10 Jogos Imperdíveis do GameCube Que Todo Gamer Precisa Conhecer

O Nintendo GameCube pode até não ter sido o console mais vendido de sua época, mas deixou uma marca profunda na memória de milhões de jogadores. Lançado em 2001, o pequeno console em formato de cubo lilás conquistou fãs com seu catálogo variado e repleto de títulos inovadores.

Diferente de seus concorrentes diretos, como o PlayStation 2 e o Xbox, o GameCube apostava em experiências que uniam a tradição da Nintendo com ousadias criativas. Muitos jogos lançados para ele continuam sendo lembrados até hoje, seja pela jogabilidade refinada, pelo estilo artístico único ou pela forma como expandiram franquias já amadas.

Neste artigo, vamos revisitar 10 jogos inesquecíveis do Nintendo GameCube, explorando suas qualidades, impacto cultural e porque até hoje são lembrados como verdadeiros ícones da história dos videogames. Prepare-se para uma viagem nostálgica que mostra por que o GameCube, apesar de não ter liderado em vendas, foi um console essencial para moldar a identidade da Nintendo na era dos 128 bits.

“The Legend of Zelda” sempre foi uma das séries mais icônicas da Nintendo, e o GameCube recebeu dois títulos que, até hoje, dividem e encantam fãs: The Wind Waker e Twilight Princess. O primeiro foi ousado ao apresentar um estilo cel-shading colorido e cartunesco, contrastando com a expectativa de um Zelda realista. Essa decisão causou polêmica na época, mas acabou provando ser um dos estilos visuais mais atemporais da série. Navegar pelos vastos mares de Hyrule transmitia uma sensação única de aventura, reforçada pela trilha sonora encantadora e pelo carisma dos personagens.

Já Twilight Princess, lançado no fim da vida do console (e também para o Wii), trouxe exatamente o oposto: uma direção mais sombria e realista. Foi aclamado por seu mundo vasto e por explorar uma atmosfera melancólica e madura. Muitos jogadores enxergaram nele o Zelda que sempre sonharam, com batalhas intensas e masmorras desafiadoras.

O contraste entre os dois jogos no mesmo console mostra a versatilidade da franquia. Enquanto Wind Waker apostou em leveza e inovação, Twilight Princess trouxe densidade e épico. Ambos, de formas diferentes, se tornaram experiências inesquecíveis para os donos do GameCube.

Quando se pensava em “Metroid”, a primeira coisa que vinha à mente eram jogos de exploração em 2D. Então, quando a Nintendo anunciou que Metroid Prime seria um jogo em primeira pessoa, muitos fãs ficaram desconfiados. No entanto, o resultado foi revolucionário.

O título trouxe uma nova perspectiva para a jornada de Samus Aran, sem abrir mão da essência da franquia: a exploração meticulosa, a atmosfera solitária e a sensação de descoberta.

O que mais impressionava era como o jogo conseguia transmitir a solidão do planeta Tallon IV. Cada corredor misterioso, cada ruína ancestral e cada criatura hostil reforçavam o clima de isolamento. Ao invés de focar em ação desenfreada, Metroid Prime equilibrava combate com exploração e resolução de puzzles ambientais. O visor da protagonista, que exibia informações de escaneamento, reforçava a imersão, fazendo o jogador se sentir dentro da armadura da caçadora espacial.

Graficamente, o jogo era um espetáculo, mostrando do que o GameCube era capaz. Os detalhes minuciosos e a ambientação envolvente davam a sensação de estar em um mundo vivo e ameaçador. Mais que um jogo de tiro, Metroid Prime foi uma experiência única que redefiniu os rumos da franquia. Sua influência é sentida até hoje, sendo considerado um dos melhores títulos já lançados para o console.

Seguindo os passos de “Super Mario 64”, Super Mario Sunshine trouxe a fórmula revolucionária de exploração em mundos 3D para o GameCube, mas com uma grande novidade: o uso do FLUDD, uma mochila d’água que expandia as possibilidades de jogabilidade. Ambientado na ensolarada Ilha Delfino, o jogo apostava em cenários tropicais coloridos e vibrantes, fugindo do estilo tradicional da série.

O que diferenciava Sunshine era a forma como combinava plataforma e mecânicas únicas de limpeza e movimentação. Com o FLUDD, Mario podia voar brevemente, escorregar em jatos de água ou resolver puzzles criativos. Essa inovação dividiu opiniões, mas para muitos trouxe frescor à franquia.

Outro ponto marcante era o design dos níveis, que exigiam precisão e habilidade, especialmente nas fases secretas onde o jogador era privado do FLUDD e precisava confiar apenas nas habilidades de plataforma clássica. Além disso, a atmosfera de férias paradisíacas trazia um tom descontraído, diferente de qualquer outro Mario.

