Com um elenco de quase 170 Campeões jogáveis, League of Legends é um MOBA (Multiplayer Online Battle Arena) lançado em 2009 e que passou por diversas alterações em sua Lore e universo até se tornar o imenso trabalho artístico e literário que vemos hoje em dia, seja pelas cinemáticas, contos do League Universe, páginas de campeões, músicas e até mesmo através da aclamada série Arcane, com segunda temporada confirmada para novembro deste ano.
Toda essa ampliação de universo e história se deu a diversos fatores que aconteciam com a narrativa antiga: além de todas as inconsistências, narrativas “preguiçosas” ou muito clichê, a maioria dos personagens acabava por ter suas personalidades centradas naquilo que faziam no jogo, até então chamado frequentemente de “campos da Justiça”. Os escritores da Riot aproveitaram o Revamp total e aprofundaram muito nas regiões, artes e culturas, mas também na sua representatividade com personagens, antigos e novos, dentro da comunidade LGBTQIA+.
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Temos que ser honestos e admitir que, infelizmente, os dias atuais ainda contam com muita intolerância e toxicidade nas comunidades de gamers. LoL é um dos jogos mais jogados do mundo por diversos anos com sucesso absoluto, mesmo com todos os estereótipos a respeito de sua comunidade também tóxica rodarem a internet em forma de memes, é um game que vem fazendo um trabalho positivo nos últimos anos para aumentar sua representatividade para com seus jogadores.
Para celebrar o Mês do Orgulho, a UmGamer traz uma lista com personagens e campeões confirmadamente LGBTQIA+ no universo de Runeterra, e não apenas do LoL. Outros jogos da Riot Games também vêm tomando a mesma atitude positiva e merecem ser igualmente mencionados e amados.
Caitlyn e Vi
Duas peças importantíssimas no elenco de protagonistas de Arcane, a história amorosa de Vi e Caitlyn já era algo trabalhado na narrativa desde muito antes, apenas sendo 100% confirmada com o lançamento da série em 2021. O romance lésbico entre a xerife de Piltover e sua parceira/braço-direito deixou muitos fãs e espectadores felizes e trouxe ainda mais profundidade e emoção na construção de ambas as personalidades.
Diana e Leona
A história conturbada entre os Aspectos Targonianos do Sol e da Lua, Leona e Diana respectivamente, emocionou muitos fãs quando foi lançada e confirmada. Atualmente obrigadas a lutarem entre si por suas devidas Fés e Culturas, durante a juventude as duas cresceram como um casal e jamais superaram a inevitável separação que seus destinos causaram.
Graves e Twisted Fate
Após o lançamento do conto “The Boys and Bombolini”, o League Universe entrou em um hiato sem nenhuma história nova até o anúncio de Hwei. Porém, essa história foi muito amada e apreciada pela comunidade LGBTQIA+ por confirmar que Malcolm Graves e Tobias Felix, mais conhecidos apenas como Graves e TF, são um casal. E não são qualquer casal, mas têm um relacionamento forte, bem-humorado, de muita confiança, que sai do estereótipo negativo de que “um homem gay precisa parecer afeminado”. Dar esta representatividade enquanto se distancia de estereótipos e clichês depreciativos é a melhor forma de se trabalhar com essa inclusão, exatamente como foi feito com os dois. Enquanto Graves é homossexual, TF se considera Bi/Pansexual.
K’Sante
Desde o lançamento de seu trailer e apresentação, sua história sempre foi centrada no relacionamento do Caçador e do Arqueiro, em como se amavam e estavam sempre lá um para o outro. K’Sante trouxe não apenas a representatividade gay, mas foi o primeiro homem homossexual e preto a entrar no elenco do League. O personagem - apesar de ser discutivelmente roubado no Rift - é um sucesso de design e nos dá vontade de ver a Riot nos trazendo mais e mais campeões de mais e mais minorias que, por muito tempo, foram excluídas dos games e comunidades de gamers.
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Nami
Uma das raças mais antigas de todo o mundo de Runeterra, os Marai possuem civilizações submersas desde muito antes dos conceitos de sexualidade, orientação e identidade de gênero sequer existirem. Sua cultura, que se manteve forte durante milênios, ainda trata esse tipo de assunto da mesma maneira: como se não existissem ou não importassem. Desta forma, Nami e vários outros Marai são abertamente bi/pansexuais e, esta inclusive estando em um relacionamento não-monogâmico com Loto e Tama, personagens de Legends of Runeterra.
