A série Baldur’s Gate é uma incrível franquia de RPGs baseados no sistema de mesa Dungeons & Dragons e desfrutava de um relativo sucesso entre os fãs que jogaram os games da Bioware (a mesma de Dragon Age e Mass Effect) durante o período do seu lançamento. Mas, o terceiro game, nas mãos da Larian Studios (site oficial)
, esse foi o que fez o game explodir e se popularizar, saindo da bolha dos fãs de RPG de mesa que gostam de RPG de mesa e explodiu para todos os jogadores.

Seja pela dedicação da empresa ao fazer um jogo por 11 anos, entregar um produto bem-acabado, os personagens cativantes que se tornaram parte das conversas dos jogadores, seja por causa de falas ou atitudes ou por seus dubladores, como foi o caso de Neil Newbon, vencedor de prêmios com o seu trabalho no papel de Astarion.
Seja por um motivo ou outro, Baldur’s Gate 3 é incrível e só tem um defeito: ele acaba! Sim, ele acaba e, por questões financeiras e comerciais entre a Larian e a detentora dos direitos do sistema D&D, a Mattel, não haverá uma DLC continuando a história e nem uma sequência pelas mãos competentes do time belga.
Mas, se você gostou desse jogo, então temos algumas recomendações de jogos que são similares de alguma forma, seja pelo mundo, pelas decisões ou mecânicas, esses jogos vão matar um pouco sua vontade de continuar jogando Baldur’s Gate 3. Se tiver mais sugestões ou dúvidas, deixe um comentário.
Divinity: Original Sin – PC, PS4, Xbox One, Switch, 2017
Se você terminou Baldur’s Gate 3 e ficou com aquele vazio existencial de quem quer mais combates táticos, liberdade total e diálogos que importam, a franquia Divinity: Original Sin é o passo seguinte natural.
Criado pela mesma Larian Studios, o jogo é basicamente o “irmão mais velho” de BG3. A base do sistema de turnos, o humor nos diálogos e o jeito que o mundo reage às suas ações nasceram aqui. Cada classe tem habilidades que mudam o campo de batalha, e o trabalho em equipe é essencial. Dá para conversar com fantasmas, enganar guardas e resolver missões de várias formas diferentes — o tipo de liberdade que quem jogou BG3 já aprendeu a valorizar.
Pillars of Eternity II: Deadfire – PC, PS4, Xbox One, Switch, 2018
Pillars of Eternity II é o tipo de RPG que lembra as origens da série Baldur’s Gate, com aquela visão isométrica clássica e uma história densa, cheia de escolhas morais. A diferença é o cenário: em vez de florestas e castelos, aqui você navega por ilhas tropicais, lidando com piratas, deuses e revoluções.
O ritmo é mais calmo e reflexivo, mas o jogo recompensa quem gosta de mergulhar em histórias complexas e personagens bem escritos. Quem se encantou com os dilemas e a liberdade de BG3 vai encontrar em Deadfire um mundo que se molda conforme suas decisões — inclusive no modo como o povo reage a você.
Pathfinder: Wrath of the Righteous – PC, PS4, Xbox One, Switch (Cloud), 2021
Se o que mais te atraiu em BG3 foi o combate tático profundo e as opções quase infinitas de builds e classes, Pathfinder: Wrath of the Righteous é o seu paraíso. Baseado no sistema de RPG mesa Pathfinder, o jogo é um banquete de mecânicas e possibilidades.
É mais denso, mais “crunchy”, e exige planejamento — mas, em troca, entrega um sistema de RPG que parece realmente de mesa. O enredo é épico, com demônios, cruzadas e escolhas que mudam totalmente o rumo da história. É um jogo que exige paciência e curiosidade, do tipo que recompensa cada decisão com consequências reais.
Disco Elysium – PC, PS4, PS5, Xbox, Switch, 2019
Quem jogou BG3 por causa dos diálogos e da profundidade dos personagens vai se sentir em casa com Disco Elysium. Aqui, não há combates táticos nem magias, mas há conversas que parecem mais intensas que qualquer batalha.
Você é um detetive decadente tentando resolver um assassinato em um mundo político e estranho, onde cada escolha de diálogo molda sua personalidade. É um RPG completamente voltado para a narrativa e interpretação, e o sistema de “vozes internas” é uma das coisas mais criativas já feitas no gênero. Se você valorizou as consequências das falas em BG3, esse jogo vai te deixar hipnotizado.