Embora controverso para alguns fãs, Super Mario Sunshine se consolidou como uma experiência única, lembrada tanto pelo charme visual quanto pela ousadia em reinventar a jogabilidade do encanador. É um título que marcou profundamente a identidade do GameCube.

O GameCube estreou com um título inesperado: Luigi’s Mansion. Pela primeira vez, Luigi deixou de ser apenas o irmão tímido de Mario para protagonizar sua própria aventura. No jogo, o carismático personagem se vê dentro de uma mansão mal-assombrada, armado com o Poltergust 3000, um aspirador de fantasmas.

Diferente dos tradicionais jogos de plataforma, Luigi’s Mansion focava em exploração, resolução de puzzles e captura de inimigos. O ambiente sombrio misturado com humor leve criava uma atmosfera única. O carisma do protagonista e suas expressões de medo tornavam a jornada divertida.

Apesar de ser relativamente curto, o jogo marcou por sua originalidade e pelo cuidado nos detalhes, como a iluminação dinâmica, as interações com os fantasmas e a sensação constante de descoberta. Cada sala da mansão oferecia segredos, e os chefes exigiam estratégias criativas para serem derrotados.

Mais do que um spin-off, Luigi’s Mansion deu personalidade própria ao personagem, consolidando-o como muito mais do que o “irmão coadjuvante”. Foi um título inovador, que mostrou a disposição da Nintendo em arriscar ideias diferentes para seu console. Hoje, a franquia é uma das mais queridas da empresa, e tudo começou com esse inesquecível jogo do GameCube.

Entre todos os títulos do GameCube, poucos atingiram a popularidade de Super Smash Bros. Melee. O jogo expandiu a fórmula iniciada no Nintendo 64 e se tornou o título de luta mais querido entre os fãs da Nintendo. Com um elenco robusto, gráficos impressionantes para a época e uma jogabilidade frenética, Melee conquistou tanto jogadores casuais quanto competitivos.

O diferencial estava na profundidade mecânica. Simples de aprender, mas difícil de dominar, Melee se tornou referência para o cenário competitivo, sendo jogado em torneios até os dias atuais. A velocidade das lutas, as técnicas avançadas e a variedade de personagens ofereciam infinitas possibilidades.

Além disso, o jogo era uma verdadeira celebração da história da Nintendo. Cada arena, cada trilha sonora e cada detalhe eram um tributo às franquias da empresa. Jogar com Mario, Link, Pikachu, Samus e tantos outros em batalhas épicas era um sonho realizado para muitos fãs.

Sua importância cultural vai além do GameCube. Melee se transformou em um fenômeno duradouro, que ajudou a manter viva a cena competitiva de jogos de luta e consolidou o legado da franquia. Para muitos, até hoje é o melhor Smash já feito.

Em meio a gigantes da Nintendo, Viewtiful Joe se destacou como uma das surpresas mais criativas do GameCube. Desenvolvido pela Capcom, o jogo apostava em um estilo de super-herói inspirado em tokusatsu japonês, misturando ação em 2D com gráficos estilizados que lembravam quadrinhos animados.

A história girava em torno de Joe, um jovem comum transportado para dentro de um filme e ganha poderes para enfrentar vilões em batalhas cheias de estilo. O sistema de combate se destacava pelo uso de habilidades cinematográficas, como câmera lenta e aceleração, que permitiam criar combos espetaculares e resolver desafios de forma criativa.

O charme visual era inconfundível. O cel-shading dava ao jogo um aspecto atemporal, enquanto o humor exagerado e a narrativa divertida conquistavam os jogadores. Mas Viewtiful Joe não era só estilo: sua dificuldade elevada exigia reflexos rápidos e domínio das mecânicas.

Apesar de não ter alcançado o mesmo nível de popularidade dos grandes títulos da Nintendo, Viewtiful Joe conquistou um status cult. Para muitos, foi uma das experiências mais originais do GameCube, mostrando que o console também era palco para inovações ousadas vindas de terceiros.

Pikmin foi um dos títulos mais criativos lançados para o GameCube. Criado por Shigeru Miyamoto, o jogo apresentou uma proposta única: comandar pequenas criaturas chamadas Pikmin para explorar um planeta hostil e recuperar peças da nave espacial do Capitão Olimar.

A jogabilidade misturava estratégia em tempo real com elementos de exploração. Cada tipo de Pikmin tinha habilidades específicas, exigindo que o jogador usasse inteligência para superar obstáculos e inimigos. Além disso, o jogo introduziu um limite de tempo, forçando planejamento cuidadoso para completar os objetivos.

