A ilusão das escolhas é uma das coisas mais comuns em muitos games de RPG e outros games que imitam as mecânicas. Dar muitas opções de escolhas de diálogos ou múltiplos caminhos que, no final, chegam no mesmo resultado. Um exemplo bem claro é Genshin Impact, o gacha action RPG da Hoyoverse que, na teoria, lhe dá múltiplas opções de diálogo, mas que, no fim, não fazem nenhuma diferença no final da história, pois o caminho é único e predefinido, mesmo que você seja legal ou ofensivo com algum NPC.
Porém, muitos jogos, principalmente aqueles focados em singleplayer e na história, têm várias linhas de diálogos, múltiplos momentos de decisão e caminhos a serem percorridos que mudam, alguns mudam tudo, em seus finais. E esses são jogos que valem a pena jogar várias e várias vezes para você ver como essas decisões mudam sua vida e os finais dos personagens.
Vamos falar de alguns games em que as suas decisões realmente importam e fazem diferença nos finais dos games, e caso você tenha dúvidas, deixe um comentário.
Série Life is Strange
A série é principalmente toda sobre escolhas e todas elas importam em maior ou menor escala. A série Life is Strange acompanha dois personagens, sendo que um tem algum tipo de poder e outros muitos problemas. Max e Chloe, a dupla do jogo original Life is Strange, são as mais conhecidas e as garotas propagandas da franquia. Embora cada um dos games valha muito a pena ser jogado, o original ainda é o mais famoso deles.

Max pode voltar no tempo com seus poderes e reverter decisões e ações feitas, porém, cada uso de seu poder torna as coisas ainda mais complicadas, o que a leva a um final em que deverá escolher salvar toda uma cidade ou a garota que ama. Embora o jogo tenha apenas dois finais (a cidade ou Chloe), o caminho até eles é cheio de escolhas que mudam diálogos, cenas e até o cenário em volta. Detalhes que fazem a diferença no gameplay e nos fazem querer jogar várias e várias vezes os jogos da franquia.
Série Dragon Age
Ao longo dos anos, tivemos algumas modificações na série Dragon Age, com ela passando de um RPG sombrio e cheio de estratégias e microgerenciamento de habilidades para um jogo mais voltado para ação, combate rápido e menos estratégia. Mas, algo que não mudou, foi o foco na história sempre envolvente e emocional, mesmo que nem todos os fãs gostem de um ou outro game da franquia.

Ao longo de quatro jogos da linha principal, Dragon Age é cheio de momentos decisivos que podem mudar os resultados de toda a sua gameplay, fazer companheiros entrar ou deixar a campanha, envolver-se romanticamente com eles, decidir quem vive ou morre, mudar o final do jogo e até mesmo, alterar significativamente os jogos seguintes.
Inicialmente, o sistema de importação de save do primeiro para o segundo jogo era o que garantia que você levasse suas escolhas para o próximo game, depois o site Dragon Age Keep que permitia você a reconstruir sua história nos dois jogos anteriores a partir das decisões-chave que mudam todo o jogo e, atualmente, no último game, Veilguard, quase nada dos jogos anteriores importa. Mas, no final das contas, muito ou pouco, as escolhas que você faz importam.
Batman: The Enemy Within
A Telltale Games se orgulha de seus jogos baseados em escolhas. Eles confrontam os jogadores com decisões que devem tomar rapidamente, além de oferecer opções de diálogo que permitem que eles se dirijam aos outros personagens como desejarem. Batman: The Enemy Within é um desses jogos, permitindo que os jogadores controlem o Cruzado Encapuzado enquanto ele faz o que o Batman faz de melhor: proteger o povo de Gotham.

Muitos vilões famosos aparecem neste jogo, mas as estrelas sombrias desta série são Coringa e Arlequina. O relacionamento deles é invertido, de modo que Arlequina é a mente manipuladora e Coringa é o manipulado. Mas o jogador também pode ter um papel na formação do personagem do Coringa. Dependendo de como escolher tratá-lo, o jogador o transforma em um vigilante ou em um vilão.
Knights of the Old Republic
É difícil não falar da Bioware do “antigo testamento” em um artigo sobre decisões que importam e poderíamos citar as principais franquias dele, como Mass Effect, mas para não ficar repetitivo, vamos citar só mais esse que, no final das contas, é o “berço” das aventuras do comandante Shepard e seus companheiros. Knights of the Old Republic é um RPG de Star Wars que coloca você na pele de um protagonista com amnésia, encarregado de rastrear o maligno Darth Malak. Ao longo do caminho, você faz uma série de escolhas diferentes.

A maioria delas impacta diferentes personagens e o desenrolar de certas missões. Há também um sistema de romance no jogo, então decidir quem você quer conquistar é outra escolha que você precisa fazer. A decisão mais importante, porém, vem no final do jogo e altera completamente o final da história e o tipo de pessoa que seu personagem se tornará. Uma história típica da antiga Bioware que até hoje vale a pena ser rejogada. Se o problema for os gráficos, então você pode esperar pelo remaster que vem por aí.
Fable 2
Outro dos jogos de RPG que lhe dá opções que farão diferença no final. O primeiro jogo pavimentou o caminho para o excelente Fable 2, que foi talvez o título mais aclamado da série (até agora), e é fácil entender o porquê. Ele exalava carisma e personalidade, e levava os jogadores a uma história arrebatadora para salvar as terras dos poderes malignos de Lucien, o homem que matou sua irmã mais velha quando ambos eram órfãos pobres vivendo nas ruas.

