Games

游戏指南

Guia: Jogos Estilo 'INSIDE' Que Você Precisa Conhecer e Jogar

, Comment regular icon0 comments

Inside conquistou jogadores por suaa tmosfera soturna e experiências sensoriais que mexem com o imaginário. Neste artigo, preparamos uma lista de jogos que fãs do título precisam conhecer

Writer image

审核人 Romeu

Edit Article

Jogos como INSIDE conquistaram os jogadores não pela grandiosidade gráfica, mas por sua atmosfera soturna, narrativa silenciosa e experiências sensoriais que mexem com nosso imaginário. Se você, assim como eu, ficou preso à cadeira ao jogar INSIDE, refletindo sobre cada momento sombrio e cada puzzle, existem jogos com o mesmo estilo, tão imersivos quanto reflexivos, que te farão prender a respiração naquele pulo no último instante ao final de uma perseguição.

Preparamos uma lista com 10 jogos que carregam o mesmo DNA de mundos estranhos, histórias contadas com ou sem palavras e sensações que permanecem com você muito tempo depois dos créditos finais.

Jogos como INSIDE que você precisa conhecer!

Image content of the Website

Little Nightmares 1 e 2 (2017 / 2021)

Image content of the Website

Jogar Little Nightmares é como revisitar os pesadelos da infância, aqueles que surgem sem explicação e deixam uma sensação estranha mesmo após acordar. Desde o primeiro momento em que controlamos Six, a pequena garotinha de capa amarela, percebemos que estamos presos num mundo que não se importa conosco. Tudo é desproporcional, grotesco e ameaçador. A sensação é de sermos minúsculo e vulneráveis, como se qualquer coisa pudesse nos esmagar... e de fato pode.

O visual do jogo é fantástico e perturbador. A direção de arte é um espetáculo, com criaturas deformadas e cenários que parecem saídos de um conto de fadas macabro. Não há tutoriais, diálogos ou explicações. A narrativa é sugerida, deixada para interpretações com base nos ambientes, nas atitudes dos personagens e no que não é dito. Isso faz nos sentirmos como parte de algo sombrio, mas profundamente intrigante.

A tensão constante é algo marcante. Cada nova sala é um teste de coragem. Nunca sabemos se haverá um inimigo à espreita, uma armadilha mortal ou um puzzle para resolver rapidamente sob pressão. E quando os monstros surgem, somos tomados por uma espécie de pânico. Lembro até hoje da primeira vez que fui perseguido pelo zelador, aquele som de braços arrastando ainda ecoa na minha cabeça.

Image content of the Website

Em Little Nightmares 2 voltamos para aquele universo distorcido, mas dessa vez com um novo protagonista, Mono. A primeira coisa que notamos é o salto na qualidade gráfica e visual: tudo parece mais vivo, mais detalhado, e, ao mesmo tempo mais opressivo. Agora, com um segundo personagem, há uma nova camada de complexidade. Não estamos mais sozinhos.

A conexão entre Mono e Six é silenciosa, mas forte. Em vários momentos teremos medo de que algo separe a dupla. E o jogo não perdoa: a violência grotesca do mundo, os inimigos surreais como o caçador, o professor com pescoço elástico, o hospital com manequins amaldiçoados… tudo é feito para nos desestabilizar. A atmosfera é sufocante, com sons distorcidos e uma trilha sonora que parece gritar baixinho dentro da minha cabeça.

Little Nightmares 1 e 2 nos fazem sentir medo real, refletir e acima de tudo, lembrar por que adoramos jogos que ousam contar histórias de maneiras diferentes.

Planet of Lana (2023)

Image content of the Website

Planet of Lana é um daqueles jogos que faz você parar várias vezes só para admirar o cenário. Logo de cara, o visual me lembrou pinturas animadas, cada paisagem parecia ter saído de um quadro. Controlamos Lana, uma jovem que parte numa aventura para resgatar sua irmã depois que robôs invadem sua vila.

