Elden Ring: Teorias e Conexões Com Outros Jogos da FromSoftware

Em meio à lore complexa e obscura dos jogos da FromSoftware nasceu uma teoria que ganhou muita força na comunidade do jogo. A teoria sugere que os universos dos diversos jogos da FromSoftware estão conectados, ou seja, há um multiverso onde Dark Souls, Elden Ring e Bloodborne são parte de um todo.

De fato, as semelhanças de conceito entre esses jogos são notáveis, principalmente os títulos que abordam fantasia medieval, como Demon’s Souls e Elden Ring. Há sempre uma força maior que rege esses mundos (Primeira Chama, Eminentes, Anel Pristino), há sempre um ciclo interminável que precisa ser quebrado e um protagonista sem nome destinado a dar fim a esse ciclo.

Neste artigo, propomos que terá Elden Ring, o título mais recente e o mais bem trabalhado da FromSoftware, como centro desse multiverso. Mostrando como os diversos finais desse jogo podem se conectar com outros títulos Soulslike.

A Chama Frenética é a Primeira Chama

A Chama Frenética é uma entidade cósmica em Elden Ring que surge como uma saída para o ciclo interminável criado por Marika com a Ordem Áurea. Marika moldou o mundo para que a morte não mais existisse, um mundo onde todos prosperaram, guiados pelos empíreos. Porém, ela mesma causou a destruição e ruína desse reino de sonhos e todas as consequências que vieram com a fragmentação do Elden Ring.

Nesse final, o Maculado é possuído pela Chama Frenética, uma chama amarelada e descontrolada que consome o mundo inteiro, incluindo a Térvore, transformando tudo em cinzas para que dessas cinzas algo novo possa surgir.

É exatamente esse o início de Dark Souls, um mundo cinzento, onde a disparidade não existe, governado por dragões eternos, até que surge a Primeira Chama, um poder grandioso que atrai seres que até então viviam nas sombras e surgem assim Gwyn, Nito e outros personagens centrais em Dark Souls.

É possível que, ao queimar o mundo, o maculado tenha se fundido com a Chama Frenética, criando assim uma nova chama, trazendo caos para o mundo de Elden Ring na forma de vida, morte, luz, trevas e toda a dualidade que existe em Dark Souls. Os dragões ancestrais remanescentes no mundo de Elden Ring sobreviveriam ao fogo e herdariam o mundo novamente, e as sementes da Térvore poderiam florescer em árvores gigantescas, como visto no início da série Souls.

A trilogia Souls original gira em torno de um ciclo da vida, um curso natural entre luz e trevas. A Chama Frenética sugere exatamente isso.

A Era das Estrelas

O final de Ranni pode ser alcançado seguindo a questline da personagem, onde o mundo termina sendo governado em uma era guiada pelas estrelas e pelo cosmos. Toda essa atmosfera cósmica lembra muito o que acompanhamos em Bloodborne, onde o mundo é moldado por seres alienígenas conectados à lua e às estrelas.

Durante a infância, Ranni teve contato com a Lua Negra, que possivelmente é um Deus no mundo de Elden Ring. No universo do jogo, há diversos deuses externos, como a Divina Vontade, a Podridão Escarlate e a Lua Negra.

Em Bloodborne o chefe final é a Presença da Lua. Uma entidade que governa o Sonho do Caçador e que é a principal responsável pelos eventos que acontecem no jogo base.

A Era do Crepúsculo

Há outro final onde é possível restaurar a Runa da Morte, que havia sido separada do Elden Ring e aprisionada por Marika. Isso resulta no final do Crepúsculo, onde o mundo é envolto em uma névoa e os mortos são integrados à Ordem Áurea.

Inicialmente, Marika selou a Runa da Morte para criar um mundo onde os deuses poderiam viver eternamente. Durante os eventos da Noite das Facas Negras a runa da morte é roubada e um semideus é morto. Ao restaurar a runa para o lugar de onde ela foi retirada, o Maculado cria um novo mundo, onde vida e morte são parte do todo e uma névoa surge.

Em Demon’s Souls o mundo é fragmentado e envolto em uma névoa sombria. A morte é uma parte importante na lore do jogo, já que as almas são basicamente uma moeda de troca e moldam a economia e a estabilidade desse mundo. É em Demon’s Souls que vários conceitos usados em títulos posteriores são estabelecidos, sendo este o primeiro Soulslike.

Talvez o final do Crepúsculo tenha gerado o mundo de Demon’s Souls, sendo este uma versão futura de Elden Ring nesse final. O Antigo, entidade que governa o mundo de Demon’s Souls, pode ser uma encarnação da Runa do Príncipe da Morte, runa gerada por Fia no final do Crepúsculo.

Há ainda outras conexões muito interessantes no jogo. Como o deus sem forma cultuado por Mohg e de quem ele extrai os poderes de sangue, algo muito semelhante ao que vemos em Bloodborne.

A Chama Frenética é cultuada por diversos NPCs no jogo e todos eles possuem seus olhos arrancados ou vendados, assim como vemos em alguns NPCs de Dark Souls e Bloodborne. A Firekeeper em Dark Souls 3 possui seus olhos vendados e diversos personagens em Bloodborne também, seja para receber uma visão oculta ou para prevenir visões indesejadas.

Finalizo aqui mais um artigo. Deixe suas dúvidas, sugestões, críticas e/ou elogios nos comentários. Obrigado pela leitura e até a próxima.