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Jogos Mortos: Games que não dá mais para jogar

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Veja nossa lista de jogos que você não pode, ou não poderá, mais jogar por serem um fracasso ou outros motivos.

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revisado por Romeu

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Um dos maiores medos atuais de qualquer jogador é a possibilidade de ficarmos sem nossos games de uma hora para a outra. A mídia física, que antes era um tipo de porto seguro para os gamers, já não é mais garantia de posse do game. As empresas cada vez mais atrelam os serviços e servidores, o que impede os gamers de acessar os jogos caso as empresas simplesmente desistam dos jogos.

Exemplos como FABLE III, no PC, se tornaram inacessíveis sem o serviço Games for Windows, lançado em 2011, e não rodam em Windows modernoslink outside website, como o 10 e 11, sem o uso de mods ou patches não oficiais. Outros, como Jump Force, que reunia Goku, Seya de Pégasos, Naruto, Luffy, Yugi e outros famosos personagens de anime, simplesmente foram abandonados pela Bandai Namco após não renovarem as licenças com os personagens. Então, quem comprou, hoje não pode mais jogar online.

Então, vamos falar de alguns games que estão inacessíveis, total ou parcialmente, e os motivos que levaram ao seu desligamento. E se você ficar com dúvidas, é só deixar um comentário.

Concord (PlayStation 5 / PC, 2024)

Concord foi um hero shooter futurista desenvolvido pela Firewalk Studios, estúdio ligado à Sony, claramente inspirado em jogos como Overwatch. Anunciado em 2023, ele chegou ao mercado em 23 de agosto de 2024, mas não conseguiu chamar a atenção do público. Em menos de uma semana no ar, a Sony decidiu desligar o jogo em 6 de setembro de 2024, citando vendas extremamente baixas.

O motivo: personagens sem apelo visual nem carisma claro, gameplay que misturava ideias já conhecidas sem executar nenhuma melhor do que os concorrentes, e um foco excessivo em equipes e papéis rígidos que tornava as partidas pouco dinâmicas para quem entrava casualmente. Quando o jogo chegou cobrando preço cheio, ficou ainda mais difícil competir com hero shooters gratuitos, mais polidos e com comunidades já formadas.

O jogo foi uma aposta tão grande que chegou a ter um episódio dedicado na série da Amazon Prime, Secret Level. As estimativas apontam que Concord vendeu menos de 25 mil cópias e teve um pico de apenas 697 jogadores simultâneos na Steam. Internamente, a liderança do PlayStation reconheceu que o projeto não atingiu as metas esperadas. Com isso, o jogo foi encerrado de forma definitiva e o estúdio responsável acabou sendo fechado. Todos que compraram Concord receberam reembolso integral.

Anthem (PC / PS4 / Xbox One, 2019 – 2026)

Anthem foi um looter-shooter cooperativo em terceira pessoa da BioWare, publicado pela EA, onde os jogadores usavam armaduras Javelin para cumprir missões em um mundo sci-fi aberto. O jogo chegou cercado de expectativa, já que a BioWare vinha de séries como Mass Effectlink outside website e Dragon Agelink outside website, e a promessa era algo no estilo Destiny, mas com mais foco em história. No lançamento, porém, Anthem sofreu com muitos problemas técnicos e um conteúdo raso que cansava rápido.

Anthem se passa em um mundo deixado inacabado por deuses chamados Shapers, onde a humanidade sobrevive em meio a ruínas e criaturas hostis. Os jogadores assumem o papel de Freelancers, pilotos de Javelins que protegem o último grande refúgio humano enquanto tentam conter forças antigas fora de controle.

As atualizações demoravam, não resolviam os problemas centrais e a base de jogadores nunca se firmou. A tentativa de reformular o jogo, chamada Anthem NEXT, acabou sendo cancelada. Sem novidades relevantes por anos, a EA anunciou o desligamento definitivo dos servidores em 12 de janeiro de 2026. Como o jogo nunca teve modo offline, Anthem se tornará completamente injogável.

The Crew (PC / PS4 / Xbox One, 2014 – 2024)

Um dos casos mais famosos da lista: The Crew foi um jogo de corrida em mundo aberto desenvolvido pela Ivory Tower e publicado pela Ubisoft, com um mapa inspirado nos Estados Unidos e foco quase total no online. A ideia era criar uma experiência social, onde os jogadores evoluíam juntos, participavam de eventos e disputavam corridas conectados o tempo todo.