Mas o jogo é muito mais do que isso. É sobre conexão. Sobre o vínculo entre Lana e a criatura Mui, seu companheiro felino. A jogabilidade é baseada em exploração, stealth e puzzles ambientais, mas o destaque está na cooperação entre os dois personagens. Você se pegará sorrindo com as interações entre os dois. O jogo é tenso quando precisa separá-los momentaneamente. Mui não é só um recurso de gameplay é um personagem vivo, com personalidade.

O contraste entre natureza e tecnologia é um tema forte, e constante. Há momentos em que o silêncio fala mais do que qualquer diálogo. Planet of Lana é mais leve do que outros jogos estilo INSIDE, mas não menos impactante. É uma experiência poética, que mistura tensão, ternura e contemplação da arte dos video games de forma impecável.

Image content of the Website

Bramble: The Mountain King (2023)

Image content of the Website

Bramble é um daqueles jogos que nos pega de surpresa. Começa com uma atmosfera quase encantadora, mas logo nos envolve com horror folclórico. Controlando Olle, um menino em busca de sua irmã sequestrada, vivemos uma jornada que lembra uma mistura de conto de fadas com pesadelos profundos. É lindo… e horrível ao mesmo tempo.

Cada criatura é inspirada em lendas nórdicas. A sensação é de estar explorando uma floresta encantada onde cada canto pode esconder algo letal. O jogo brinca com escala de forma genial. Como Olle é pequeno, tudo ao redor parece gigantesco, desde os ambientes até os monstros. O mais incrível é como Bramble equilibra tudo isso com momentos de melancolia e ternura. A relação entre os personagens é o fio emocional que guia tudo.

Você sairá dessa experiência com o coração apertado, mas também com aquela sensação rara de ter vivido uma fábula que jamais vai esquecer. Bramble é único, belo e cruel, exatamente como os contos que inspiraram sua criação.

Image content of the Website

Black The Fall (2017)

Image content of the Website

Black The Fall nos leva a um lugar que, embora fictício, parece assustadoramente real. Desde os primeiros minutos, percebemos que estamos presos numa distopia sufocante, sem cor, sem vida, onde até respirar parece perigoso. Controlamos um operário sem nome, velho e curvado pelo peso da opressão. Sem diálogos ou explicações, precisamos fugir daquele inferno de concreto, onde máquinas e homens obedecem cegamente a um regime tirânico.

O jogo não é exatamente bonito, mas é visualmente poderoso. O uso do preto, cinza e vermelho transmite toda a frieza e brutalidade daquele mundo. Cada cenário é uma denúncia silenciosa: fábricas automatizadas, soldados vigilantes, cidadãos escravizados. A opressão está em cada detalhe e sentimos isso.

Black The Fall é uma crítica envolta em uma experiência minimalista e angustiante. Não é feito para entreter no sentido clássico, mas para provocar, incomodar, fazer pensar.

Image content of the Website

Silt (2022)

Image content of the Website

Jogar Silt é como afundar lentamente num oceano de mistérios, beleza sombria e isolamento absoluto. Aqui exploramos o fundo do mar e nos perdemos nele. O protagonista é um mergulhador solitário, com o poder de possuir criaturas marinhas para resolver puzzles e avançar por ambientes cada vez mais bizarros e estranhamente hipnotizantes.

O jogo é monocromático, mas de uma forma artística. Tudo parece desenhado à mão, com sombras profundas, criaturas retorcidas e um ambiente que pulsa vida e morte. O principal recurso de gameplay é a habilidade de transferir nossa consciência para outras criaturas. Ser um peixe que atravessa rachaduras, uma enguia-elétrica que ativa mecanismos ou até um caranguejo que quebra rochas muda completamente nossa relação com o ambiente.

Não há diálogos, não há textos. A história é contada pelos restos do mundo, máquinas afundadas, templos esquecidos e colossos mortos. E mesmo assim, sentimos que existem mensagens ali, talvez sobre a insignificância humana ou apenas sobre contemplar as adversidades que nos cercam. É o tipo de jogo que te convida a montar o puzzle narrativo sozinho.

