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The Game Awards: Donkey Kong Bananza Pode Surpreender e Levar o GOTY 2025?

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Uma análise completa de Donkey Kong Bananza no The Game Awards 2025, explorando os motivos que tornam o jogo um forte candidato ao GOTY e também os fatores que podem impedir sua vitória.

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revised by Romeu

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The Game Awards 2025

O The Game Awards 2025 se aproxima como o evento mais importante do calendário anual da indústria dos videogames, trazendo debates acalorados, apostas e discussões intermináveis sobre qual título realmente marcou o ano.

Entre os concorrentes mais comentados, está Donkey Kong Bananza, o novo jogo da franquia iniciada nos anos 80, surgindo como um candidato que mistura nostalgia, inovação e identidade própria. Em uma temporada repleta de grandes lançamentos, o retorno do gorilão da Nintendo colocou fãs e analistas em alerta, deixando uma duvida, "será este o ano em que Donkey Kong conquistará finalmente o cobiçado prêmio de Jogo do Ano (GOTY)?

Neste artigo, veremos por que Donkey Kong Bananza pode ganhar o prêmio e também porque talvez não ganhe, analisando suas forças, limitações, impacto e a relevância que carrega dentro da indústria.

Donkey Kong Bananza Merece o Jogo do Ano?

A importância de Bananza vai além do que ele representa como obra. Trata-se de um jogo que simboliza a revitalização completa de uma série que ficou anos sem um lançamento principal, ao mesmo tempo em que assume um desafio difícil, competir com narrativas, propostas autorais e sequências aguardadíssimas, como Hades II, Hollow Knight: Silksong, Clair Obscur: Expedition 33 e Death Stranding 2: On the Beach. Apesar disso, no meio de tantos colossos, Donkey Kong Bananza conseguiu ser lembrado e ser levado extremamente a sério.

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O Grande Retorno de Uma Franquia Histórica

Donkey Kong não é apenas um personagem de videogame, ele é um dos alicerces da história da indústria. Seu retorno como protagonista principal em Bananza representa mais de quatro décadas de legado. O jogo conseguiu honrar esse passado sem se tornar refém dele, trazendo uma aventura moderna, dinâmica e artisticamente impressionante. Ao longo de 2025, o público expressou repetidamente o desejo de ver franquias clássicas recebendo o tratamento que merecem e Bananza conseguiu corresponder muito bem a isso.

Esse retorno também possui um peso simbólico. Após anos de expectativas, rumores, cancelamentos internos e mudanças criativas, a Nintendo entregou o que muitos fãs esperavam, um novo Donkey Kong com espírito próprio, cheio de personalidade e com uma identidade que fez o personagem se tornar um ícone desde os tempos dos arcades.

Visual e Estilo Artístico

Donkey Kong Bananza foi elogiado de forma quase unânime por sua direção de arte, combinação de gráficos altamente detalhados, cores vivas e animações fluidas que transformaram cada cenário da Ilha DK em um jogo lindo visualmente. A estética tropical, misturada com elementos tribais e tecnológicos, construiu uma identidade única que o diferencia de outros jogos de plataforma lançados nos últimos anos.

Ao contrário de muitos jogos que buscam realismo ou minimalismo, Bananza traz um mundo de fantasia. A riqueza de detalhes não é apenas visual, mas narrativa. Cada tela, fundo, criatura e item contribuem para a sensação de um mundo vivo onde a arte não é mero cenário, é parte da experiência.

Gameplay Criativo e Evoluído

A jogabilidade sempre foi um dos aspectos que marcaram a série Donkey Kong, especialmente após o relançamento da franquia em Donkey Kong Country Returns e Tropical Freeze. Bananza consegue manter essa tradição, mas avança ao introduzir mecânicas inéditas, como o sistema de combos acrobáticos que permite que Donkey Kong mantenha o ritmo em fases aéreas e marítimas. O jogo também retorna com as montarias icônicas, agora com habilidades únicas que alteram a estrutura das fases. Além disso, um novo medidor “Bananza Burst”, possibilita movimentos especiais ao coletar frutas raras. O jogo também apresenta interações ambientais mais complexas, com cenários que mudam de acordo com o ritmo da fase ou com ações do jogador.