Os jogadores terão escolhas ao longo de Fable 2, e o sistema de moralidade bem implementado dá peso às suas decisões e pode alterar a aparência de seus personagens. Há três finais possíveis para a aventura de Sparrow, e a escolha que o jogador fizer determinará qual final receberá. Certamente não é uma escolha fácil de fazer, e a maioria dos jogadores jogará várias vezes apenas para experimentar tudo o que Fable 2 tem a oferecer.
Divinity: Original Sin 2
Antes de Baldur's Gate 3, havia Divinity: Original Sin 2, o único e excelente RPG da Larian ambientado em um mundo próprio que apresentava uma história original, com páginas de conhecimento para os jogadores mergulharem de cabeça. Os jogadores podiam escolher jogar como um dos personagens da Origem ou criar seu próprio personagem para invadir o mundo e deter os Voidwoken.

Além da missão principal, existem várias missões secundárias que os jogadores podem embarcar, com escolhas que podem resultar no fracasso da missão, fazendo com que o personagem do grupo que está nela abandone você ou até mesmo morra. Os jogadores têm liberdade para fazer as missões como desejarem, cujas consequências podem enfrentar mais tarde. Se você ainda não começou a jogar o Baldur’s Gate 3, talvez possa experimentar Divinity antes.
Série Baldur’s Gate
Mas, não dá para falar de jogos cujas decisões importam sem mencionar Baldur’s Gate. E não estou só falando do terceiro jogo, e sim de toda a série. Baseado em Dungeon’s & Dragon’s, a franquia Baldur’s Gate leva o RPG de mesa para os computadores e consoles, emulando as decisões e interpretação de um personagem para os controles e mecânicas de rolagem de dados, magias e talentos adaptados, tudo que encontramos nas páginas dos livros, mas em um game.

As aventuras dos jogadores em Baldur’s Gate, em geral, envolvem o grupo de jogadores composto por personagens de diversas classes de RPG contra o deus maligno Bhaal, mas entre eles, existem as “Crias de Bhaal” que tem sangue demoníaco. As escolhas do jogador podem levar você a se tornar um grande herói ou mesmo uma maldição para o mundo se você abraçar seu lado sombrio.
Detroit: Become Human
Outro game que é todo sobre decisões. Detroit: Become Human, e outros jogos da mesma produtora, a Quantic Dream, como Beyond Two Souls e Heavy Rain, são sobre escolhas e todas elas mudam e muito o final do game. Detroit: Become Human tem diversos finais, diversas ramificações, diversas escolhas, respostas, reaçoes que é até difícil ver todos, sendo necessárias várias e várias jogadas para ver todos.

O game mostra um futuro distante, onde humanos e androides vivem juntos, mas não em harmonia. A população está descontente com os androides, pois eles cada vez tomam mais espaço na sociedade e nas relações familiares. Ao longo do game, acompanhamos três androides em sua jornada: Connor, o robô detetive investigando robôs rebeldes; Kara, uma robô doméstica que cuida de uma criança; e Markus, um robô que acompanhava um idoso e acabou se tornando um líder de uma revolução.
Undertale
Undertale é um RPG único que acompanha uma criança que acaba em um estranho lugar subterrâneo. Lá, você precisa fazer uma infinidade de escolhas, seguir caminhos e conversar com NPCs que podem ser seus aliados ou inimigos. O jogo registra essas decisões, mesmo que não mostre as consequências imediatamente. Na verdade, em vários casos, você precisa esperar um pouco antes de descobrir se a escolha que fez realmente importa.

Você pode escolher como lidar com cada um dos seus inimigos, lutando, poupando eles antes do golpe final ou não machucando eles em nenhum momento. Existem várias alternativas para um simples combate contra um minion. Para certas decisões, você só descobre as consequências no final do jogo. Por exemplo, a forma como você trata os chefes que enfrenta afeta a conclusão do jogo. Se você poupar todos eles, terá um final diferente do de jogadores sanguinários que decidiram matar todos.
Chrono Trigger
Mesmo em meados dos anos 90, desenvolvedores como a Square Enix permitiram que os jogadores tivessem o poder de decisão de como o jogo se desenrola, apresentando escolhas que poderiam ter um grande impacto na história. E o maior exemplo disso é um de seus RPGs mais amados de todos os tempos, o Chrono Trigger.

A história do jogo levará os jogadores e seus companheiros por várias épocas diferentes em sua busca para salvar o mundo como eles o conhecem. E com histórias de viagem no tempo, sempre há consequências para se intrometer na linha do tempo. As escolhas que o jogador faz podem mudar a maneira como a narrativa se desenrola, o que é uma quantidade impressionante de liberdade, considerando a época de lançamento do jogo.
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