Dragon Age: Origins – PC, PS3, Xbox 360, 2009
Dragon Age: Origins é um sucessor espiritual dos Baldur’s Gate originais, criado pela própria BioWare. Ele leva o estilo “party-based RPG” para um formato mais cinematográfico, mas sem perder a complexidade das escolhas.
Você controla um grupo de heróis em uma história sombria sobre guerra, traição e sacrifício, com combates táticos pausados e muito diálogo moralmente cinzento. É o tipo de jogo que faz você pensar nas consequências antes de clicar em qualquer resposta. Quem amou os companheiros e as decisões impactantes de BG3 vai encontrar aqui um dos melhores exemplos de RPG ocidental já feitos.
Wasteland 3 – PC, PS4, Xbox One, 2020
Se o que te fisgou em Baldur’s Gate 3 foi o combate por turnos e o peso das decisões, Wasteland 3 oferece isso tudo, mas em um cenário pós-apocalíptico. No lugar de magias e elfos, você comanda uma equipe de Rangers tentando restaurar a ordem em um Colorado congelado e cheio de facções insanas.
Criado pelos desenvolvedores originais de Fallout, o game é um tipo de sucessor espiritual do game que acabous nas mãos da Bethesda e foi numa nova direção, abandonando a visão isométrica e abraçando o 3D. As missões são cheias de escolhas morais, e os resultados são imprevisíveis — do jeito que fãs de BG3 gostam. O humor é ácido, o combate é tenso e o sistema de habilidades permite personalizar seus personagens de um jeito que realmente afeta a narrativa.
Tyranny – PC, 2016
Tyranny é um RPG da Obsidian em que o vilão já venceu — e você trabalha para ele. A grande sacada é que o jogo coloca você do lado do império opressor, e todas as decisões giram em torno de como exercer poder. Ele mantém o estilo isométrico e o combate em tempo real com pausa, lembrando os antigos Baldur’s Gate.
O texto é denso e cheio de dilemas morais, e o mundo reage constantemente às suas ações. Quem gostou da liberdade narrativa e dos tons políticos de BG3 vai adorar explorar um universo em que ser o “herói” é algo completamente relativo.
Solasta: Crown of the Magister – PC, Xbox, 2021
Esse é o jogo que mais se aproxima de uma mesa real de Dungeons & Dragons, até mais do que BG3 em alguns aspectos. Solasta segue as regras da 5ª edição de D&D quase à risca, com combates táticos e rolagens de dados explícitas na tela.
O foco é total na exploração de masmorras e no planejamento de batalhas, com ênfase na verticalidade — a altura e o terreno importam. Ele é mais simples visualmente, mas é puro amor às mecânicas de D&D. Quem gosta da parte tática e da sensação de estar jogando uma campanha real vai se sentir completamente em casa aqui.
The Witcher 3: Wild Hunt – PC, PS4, PS5, Xbox, Switch, 2015
Mesmo sendo em terceira pessoa e mais voltado para a ação, The Witcher 3 compartilha com Baldur’s Gate 3 a alma de um RPG narrativo sério, cheio de consequências. Cada missão tem ramificações, e os personagens são profundos e realistas.
Geralt é um protagonista fixo, mas o modo como você responde, luta e se envolve com o mundo muda tudo ao redor. A escrita é madura e o mundo é tão vivo que é impossível não se perder nele. Para quem amou as histórias e a densidade emocional de BG3, esse jogo é praticamente leitura obrigatória.
Mass Effect: Legendary Edition – PC, PS4, Xbox One, 2021
Pra fechar, Mass Effect pode não parecer óbvio, mas ele é filho direto da mesma filosofia de Baldur’s Gate: narrativa ramificada, companheiros carismáticos e decisões com peso real.
A trilogia remasterizada mostra a evolução de um herói espacial e seu grupo em meio a guerras interplanetárias e dilemas éticos. E a Legendary Edition remasteriza tudo e moderniza os gráficos e mecânicas para tornar o game mais atraente aos jogadores atuais.
O que importa aqui é o vínculo com o time — o mesmo tipo de conexão emocional que BG3 faz tão bem. Cada escolha afeta não só o final, mas a jornada toda. É um RPG de ficção científica com coração de fantasia clássica.










 
  
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