A história servia mais como pano de fundo, colocando o jogador em uma jornada para subir no mundo das corridas ilegais pelo país. O problema é que o jogo sempre dependeu de conexão constante com os servidores.

Em 31 de março de 2024, a Ubisoft desligou os servidores e removeu o jogo das lojas digitais, citando custos de manutenção e questões de licenciamento. Com isso, The Crew se tornou completamente injogável. A decisão gerou forte reação negativa, já que um modo offline existia no código do jogo, mas nunca foi liberado para os jogadores. O jogo também foi um dos responsáveis pela iniciativa Stop Killing Games e existem projetos da comunidade, principalmente o The Crew Unlimitedlink outside website, que tenta recriar servidores privados e permitir o jogo no PC.

Marvel’s Avengers (PC / PS4 / PS5 / Xbox One / Xbox Series, 2020 – 2023)

Marvel’s Avengers foi um jogo de ação com elementos de RPG desenvolvido pela Crystal Dynamics e publicado pela Square Enix, misturando campanha focada em história com um multiplayer no modelo de serviço contínuo. A proposta era jogar com heróis famosos da Marvel em missões solo ou cooperativas, com novos personagens sendo adicionados ao longo do tempo.

A história acompanha os Vingadores após um grande desastre que leva à dissolução do grupo, com Kamala Khan servindo como ponto de ligação para reunir a equipe novamente. O lançamento gerou muita expectativa por ser um jogo AAA baseado em uma das marcas mais populares do entretenimento.

Na prática, o modelo de live service não se sustentou, com conteúdo repetitivo, progressão confusa e pouco incentivo para manter os jogadores ativos. A falta do rosto dos atores consagrados do cinema também não ajudou. Com o tempo, o interesse caiu e as atualizações perderam ritmo. Em setembro de 2023, a Square Enix encerrou oficialmente o suporte, desligando o live service. A campanha e os modos offline seguem acessíveis para quem já tem o jogo, mas o plano original foi abandonado.

New World / New World: Aeternum (PC / PS5 / Xbox Series, 2021 – ?)

New World é um MMORPG de mundo aberto desenvolvido e publicado pela Amazon Games, ambientado na ilha mística de Aeternum, com foco em exploração, PvE, PvP e guerras entre facções. O jogo chegou com força em 2021, puxado por alto investimento e pela promessa de ser um MMO moderno capaz de competir com nomes tradicionais do gênero.

A história gira em torno de aventureiros atraídos pela ilha, um lugar rico em recursos, mas marcado por forças estranhas e corrupção. Apesar do bom começo e de sistemas elogiados, o jogo sofreu com decisões de design instáveis, mudanças constantes e dificuldade em manter conteúdo relevante a longo prazo.

Em 2025, a Amazon anunciou o fim de novas expansões e grandes atualizações. Os servidores seguem ativos, ao menos até 2026, mas o projeto entrou claramente em modo de encerramento gradual. A decisão pegou parte da comunidade de surpresa, já que o jogo ainda mantinha uma base ativa.

Babylon’s Fall (PC / PS4 / PS5 / Xbox Series, 2022 – 2025)

Babylon’s Fall foi um jogo de ação cooperativa online desenvolvido pela PlatinumGames e publicado pela Square Enix, pensado como um título de serviço contínuo. O foco estava em partidas em equipe, loot e progressão constante, tudo ambientado na escalada da Torre de Babel. A história servia como pano de fundo, colocando os jogadores como guerreiros presos a esse ciclo de subir a torre em busca de poder e respostas.

O grande problema apareceu logo no lançamento, começando pelo visual. O jogo usava um filtro pesado, parecido com aquarela borrada, que deixava personagens e cenários sem definição e tornava o combate confuso de ler. Isso contrastava diretamente com o histórico da Platinum, conhecida por ação clara e precisa.

Somado a isso, o combate era raso, as missões extremamente repetitivas e o conteúdo insuficiente para sustentar um jogo online. A base de jogadores caiu quase imediatamente. Sem público e sem perspectiva de recuperação, o suporte foi encerrado e os servidores desligados em 30 de novembro de 2025.

Resident Evil Re:Verse (PC / PS4 / PS5 / Xbox, 2021 – 2025)

Resident Evil Re:Verse foi um jogo multiplayer PvP desenvolvido e publicado pela Capcom como um spin-off da série principal. A proposta era simples: colocar personagens clássicos da franquia, como Leon, Claire, Ada e outros, em combates rápidos dentro de arenas fechadas.

