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Review: FragPunk é o FPS gratuito onde você cria suas próprias regras

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A última semana foi marcada pelo novo FPS gratuito. Em FragPunk, você e seus amigos podem construir suas próprias estratégias e regras para vencer as partidas!

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revised by Romeu

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FragPunk é o mais novo FPS 5v5 do mercado! Lançado em 6 de Março para PlayStation 5, Xbox Series X | S e PC, ele promete rivalizar principalmente com CS2 e Valorant, mas portando sua própria personalidade.

É mais um desenvolvimento da NetEase, a empresa já recebia bons feedbacks da comunidade após o ótimo lançamento de Marvel Rivals e vem ganhando cada vez mais atenção do público.

A equipe da UmGamer testou o jogo no PC (via Steam) para esta review, e vamos explicar mais sobre este jogo inovador onde você e sua equipe ditam as próprias regras.

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Questões de desempenho e gráficos serão mencionadas! Logo, seguem abaixo as especificações do PC utilizado para este review:

  • Processador: Ryzen 5 3600

  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1650

  • Memória RAM: 16GB (2x8GB) DDR4

  • Armazenamento: SSD NVMe

    Como funciona uma partida de FragPunk? Crie suas regras!

    As partidas funcionam de maneira semelhante aos seus concorrentes, elas são separadas por rounds, onde em cada um deles o time atacante precisa invadir uma região a fim de plantar a bomba, enquanto o papel dos defensores é evitar isso. Se a bomba foi plantada, os defensores possuem um tempo para desarmá-la, caso não consigam, ela explode e será uma vitória para os atacantes.

    FragPunk possui uma abordagem mais casual, diferente de CS2 e Valorant onde o vencedor precisa triunfar em 13 rodadas, aqui se trata de uma melhor de 7, são confrontos mais rápidos onde você precisa vencer apenas 4 rodadas.

    As principais novidades começam quando você percebe que existem cartas que mudam alguns comportamentos do jogo. Antes de cada rodada, você e sua equipe terão à disposição três cartas com seus respectivos efeitos e poderão gastar Fragmentos, uma espécie de recurso, para ativá-las no próximo turno.

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    Elas trazem as mais diversas mudanças possíveis à partida. É impossível mencionar todas, FragPunk chegou com 169 diferentes, algumas são específicas para defensores ou atacantes e outras podem aparecer para as duas equipes. Algumas das principais habilidades te permitem adicionar ou retirar um ponto onde plantamos a bomba, além de tornar um deles nebuloso, algumas também interferem diretamente no tiroteio, concedendo proteção ao dano extra de headshots, te tornando invulnerável a dano pelas costas, curando ou tornando suas balas explosivas e mais perigosas.

    Cada carta possui um número específico de Fragmentos para serem acionados, você ganha Fragmentos com o passar dos rounds.

    Outro ponto interessante é que você tem acesso às cartas que foram disponibilizadas aos inimigos. Isso faz com que sua equipe possa montar estratégias de counter.

    Por exemplo, meus aliados perceberam que os adversários tinham o efeito de “Big Heads” disponível, que torna as nossas cabeças maiores a fim de facilitar os headshots deles. Assim, a nossa ideia foi selecionar o “Close Quarters Combat” que permite apenas luta corpo a corpo, sem tiros ou habilidades. Isso foi excelente para diminuir o prejuízo que as cabeças grandes nos causariam.

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    Isso pode acontecer em diversos casos, há uma carta que anula toda a cura dos oponentes na próxima rodada, usá-la quando os inimigos têm bons efeitos de recuperar vida em mãos será excelente.

    Em rodadas onde você se encontra com poucos Fragmentos, e os inimigos receberam bons efeitos, ativar “Pull the Plug” pode ser salvador, ele anula todos os bônus naquela ocasião.

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    Outras diferenças em comparação a outros FPS

    As cartas são, com certeza, a principal peculiaridade de FragPunk. Mas ainda é possível observar outras mudanças se comparado aos FPS mais populares do mercado.

