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Review de Baki Hanma: Blood Arena

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Baki Hanma: Blood Arena tenta trazer a brutalidade do anime para os games, mas será que entrega uma boa experiência? Confira nossa análise!

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revised by Romeu

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Sobre a franquia Baki

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Baki é um anime e mangá sobre Baki Hanma, um jovem determinado a se tornar o lutador mais forte do mundo, superando seu pai, Yujiro Hanma, conhecido como o mais poderoso do planeta. A franquia começou como um mangá em 1991, chamado Baki the Grappler, escrito por Keisuke Itagaki.

Ao longo dos anos, tornou-se um enorme sucesso, sendo considerada uma das séries de mangá mais vendidas de todos os tempos, com mais de 100 milhões de cópias em circulação.

Sobre Baki Hanma: Blood Arena

- Título: Baki Hanma: Blood Arena

- Plataformas: PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S, Nintendo Switch

- Desenvolvedora: Purple Tree SRL

- Publicadora: Purple Play LLC.

- Lançamento: 11 de setembro, 2025

Trailer:

Analisando Baki Hanma: Blood Arena

Inspiração e mecânica básica

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O jogo se inspira fortemente em Super Punch-Out!!. Assim como no clássico, os direcionais controlam as esquivas, enquanto os ataques são distribuídos em quatro botões básicos:

- Jabs rápidos de esquerda e direita.

- Golpes em duas alturas: rosto e torso.

Além disso, há as esquivas e defesas.

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A dinâmica consiste em pressionar ataques repetidamente até reduzir a barra de vida do inimigo. Quando o adversário cai, inicia-se uma contagem que permite ao protagonista recuperar parte da vida dependendo da velocidade com que o jogador aperta o botão indicado.

Embora os comandos sejam precisos e respondam bem às ações do jogador, o timing de certos bloqueios (e do parry) é esquisito e parece ter um delay (comentaremos sobre isso mais adiante também).

Para vencer definitivamente, é preciso derrubar o oponente três vezes. O mesmo vale em caso de derrota: se isso acontecer com Baki, é game over.

O aprendizado se concentra mais em entender os padrões de cada inimigo e adaptar os reflexos do jogador a eles, o que pode acabar sendo um pouco repetitivo, além de frustrante.

Modos de Jogo

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Como tudo gira em torno do combate, não há um modo história propriamente dito. Na verdade, existem dois modos de jogo até agora:

- Torneio Subterrâneo: É a "campanha principal", que traz doze adversários. Porém, não há uma progressão lógica de dificuldade: os desafios parecem distribuídos de forma aleatória.

O Torneio Subterrâneo é o que mais se aproxima do formato de uma campanha, mesmo assim, basicamente não há "historia".

- Sobrevivência: basicamente lutar até morrer definitivamente. Um arcade.

E há um terceiro modo que ainda será lançado. Ou seja, o jogo tem poucas opções do que fazer, tudo se resume a lutar e lutar.

Problemas de colisão e frustração

Um dos pontos mais criticados é a detecção de colisão. Diversas vezes, um golpe visualmente encerrado (como um chute ou soco já finalizado, restando apenas o efeito gráfico) ainda causa dano no personagem.

Isso torna a experiência frustrante, já que o jogador pode ser derrotado por ataques que, tecnicamente, não atingiriam o Baki. Como resultado, a curva de aprendizado se dificulta e muitas derrotas parecem injustas.

Aspectos visuais

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No quesito gráfico, Baki Hanma: Blood Arena deixa a desejar. Fora as animações de movimento dos combatentes, grande parte do jogo parece composta por cenas estáticas retiradas do anime, sem um esforço criativo maior.

Essa abordagem dá a sensação de preguiça no design visual, lembrando em parte como o recente novo jogo de Hunter x Hunterlink outside website foi montado.

Além disso, a produtora optou por utilizar um "filtro envelhecido", como se fosse uma TV de tubo dos anos 90, em alguns momentos, imagino que para dar um toque mais estiloso. O resultado, contudo, é terrível e só deixou a imagem mais sobrecarregada e opaca do que nossos olhos gostam de ver.

Prós e Contras

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Prós

- Controles básicos que são simples de entender (embora o jogo seja difícil).

- A proposta de recriar o clima de Super Punch-Out!! pode agradar jogadores nostálgicos.

Contras

- Falta de modos de jogo e ausência de uma verdadeira campanha narrativa.

- Detecção de colisão falha, causando derrotas injustas.

- Dificuldade mal balanceada, sem progressão clara entre os inimigos.

- Repetitivo e pouco atrativo, principalmente para quem não é fã da franquia.

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Conclusão

Na minha opinião, Baki Hanma: Blood Arena tenta capturar a essência brutal e exagerada da franquia, mas tropeça em alguns aspectos importantes. A inspiração em Super Punch-Out!! poderia render uma experiência divertida e desafiadora, porém a execução acaba limitada por repetição, falhas de colisão e pouca variedade de modos de jogo, além da dificuldade na curva de aprendizado.

Visualmente, a escolha de usar filtros e reciclar cenas do anime transmite mais descuido do que estilo em si, deixando o jogo com um aspecto preguiçoso.

Ainda assim, fãs muito dedicados de Baki (e de Punch-Out!!) podem encontrar algum valor no fan service e na oportunidade de revisitar o universo da obra em outro formato. Para o público geral, porém, talvez não seja tão interessante como jogo por si só.

Ademais, pode ser uma experiência divertida se você gosta de passar um pouco de estresse!