Silt é um passeio sensorial, não linear e altamente interpretativo. Uma pérola rara para quem gosta de jogos que dizem mais com o silêncio do que com palavras.

Image content of the Website

Creaks (2020)

Image content of the Website

Creaks é um jogo com uma das experiências mais inesperadas que alguém pode ter. Tudo começa com uma premissa simples, seu personagem, uma figura anônima, percebe uma rachadura na parede de seu quarto e decide investigar. E então, tudo muda. Ele cai literal e metaforicamente num mundo subterrâneo fantástico, bizarro e absolutamente encantador.

Visualmente, Creaks é magnífico. Parece algo desenhado à mão com uma estética de um livro ilustrado. Cada cenário é um emaranhado de engrenagens, passagens secretas, labirintos verticais e criaturas estranhas chamadas "Amonitas". O detalhe que mais chama atenção é como os monstros que assustam na escuridão se revelam objetos inofensivos à luz. Um cão robô que me persegue se transforma num cabideiro ao acender o abajur. Essa mecânica brinca com nosso medo e percepção de forma brilhante.

O jogo tem muitos puzzles, que são o coração da aventura. Nada é muito complicado, mas todos são criativamente elaborados, exigindo que o jogador entenda o comportamento das criaturas e use a iluminação a seu favor. E tudo isso sem uma única linha de diálogo. A narrativa visual, embora seja clara, deixa muitas incertezas.

Creaks é uma aventura silenciosa, inteligente e profundamente artística. Não é um jogo sobre correr ou sobreviver, mas sobre observar, aprender e decifrar. E, acima de tudo, sobre o que acontece quando temos coragem de seguir pelas rachaduras da rotinada vida.

Image content of the Website

Somerville (2022)

Image content of the Website

Somerville nos impacta de forma lenta, mas profunda. A história começa com uma família comum, assistindo TV. De repente, uma invasão alienígena transforma tudo em caos. Controlamos um pai, separado da esposa e filho após o impacto inicial e, a partir daí, iniciamos uma jornada por ruínas, florestas e instalações alienígenas em busca daquilo que mais importa, a família.

O jogo quase não tem palavras. Tudo é contado por meio de gestos, expressões e ambientes. O visual é lindo, com iluminação dramática e cores que acentuam a emoção de cada cena. Há momentos belíssimos de contemplação e outros de tensão absoluta.

A jogabilidade lembra muito INSIDE, mas aqui o ritmo é mais contemplativo. Não há muitos puzzles complexos, mas sim interações ambientais que testam a curiosidade e a atenção. O uso de luz como ferramenta é interessante, especialmente quando precisamos manipular a matéria alienígena para abrir caminho.

Somerville é sobre conexão humana em meio ao incompreensível. É sobre continuar andando mesmo quando tudo parece perdido. Pode não agradar a todos, especialmente quem busca ação ou respostas diretas, mas se você gosta de narrativas visuais com peso emocional, vai encontrar aqui uma experiência incrível.

Image content of the Website

Planet Alpha (2018)

Image content of the Website

Desde os primeiros minutos de Planet Alpha, quando acordamos feridos em um planeta alienígena deslumbrante, entendemos logo que esse jogo é sobre observação, maravilhamento, mas também sobre nossas vidas.

Tudo neste mundo é vivo. Florestas fluorescentes, criaturas colossais, ruínas tecnológicas. Em vários momentos, parei só para olhar o horizonte, admirar a fauna, perceber como cada área parecia pulsar com uma energia própria. A direção de arte é inacreditável. Me senti explorando uma obra de arte interativa.

A jogabilidade é simples, correr, escalar, se esconder, ativar mecanismos e manipular o ciclo do dia e da noite, um dos aspectos mais criativos do jogo. Alterar o tempo afeta o ambiente, liberando caminhos e influenciando o comportamento de criaturas. É uma mecânica sensível e muito bem implementada, pense com calma e use o ambiente a seu favor.