    Valorant e CS2 possuem uma mecânica de tiro mais próxima à realidade. Com uma Vandal (Valorant) ou uma AK-47 (CS2) você elimina um adversário com um único tiro na cabeça, mesmo que ele esteja portando um escudo. Já em FragPunk os combates se aproximam mais de Call of Duty, onde é necessário acertar dois ou três headshots para matá-los. Então, dificilmente você morrerá sem ter tempo de reagir.

    Aproveitando o assunto de tiros, é importante citar que eles são fluidos e coerentes no jogo. Em um mercado onde cada vez mais se exige um recuo, trajetória e outros mínimos detalhes de um tiro com qualidade, FragPunk consegue agradar.

    FragPunk traz os Lanceiros, personagens com habilidades únicas iguais aos Agentes do jogo de tiro da Riot Games. Porém, aqui é possível alterar seu Lanceiro antes de cada round, tornando o FPS ainda mais estratégico. É normal alguns jogadores optarem por um personagem nas rodadas de defesa e alterá-los quando forem atacar ou dependendo da distribuição das cartas.

    Zephyr é uma personagem que tem como principal mecânica ficar invisível, caso os inimigos ativem “Eagle Eyes”, uma carta que expõe a localização dos inimigos próximos, suas habilidades se tornarão quase que inúteis. Neste caso, alguns trocam para outro Lanceiro.

    Inclusive, os Lanceiros são extremamente divertidos, cada um expõe bem a sua personalidade e estilo de jogo. Alguns querem partir para cima com mecânicas fortes de combate, enquanto outros preferem agir sorrateiramente plantando armadilhas.

    Por fim, outra boa inovação que vemos apenas em FragPunk é o sistema de prorrogação ou desempate. São partidas melhores de 7, onde quem vencer quatro rounds ganham, mas caso o jogo se encaminhe para um três a três, a rodada final se torna um duelo!

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    Aqui, o time se distribui e decide a ordem dos jogadores e, em um mapa menor, o primeiro de uma equipe inicia um 1x1 contra o primeiro dos inimigos. Caso passe um número de segundos e ninguém venceu ainda, os dois começarão a receber dano por segundo, semelhante a um battle royale.

    Quando um jogador eliminar o outro, ele continua com sua vida restante para enfrentar o segundo no próximo confronto. E assim será até uma equipe perder todos os seus cinco players.

    Foi algo que me surpreendeu e arrancou elogios da comunidade. Um sistema diferente e divertido para decidir o vencedor da partida.

    Diversidade nos modos de jogo

    Muitos títulos deste nicho pecam em não oferecer uma gama de modos de jogo para renovar a gameplay, mas FragPunk não comete esse erro. Temos acesso ao modo Padrão e Ranqueado, que funcionam praticamente da mesma maneira, mas ainda é possível desfrutar do modo arcade e de batalha, ambos se renovam com o passar dos dias trazendo experiências diversificadas para os jogadores.

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    Outra possibilidade é jogar o modo Infecção (Outbreak), onde você será um sobrevivente ou um parasita. O objetivo dos zumbis é matar todos os humanos e assim fazendo com que eles se tornem outros parasitas para fortalecer seu time. Caso o tempo acabe e ainda restem sobreviventes vivos, eles vencerão.

    Estes tipos de partidas são excelentes para fornecer à comunidade mais experiências diferentes em um mesmo jogo.

    Skins e Microtransações

    Este é um tópico muito delicado onde nós enxergamos pontos positivos e negativos. É importante já mencionar que FragPunk não é pay-to-win e as microtransações servem principalmente para cosméticos. É possível comprar personagens com recursos pagos, mas eles também são desbloqueáveis com a moeda comum, semelhante ao Valorant.

    Algumas skins de armas e de Lanceiros podem ser liberadas gratuitamente, seja realizando missões ou participando de eventos. Mas a maioria obviamente exige que você gaste dinheiro dentro do jogo.

