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Fontes ATX: Saiba Quando a Sua Fonte está Prestes a Falhar

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Sua fonte está fazendo muito barulho? Seu PC desliga? Entenda como fazer testes e diagnosticar se está na hora de comprar uma fonte nova.

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revisado por Romeu

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Quando alguém começa a montar um PC gamer, quase sempre pensa primeiro na placa de vídeo, depois no processador e só depois lembra da fonte de alimentação. Essa ordem faz muita gente cometer erros sérios, porque a fonte é o componente que segura e mantém tudo ligado. Se ela falha, todo o resto ‘vai para o saco’. Se ela é fraca, o PC não entrega o desempenho esperado. Se ela é ruim, existe risco real de danificar as outras peças caras que você comprou.

Uma fonte ATX é aquela fonte tradicional de desktop, usada na maioria dos gabinetes de torre. É o formato mais comum e o mais indicado para PCs gamer, já que oferece espaço interno, boa refrigeração e potência suficiente para setups leves, médios e até extremos.

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A vantagem do formato ATX é simples. Ele aguenta placas de vídeo grandes, aceita ventoinhas maiores que trabalham de forma silenciosa e pode entregar centenas de watts sem dificuldade. Por isso, quase todo mundo que monta um PC gamer usa esse padrão. Então vale a pena entender com calma como escolher uma boa fonte ATX para jogos e por que isso importa tanto num computador moderno. E, se você ficar com dúvidas, é só deixar um comentário.

Potência e a escolha correta de watts

A primeira dúvida de qualquer pessoa é quantos watts são necessários. O segredo é escolher direito. E escolher direito não significa só olhar para o número enorme na caixa dizendo 700 W ou 1000 W. Significa olhar para a eficiência, para os cabos que ela oferece, para os padrões modernos de conectores, para as proteções internas e para a qualidade geral.

Na prática, um PC gamer intermediário funciona muito bem com algo entre 650 W e 750 W. Isso vale para máquinas com placas como RTX 4060 Ti, RTX 4070, RTX 5070 e equivalentes de outras marcas. Essa faixa segura sobra potência para o sistema, mantém a fonte trabalhando numa carga confortável e evita gargalos.

Se a placa de vídeo é mais pesada, como RTX 4070 Ti ou RTX 4080, a recomendação sobe para perto de 850 W, principalmente se o processador também for mais forte, como um i7 recente ou um Ryzen 7. Acima disso entram as máquinas realmente pesadas, com GPUs topo de linha como RTX 5080, RTX 5090 e CPUs como i9 ou Ryzen 9.

Nessas situações, fontes de 1000 W fazem mais sentido, sempre deixando uma folga generosa. Essa folga é importante porque aumenta a durabilidade da fonte. Uma fonte operando sempre no limite esquenta mais, desgasta mais rápido e tende a ser menos eficiente. O ideal é que ela trabalhe em algo entre 50 e 70 por cento da carga na maior parte do tempo.

Isso significa que escolher uma fonte com potência certinha, totalmente no limite, pode parecer mais barato, mas não é o melhor para a vida útil. Uma fonte que trabalha com folga entrega energia com mais estabilidade e fica mais silenciosa. Esse tipo de cuidado também evita aquele comportamento irritante de o PC simplesmente desligar quando a GPU pede mais do que a fonte consegue entregar em um pico de carga.

Eficiência e certificação 80 Plus

Outro ponto essencial é a certificação 80 Plus. Ela mostra quanto da energia que a fonte puxa da tomada é realmente usada pelo computador e quanto vira calor. Quanto mais eficiente, menor desperdício. Isso significa menos aquecimento e uma conta de luz um pouco mais amigável. Em 2025, o selo mais recomendado para um PC gamer é o 80 Plus Gold, porque fica no meio perfeito entre preço e eficiência.

Bronze já funciona e é confiável, mas Gold entrega um ganho real em estabilidade e menor temperatura interna da fonte. Modelos Platinum e Titanium existem e são excelentes, só que entram mais como algo premium. Eles fazem sentido em máquinas muito potentes ou em quem busca silêncio absoluto, já que fontes muito eficientes esquentam menos e usam o ventilador em rotações mais baixas.

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A eficiência também ajuda a manter as tensões mais estáveis. Em jogos pesados, especialmente com GPUs modernas, existem variações rápidas de consumo. Uma fonte mais eficiente e melhor construída lida melhor com esses saltos, mantendo os componentes sempre dentro das faixas ideais.

Padrões modernos e conectores

Nos últimos anos, o conector de alimentação de placas de vídeo passou por mudanças importantes. As GPUs atuais das séries RTX 40 e 50 usam o conector 12VHPWR 12 mais 4 pinos, que faz parte do padrão ATX 3.0. Isso é importante porque muitas fontes antigas precisam usar adaptadores para alimentar essas placas, e adaptadores ruins já causaram problemas sérios no passado.

Por isso, o ideal é escolher uma fonte já compatível com ATX 3.0 e PCIe 5.0. Assim, ela traz de fábrica o cabo correto para a GPU, sem necessidade de adaptadores. Além disso, essas fontes mais recentes são preparadas para lidar com picos de carga das GPUs modernas. Esses picos são comuns em placas poderosas e podem ser bem altos. Uma fonte antiga sem essa preparação às vezes desarma mesmo tendo watts suficientes na teoria.