O charme do jogo vinha de sua atmosfera quase infantil e ao mesmo tempo melancólica. O mundo era vibrante e colorido, mas também transmitia a sensação de que Olimar era um ser minúsculo perdido em um ambiente enorme e perigoso. Essa dualidade cativava os jogadores, tornando cada descoberta significativa.

Pikmin não só se destacou como uma nova IP de sucesso da Nintendo, mas também inaugurou uma franquia que continua recebendo sequências até hoje. Sua originalidade e frescor garantiram um lugar especial no coração dos fãs do GameCube.

Entre os RPGs lançados no GameCube, poucos são tão celebrados quanto Paper Mario: The Thousand-Year Door. O jogo manteve o estilo visual encantador da série, com personagens que pareciam recortados em papel, mas trouxe ainda mais profundidade narrativa e mecânica.

O enredo seguia Mario em uma jornada para coletar Estrelas Cristalinas e desvendar os segredos de uma antiga porta lendária. O destaque estava nos diálogos bem-humorados e nas situações cômicas, que davam vida a personagens memoráveis. Diferente de muitos RPGs tradicionais, o combate era baseado em turnos, mas exigia interação ativa do jogador para aumentar o dano ou se defender.

O sistema de parceiros também enriquecia a jogabilidade, cada um oferecendo habilidades únicas dentro e fora das batalhas. Além disso, os cenários de papel permitiam soluções criativas, como transformar-se em avião ou atravessar fendas dobrando o corpo de Mario.

O equilíbrio entre humor, carisma e profundidade fez de The Thousand-Year Door um dos RPGs mais queridos da Nintendo. Até hoje, fãs clamam por um remake ou relançamento, tamanha é a saudade dessa obra-prima do GameCube.

A franquia Mario Kart já era um sucesso consolidado, mas o GameCube trouxe uma das entradas mais inovadoras: Mario Kart: Double Dash‼. O diferencial era permitir dois personagens no mesmo kart, um dirigindo e outro usando itens. Essa mecânica adicionava estratégia e dinamismo às corridas.

O elenco era vasto, com personagens clássicos e novos, e cada dupla tinha itens exclusivos, aumentando a variedade nas disputas. Além disso, o jogo permitia alternar entre os dois personagens durante a corrida, abrindo espaço para novas táticas.

As pistas eram vibrantes e bem elaboradas, incluindo clássicos como Baby Park e DK Mountain. A jogabilidade frenética, aliada à possibilidade de jogar em multiplayer cooperativo, transformava cada corrida em uma experiência imprevisível e divertida.

Double Dash‼ também marcou por ser o primeiro jogo da franquia a permitir partidas com múltiplos consoles conectados em rede local, algo revolucionário para a época.

Até hoje, muitos fãs consideram essa a entrada mais criativa da série, justamente por sua mecânica diferenciada. Double Dash‼ não apenas manteve a diversão característica da franquia, como também ousou e inovou de forma memorável.

Antes do fenômeno global que se tornaria anos depois, Animal Crossing fez sua estreia no GameCube no Ocidente. O jogo apresentava uma proposta diferente de tudo o que os jogadores estavam acostumados: viver em uma vila pacata, interagir com vizinhos animais antropomórficos e personalizar a própria casa.

Sem objetivos claros ou finais definidos, o jogo oferecia liberdade total. O relógio interno acompanhava o tempo real, com eventos e mudanças sazonais acontecendo conforme os dias passavam. Isso fazia com que cada sessão de jogo fosse única, incentivando o jogador a retornar diariamente.

A simplicidade era o maior charme de Animal Crossing. Conversar com vizinhos, colecionar móveis, pescar ou participar de eventos comunitários criava uma sensação de pertencimento rara nos videogames da época. Era uma experiência relaxante e pessoal, que contrastava com os jogos mais intensos e competitivos do catálogo do GameCube.

Esse título foi o início de uma das franquias mais queridas da Nintendo, mostrando que até mesmo experiências cotidianas poderiam se transformar em algo mágico. O GameCube foi o palco que deu vida a essa ideia inovadora, e os fãs lembram com carinho da primeira vez que entraram em sua vila virtual.

O Nintendo GameCube pode não ter dominado o mercado em números, mas seu legado está em seu catálogo de jogos inesquecíveis. De aventuras épicas como The Legend of Zelda a experiências inovadoras como Pikmin e Animal Crossing, o console mostrou que a criatividade e a ousadia podem superar qualquer limitação comercial. Muitos desses jogos permanecem relevantes até hoje, seja em relançamentos, sequências ou na memória nostálgica de quem os jogou.

O GameCube foi, acima de tudo, um console que marcou pela diversidade: trouxe novos clássicos, reinventou franquias antigas e abriu espaço para experimentos ousados. É por isso que, mais de duas décadas depois, ele continua sendo lembrado com tanto carinho pelos fãs de videogames.