    O Passe de Batalha e a assinatura, parecida com o Clube Fortnite, são vendidos a preços acessíveis, atualmente estão custando em torno de 10 dólares. O Passe de Batalha, assim como no Battle Royale da Epic Games, se paga! Ou seja, ao comprá-lo por 900 FragPunk Coins, além de todas as outras recompensas, caso você complete a trilha, terá novamente esta quantidade de moedas para adquirir o passe em outra temporada.

    Também existem bundles de visuais vendidos por uma quantidade maior de recursos, o que não é novidade para quem já jogou Valorant. No exemplo abaixo, vemos um conjunto vendido por 4527 FragPunk Coins, te fazendo comprar o pacote de 6400 moedas que está por 60 dólares. É um preço caro, mas que está bem sinalizado ao público.

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    O maior problema está na aba de “Loteria” do jogo, aqui vemos um sistema de gacha que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, mas sempre acompanhado de críticas e polêmicas. Basicamente, você pode comprar cápsulas, ou recebê-las em missões, e utilizá-las para “jogar na loteria”.

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    Todas as chances estão bem especificadas nos detalhes, também é possível ver que haverá uma recompensa Ultimate garantida após algumas boas tentativas. Mas isso nunca garantirá o item que você quer, fazendo algumas pessoas gastarem mais do que podem em uma chance de ter algo.

    Visual e Desempenho

    As cenas e modelos dos personagens são incríveis, qualidade de cinema! Dentro do jogo os visuais são comuns, porém joguei na qualidade mais baixa. A interface no meio da partida mostra com clareza as informações que precisamos, sem poluição visual.

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    Porém, quando partimos para o menu em si, vemos uma certa sobrecarga de informações. Mesmo que o Lobby inicial do jogo não pareça, é comum você se perder com a enxurrada de eventos e desafios disponíveis. Pode ser algo momentâneo por conta do lançamento, espero que seja melhorado com o passar das atualizações.

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    Quanto ao desempenho, mesmo a NetEase sendo criticada pela má otimização em Marvel Rivals, inclusive citamos isso na nossa review deste Hero Shooter, acredito que ela aprimorou este quesito no FragPunk. Eu não tive nenhum travamento jogando em qualidade baixa com uma configuração relativamente boa - mostramos os Hardwares utilizados no início do artigo. No entanto, ao final de algumas partidas eu recebia o seguinte aviso sobre minha memória de vídeo:

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    Apesar disso, eu realmente não passei por problemas, joguei com constantes 60 FPS e todos os confrontos foram fluídos independente da quantidade de habilidades ou tiros que foram disparados no momento, inclusive transmitindo ao vivo. Mas as mensagens continuavam a aparecer após finalizar a maioria das partidas, então retirei ainda mais recursos visuais até que elas desaparecessem.

    Também não presenciei bugs na experiência.

    Prós e Contras

    Prós

  • Inova com o sistema de cartas.

  • Tiros são fluidos e com uma trajetória coerente.

  • Personagens são divertidos e realmente alteram seu estilo de jogo.

  • Possui diversos tipos de arma e modos de jogo.

  • Funciona normalmente, sem crashes ou travamentos.

  • Microtransações acessíveis em muitos casos, como no Passe de Batalha.

    Contras

  • Sistema de gacha (loteria) para algumas skins.

  • Liberar novos personagens às vezes pode ser demorado.

  • Navegação pelo menu traz uma sobrecarga de informações.

  • Ainda não há tantos personagens.

    NOTA: 9

    Conclusão: Vale a pena jogar FragPunk?

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    Com certeza, FragPunk traz um gameplay sólido e divertida, o FPS passa um ar mais casual e é perfeito para se encontrar com os amigos, montar sua própria estratégia torna cada rodada única, e mesmo que você enjoe, ainda terá outros modos à disposição. As skins são bem feitas e muitas são oferecidas gratuitamente ou no Passe de Batalha, que é acessível. O sistema gacha não é o bastante para tornar a monetização desse jogo como um ponto totalmente negativo.

    Espero que você tenha gostado deste review. Estou à disposição em caso de dúvidas ou sugestões.