Neeko e Nidalee
Apesar de não serem um casal confirmado, Neeko e Nidalee possuem um relacionamento muito aconchegante e interessante. Enquanto Neeko admira e tem um grande crush em Nidalee, esta tem uma personalidade menos voltada a estes assuntos e enxerga a Oovi’Kat como alguém que precisa de sua “mentoria”. Apesar disso, foi dito que tal relacionamento tem “florescido” aos poucos, o que poderíamos ver acontecendo em breve em alguma próxima atualização sobre Ixtal e seus campeões.
Rell
Não revelado e nem confirmado sobre qual a sua identidade ou orientação dentro do Vale, Rell está presente no mais recente pôster oficial da Riot celebrando o Mês do Orgulho LGBTQIA+ com todos os outros personagens mencionados acima, aumentando em mais uma pessoa o número de pessoas queer e pretas em League of Legends.
Varus
Apesar de não ser um personagem que tem sua sexualidade definida (afinal de contas ele é um ser possuído por uma arma Darkin), a história de Varus conta o drama de Valmar e Kai, um casal de caçadores talentosos que ficaram unidos até o final, mesmo durante e após a possessão de seus corpos. Tornando-se apenas um corpo, alterado e corrompido pelo Darkin, Valmar e Kai continuam, de alguma forma, juntos dentro de Varus.
Taliyah
Pouco depois de seu lançamento, existiu muita fofoca na internet sobre a possibilidade de Taliyah ser uma mulher trans. Este rumor jamais foi confirmado pela Riot, mas no último evento das Star Guardians, podíamos ver um adesivo com as cores da bandeira trans em seu caderno. É possível ter sido apenas uma mensagem positiva à comunidade trans, mas muitos levam como canon que, pelo menos no universo das Star Guardians, Taliyah é transexual.
Tyari
Inicialmente apresentade como Tyari, the Traveler, é uma pessoa não-binária junto de seus companheiros em uma jornada para subir ao topo do Monte Targon. Apenas elu consegue chegar ao topo e é guiade por Taric até transcender no Aspecto da Viajante, momento em que ela começa a utilizar pronomes femininos ao assumir sua nova identidade. Tanto a representatividade não-binária quanto transexual no geral é abordada de forma delicada e emocionante, e vale a pena checar as artes e descrições de todas as cartas relacionadas a tal personagem perfeitamente criada para o Legends of Runeterra.
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Tauulo
Conhecido pela sua carta Buhru Leader, Tauulo é o nome deste personagem apresentado em Legends of Runeterra. Sua lore, seus textos, sua página da wiki e publicações do escritor revelam explicitamente que, além de ser uma ótima carta e um personagem incrível, Tauulo é um homem trans.
Chaska
Assim como Tauulo, Chaska é o nome de ume personagem apresentade em Legends of Runeterra através da carta Wandering Shepherd. Chaska é uma pessoa não binária e utiliza os pronomes neutros (They/Them/Elu/Delu) em todas as suas falas e descrições.
Sett
Protagonista e narrador do modo Arena, popular e poderoso nos rifts e ainda dono de um carisma egocêntrico que encanta seus fãs, Sett é implicitamente bissexual, com tais implicações lançadas diretamente por falas, textos ou histórias no Universe.
Faltou alguém?
Após o grande hiato de histórias no League Universe e o anúncio que o universo canônico será unificado, teremos tantos lançamentos de retcons, informações e detalhes sobre personagens que é possível que mais nomes entrem nessa lista no futuro. Com Arcane 2 chegando tão perto, dá cada vez mais vontade de conhecer mais sobre tantos personagens e tudo o que eles representam.
A cada ano, a cada lançamento e a cada anúncio, a comunidade de jogadores LGBTQIA+ está sempre ansiosa para continuar sendo representada, incluída e merecidamente enaltecida após tantas gerações sendo excluídas e esquecidas das mídias, especialmente no mundo dos games.
Pode parecer uma lista relativamente pequena, mas cada um destes passos é uma pequena vitória que deve ser comemorada e incentivada, para que um dia todos possam jogar seus jogos favoritos sabendo que não estão sendo apenas representados, mas também vistos, tendo suas vozes ouvidas e seus sentimentos inclusos na criação de cada novo personagem, conto, cinemática ou o que for.
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