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Trilha Sonora

Seria impossível falar de Donkey Kong sem mencionar sua música. A trilha sonora composta para Bananza se tornou um dos pontos fortes do jogo, com um mix de ritmos tribais, jazz, rock tropical e melodias atmosféricas que se adaptam ao design das fases. Cada região da ilha tem sua própria identidade sonora, trazendo a sensação de estar em um mundo diverso e cheio de vida.

As músicas também funcionam como elemento narrativo, trazendo emoções nostálgicas, ambientando os desafios e guiando o ritmo do gameplay. Donkey Kong sempre teve uma relação profunda com sua música, e Bananza conseguiu honrar esse legado.

Conteúdo Extenso e Rejogabilidade

Um dos pontos mais fortes de Bananza é o volume de conteúdo do jogo. Além das fases principais, há desafios opcionais, colecionáveis complexos, chefes secretos, trilhas alternativas e modos extras que estendem a vida útil do jogo. Os speedrunners, especialmente, encontraram em Bananza um prato cheio com fases desenhadas para otimizar movimentos, caminhos ocultos que favorecem rotas rápidas e uma física que recompensa precisão e criatividade.

Impacto e Reação do Público

O lançamento de Bananza produziu um efeito que poucos jogos conseguem, se tornando um fenômeno: memes, músicas, fanarts, speedruns e desafios dominaram as redes sociais. A comunidade abraçou o jogo e sua presença constante em conteúdos fez com que ele se tornasse mais do que um simples lançamento. A recepção crítica também foi extremamente positiva, com muitos veículos apontando o jogo como o melhor Donkey Kong já feito desde Tropical Freeze.

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O que pode levar Bananza a perder o Jogo do Ano?

Apesar de suas qualidades, Donkey Kong Bananza também apresenta pontos fracos, quesitos nos quais alguns concorrentes talvez tenham se destacado mais. A seguir, analisamos as fragilidades do jogo.

Inovação Limitada em

Embora Bananza tenha evoluído, ele não representa um salto tão radical na fórmula dos jogos de plataforma. Em 2025, muitos jogos buscaram expandir o conceito de narrativa interativa, gameplay ou experimentação artística. Donkey Kong por outro lado, segue uma estrutura mais tradicional, sem reinventar completamente o gênero. Apesar de excelente, Bananza fica na sua zona de conforto.

História Simples

A história de Bananza é divertida, leve e eficaz dentro do que se propõe. Porém, comparada a narrativas densas e cinematográficas, a narrativa do jogo pode parecer pouco ousada. Embora a simplicidade narrativa não seja um defeito, especialmente em jogos de plataforma, no contexto geral, a profundidade emocional, construção de personagens e narrativas, pode colocar Bananza em desvantagem.

Pode Ser Visto Como “Mais do Mesmo”

Enquanto muitos fãs amaram a abordagem de Bananza, outros apontaram que ele não foge muito da fórmula já conhecida. Há quem diga que o jogo, apesar de impecável tecnicamente, não surpreende o suficiente, em outras palavras: ele é excelente, mas não excepcional a ponto de redefinir o gênero de plataforma.

Expectativas Exageradas

Como qualquer jogo que carrega um peso forte, Bananza também lida com o as expectativas. Alguns jogadores esperavam mudanças mais radicais, como mundo aberto, sistemas narrativos profundos ou mecânicas completamente novas, e se frustraram ao perceber que o jogo mantém a estrutura clássica da série. Mesmo que essas críticas não comprometam sua qualidade, elas podem afetar a reputação do jogo e reduzir o entusiasmo dos novos jogadores.

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Conclusão: Bananza Pode Ser o GOTY, Mas Depende do Que a Indústria Quer

No fim das contas, Donkey Kong Bananza representa com criatividade e perfeição a força das franquias clássicas da Nintendo. É um jogo divertido, tecnicamente perfeito, artisticamente lindo e cheio de personalidade. Ele merece estar entre os indicados, mas sua vitória depende de como o júri interpretará o querem para o GOTY em 2025.

Bananza revitalizou uma franquia histórica com uma execução impecável, gameplay brilhante e o impacto esperado. Porém, não teve uma grande inovação, narrativa, complexidade ou transformação da franquia.

No fim, Bananza talvez não reinvente a roda, mas ele gira essa roda com maestria, beleza e paixão. Agora nos resta aguardar o prêmio e ver se Bananza leva para casa o GOTY 2025, ou não.