Também vale conferir quantos conectores PCIe a fonte oferece. Mesmo que sua GPU atual use só um conector, é sempre bom ter margem. Cabos extras são úteis se você fizer upgrade no futuro ou usar placas muito exigentes. Fora isso, qualquer fonte decente traz também os conectores padrão como ATX de 24 pinos para a placa-mãe, EPS de 8 pinos para o processador e cabos SATA para armazenamento.

Qualidade interna e proteções

Quando se fala de fontes, duas fontes de 750 W podem ser totalmente diferentes por dentro. A construção interna faz muita diferença, especialmente na qualidade dos capacitores. Capacitores sólidos de boa procedência duram muito mais e resistem melhor a altas temperaturas. Isso evita quedas de tensão, oscilações e falhas inesperadas.

Outro ponto crítico são as proteções eletrônicas. Uma boa fonte tem OCP, OVP, UVP, OPP, SCP e OTP. Esses nomes só significam que a fonte desliga sozinha se houver sobrecorrente, sobrecarga, curto ou superaquecimento. Isso impede que o PC seja danificado em caso de falhas. Fontes baratas normalmente ignoram parte dessas proteções ou as implementam de forma incompleta. Isso é justamente o que faz com que algumas fontes genéricas queimem com a placa de vídeo ou a placa-mãe.

Modularidade e cabos

As fontes podem ser não modulares, semi-modulares ou totalmente modulares. Em máquinas gamer, fontes full modular são as mais práticas porque permitem usar só os cabos que você precisa. Isso deixa o gabinete mais organizado e melhora o fluxo de ar. Semi-modulares são um meio termo, com alguns cabos fixos e o resto destacável. Fontes não modulares funcionam, mas criam mais bagunça, o que atrapalha especialmente em gabinetes com janela de vidro ou setups que prezam por boa circulação de ar.

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Esse detalhe faz mais diferença do que muita gente imagina. Cabos sobrando, entulhados dentro do gabinete, prejudicam o ar quente que precisa sair. Uma fonte modular facilita tudo, desde a montagem até a limpeza e futuras trocas de peças.

Marcas e modelos confiáveis

Outro ponto fundamental é evitar fontes desconhecidas. Existem marcas consolidadas no mercado que entregam fontes realmente confiáveis, como Corsair, Seasonic, XPG, Cooler Master, FSP, DeepCool e Thermaltake. Essas empresas oferecem linhas variadas com preços diferentes, mas sempre dentro de um padrão de qualidade. As séries RM, RX, HX, Toughpower e Hydro são bons exemplos.

A diferença entre comprar uma fonte confiável e uma genérica não é pequena. Fontes genéricas normalmente não entregam a potência que prometem. Uma fonte escrita como 700 W talvez entregue só 300 W reais, o que pode fazer o PC desligar durante jogos ou até queimar componentes. Já as marcas boas seguem normas reais de potência e eficiência.

Testando fisicamente a fonte antes de usar

Mesmo que a fonte seja nova, é sempre bom saber como testar caso apareça algum problema. Existem três testes principais: jump start, medição com multímetro e testador dedicado.

O jump start é o teste mais simples. Ele usa um clipe de papel para ligar a fonte sem a placa-mãe. Basta unir o fio verde do conector de 24 pinos com qualquer fio preto. Isso faz a fonte ligar e mostrar se o ventilador funciona. É um teste básico, mas já diz se a fonte liga ou não.

O teste com multímetro é mais completo. Ele permite medir se as tensões estão dentro do esperado. O fio amarelo deve dar algo em torno de 12 V, o vermelho cerca de 5 V e o laranja perto de 3.3 V. Se algum desses valores estiver bem fora do esperado, é sinal de defeito. O ideal é fazer essas medições com calma, sempre com a fonte isolada e tomando cuidado para não encostar as pontas nos pinos errados.

O testador de fonte é a forma mais fácil e rápida. Basta conectar o cabo ATX de 24 pinos e o cabo de CPU. O visor mostra na hora os valores e diz se o sinal Power Good está correto. Ele também permite testar cabos SATA e outros periféricos. Alguns modelos avançados avisam com apito e luz vermelha quando alguma tensão está errada.

Esses testes são muito úteis quando você quer diagnosticar se o problema está na fonte ou em outra peça do PC. Às vezes, o computador não liga e a pessoa acha que a placa-mãe queimou, quando na verdade era só um problema simples na fonte.

Conclusão

Escolher a fonte certa é algo que muita gente ignora, mas que faz enorme diferença no desempenho, na segurança e na vida útil do PC gamer. Uma boa fonte ATX, com eficiência decente, conectores modernos, proteções internas e potência suficiente, garante que todo o resto do computador funcione como deve. É o tipo de peça que não chama atenção porque não tem luz RGB nem aparece nos gráficos de FPS, mas que define a estabilidade da máquina inteira.

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Entender esses detalhes evita dores de cabeça, evita desligamentos aleatórios e, principalmente, evita prejuízo com peças caras. É o tipo de investimento que vale muito mais do que parece. A fonte é o coração do PC e cuidar dela é cuidar do PC inteiro. Com uma escolha bem feita, o computador fica estável, silencioso e preparado para upgrades futuros, sem sustos e sem riscos desnecessários.