O jogo mistura momentos tranquilos com fugas intensas de forma fluída. Em logo em seguida, você vai se pegar parado contemplando o pôr do sol alienígena e em outro momento perseguido por drones assassinos. Há uma narrativa implícita sobre invasão e resistência, mas o jogo deixa isso em segundo plano, o foco é a experiência, o sentimento.

Planet Alpha joga com o nosso senso do deslumbrante. Não oferece desafios complicados ou histórias aprimoradas, é um convite para explorar um mundo estranho e belo. E às vezes, isso é tudo que precisamos.

Image content of the Website

Gris (2018)

Image content of the Website

Gris não é um jogo. É uma pintura em movimento. Desde o momento em que assumimos o controle de uma jovem caída em um mundo desbotado, sem voz, pouco a pouco percebemos que estamos diante de algo especial. Não há combate, não há morte. O objetivo aqui é emocional. Gris é sobre luto e sobre reconstrução.

A direção de arte é inacreditável. Cada cenário parece uma aquarela viva. As cores, inicialmente ausentes, vão retornando aos poucos conforme avançamos, representando emoções redescobertas. É simbólico, poético e me tocou profundamente. A trilha sonora é um dos pontos altos: suave, comovente e sempre em sincronia com as ações. A música parece entender o que estamos sentindo.

Os puzzles são simples, mas criativos. Vamos ganhando novas habilidades conforme Gris recupera suas emoções, pulo duplo, flutuar, nadar. Cada mecânica está ligada a um sentimento, a uma etapa do processo de cura. E cada ambiente traz um novo tom de beleza e reflexão. É diário visual, interpretando metáforas sobre perda, aceitação e resiliência.

Gris é uma experiência íntima, artística e inesquecível. Um dos jogos mais emocionantes que já joguei. Se você quer sentir algo genuíno através dos videogames, este jogo é o caminho.

Image content of the Website

Limbo (2010)

Image content of the Website

Limbo foi revolucionário quando lançou. É o pai espiritual de INSIDE e de todos os jogos que vieram depois, buscando contar histórias com mais silêncio do que palavras.

Foi o primeiro jogo que me fez perceber o quanto o silêncio pode falar alto. Preto e branco, sem HUD, sem música, sem contexto, só eu e um garoto anônimo andando por uma floresta perigosa. É impossível esquecer a sensação de solidão e medo constante.

A estética é minimalista, as sombras escondem armadilhas, inimigos e às vezes, nada... o suficiente para nos deixar pensativos. Andamos com calma, esperando por uma armadilha oculta. Cada erro custa a vida, muitas vezes de forma brutal. A física dos puzzles é simples, porém exigem precisão em correr e pular. E a cada obstáculo superado, o ambiente muda. Florestas vão dando lugar a fábricas, que dão lugar a cidades mortas. E tudo isso sem dizer onde estamos ou o que procuramos.

Essa falta de contexto é o que mais nos prende ao jogo. O jogo brinca com a mente. Será que escapei? Será que tudo foi um sonho? Uma metáfora para a morte? Nunca saberemos, e tudo bem, essa é a beleza de Limbo. Um clássico absoluto.

Image content of the Website

Conclusão

Se INSIDE marcou você com sua narrativa implícita, estética sombria e atmosfera perturbadora, todos esses jogos prometem oferecer experiências semelhantes, cada um com sua própria identidade. Seja pelo horror silencioso de Little Nightmares, pela beleza metafórica de Gris, ou pelo sci-fi intimista de Somerville, esses jogos provam que jogos podem ser poderosas formas de expressão artística.

Existem muitos jogos com experiências sensoriais, atmosféricas e emocionais esperando para serem descobertos. Jogos que falam através do ambiente, da arte, da ausência. Eles desafiam, emocionam, fazem refletir. Em um mundo de explosões e recompensas rápidas, esses jogos provam que menos pode ser muito, muito mais.