Re:Verse se passa em simulações de combate criadas pela Umbrella, usando dados de personagens e criaturas da série. A ideia é de que tudo o que acontece ali não é “real”, dentro da linha do tempo de RE, mas sim um ‘ambiente de testes’, algo como um treinamento virtual ou experimento.

A expectativa era alta, já que vinha junto de Resident Evil Village e carregava o peso de uma marca enorme. O problema é que o gameplay era raso, com pouca variedade de modos, mapas limitados e partidas que cansavam rápido. O equilíbrio entre personagens também gerou críticas constantes. Sem conteúdo novo relevante, a base de jogadores caiu rapidamente.

Re:Verse nunca conseguiu se firmar como multiplayer competitivo. Em 29 de junho de 2025, a Capcom desligou os servidores. Como não havia modo offline, o jogo se tornou completamente inacessível.

LawBreakers (PC / PS4, 2017 – 2018)

LawBreakers foi um FPS competitivo em equipes, desenvolvido pela Boss Key Productions e publicado pela Nexon, com Cliff Bleszinski como principal nome por trás do projeto. O jogo apostava em heróis com habilidades próprias e partidas rápidas em mapas com gravidade alterada.

A história era simples e servia só como pano de fundo, mostrando um mundo futurista dividido por conflitos após a quebra da Lua. No lançamento, o jogo até recebeu boas críticas pela jogabilidade rápida e técnica. O problema é que ele chegou a um mercado já dominado por Overwatch e outros shooters populares.

LawBreakers apostou em uma jogabilidade muito rápida, vertical e técnica, que exigia aprendizado alto logo de cara, sem oferecer um onboarding decente para jogadores novos. Ao mesmo tempo, o jogo não tinha personagens ou identidade visual fortes o bastante para se destacar, especialmente quando comparado a Overwatch, que dominava o mesmo espaço com acesso mais fácil e carisma maior.

O modelo pago também pesou, já que competia diretamente com shooters gratuitos ou já consolidados. Sem público, o projeto perdeu fôlego em poucos meses. Em setembro de 2018, a Nexon anunciou o desligamento definitivo dos servidores. Sem modo offline, o jogo se tornou totalmente inacessível.

Vampire: The Masquerade – Bloodhunt (PC / PS5, 2022 – 2026)

Vampire: The Masquerade – Bloodhunt foi um jogo multiplayer gratuito do tipo battle royale, desenvolvido pela Sharkmob e ambientado no universo de Vampiro: A Máscara, o RPG de mesa da editora White Wolf. Ele se passa em Praga, onde facções, ou Clãs, de vampiros entram em guerra após uma convenção que dá errado, e uma organização de caçadores conhecida como Segunda Inquisição aparece na cidade, misturando tiroteio, poderes sobrenaturais e verticalidade no combate.

No início, teve interesse e críticas razoavelmente positivas pelo clima, ambientação e uso da mitologia vampírica. Mesmo assim, ele nunca conseguiu manter uma base de jogadores grande o bastante para justificar atualização constante e suporte prolongado. O desenvolvimento ativo acabou em 2023, quando pararam de lançar conteúdo novo.

Bloodhunt saiu oficialmente em 2022, com a ideia de aproveitar o boom dos battle royales e o lore forte da franquia World of Darkness. Com o tempo, o número de jogadores caiu demais e virou difícil sustentar os servidores. A própria Sharkmob anunciou que, em 28 de abril de 2026, vai desligar os servidores de vez. Depois disso, Bloodhunt vai ficar completamente inacessível, já que sempre foi um jogo online.

Titanfall: Assault (iOS / Android, 2017 – 2018)

Titanfall: Assault foi um jogo de estratégia em tempo real para celulares, ambientado no universo da série Titanfall e publicado pela Nexon em parceria com a Respawn Entertainment e a Particle City. Em vez de tiro em primeira pessoa, ele misturava o tema de Pilotos e Titãs com um estilo de jogo parecido com Clash Royale, com cartas representando unidades e confrontos PvP.

A ideia era levar um pouco da ação tática de Titanfall para partidas rápidas no celular. O jogo saiu globalmente em agosto de 2017, mas logo enfrentou dificuldades em manter um público estável e lucrativo. Aparentemente, o formato e o modelo de monetização não deram o retorno esperado, e a própria equipe disse que o experimento não evoluiu como tinham imaginado.

Como resultado, no dia 30 de julho de 2018, todos os servidores foram desligados e o jogo saiu das lojas no dia seguinte. Sem servidores, Titanfall: Assault se tornou completamente injogável, já que dependia de conexão constante.