura de mundo aberto permanecem presentes, juntamente com a mistura de ficção científica com elementos sobrenaturais e dilemas pessoais, sem abandonar o humor ou a estranheza, que continuam sendo marcas registradas do estilo narrativo de Kojima, desta vez com um ritmo mais acelerado — tanto na história quanto na jogabilidade — do que o jogo anterior.
Com tudo isso, Death Stranding 2 se consolida como um dos grandes nomes de 2025.
Clair Obscur: Expedition 33
Eleito Jogo do Ano pelo The Game Awards, Clair Obscur: Expedition 33 se baseia em uma sociedade condenada a morrer ano após ano e transforma essa ideia em um RPG cheio de personalidade.
O jogo da Sandfall cativa imediatamente com seus visuais inspirados em pinturas clássicas e na Belle Époque francesa, combinando-os com a coerência entre o mundo opressivo, o ritmo das missões e uma progressão mais contida e menos expositiva, que permite ao jogador se envolver com os personagens principais e se identificar com seus dilemas.
Além disso, Expedition 33 escolheu seu próprio conjunto de temas e os explora amplamente. O combate é onde essa identidade se manifesta com mais solidez: a mistura de mecânicas baseadas em turnos com timing preciso reforça a sensação de ter controle real sobre a batalha, e o jogo sabe variar bem a pressão entre os inimigos comuns e chefes sem se repetir, visto que a leitura de cada um pode variar de acordo com o padrão de seus ataques.
No geral, o título foi o destaque do ano e nos lembrou que jogos podem ser feitos com excelência sem precisar apostar tanto em recursos gráficos máximos ou orçamentos gigantescos; tudo o que é preciso é a equipe certa com paixão suficiente para criar algo capaz de provocar e desafiar os padrões preestabelecidos da indústria.











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