Gwyn foi um dos quatro seres que surgiram da escuridão no início dos tempos em Dark Souls para reivindicar o poder da Primeira Chama. No início, o mundo era disforme e envolto em névoa, dominado por dragões ancestrais imortais.
Quando a primeira chama surgiu, ela trouxe ao mundo disparidade, luz e trevas, vida e morte, dando início a uma nova era, uma era de mudanças. Das sombras que se formaram pelo brilho da primeira chama surgiram quatro seres sem nome, muito provavelmente de raças que se escondiam nas profundezas do mundo. Gwyn era um desses quatro.

A Guerra Contra os Dragões
Ao lado da Bruxa de Izalith, Lorde dos Mortos Nito e do Pigmeu Furtivo, ele tomou para si uma parte do poder dessa chama, se tornando praticamente um deus. Gwyn, Nito e a Bruxa se juntaram, liderando seus seguidores para uma longa guerra contra os dragões. Eventualmente, os pigmeus se juntaram à guerra, trazendo o poder da Dark Soul e da manipulação de vida. Seath, o Sem Escamas traiu sua espécie, os dragões, e se juntou a Gwyn com informações sobre a fraqueza dos seres imortais.

Os dragões foram derrotados e assim iniciou uma nova era estabelecida e liderada por Gwyn, uma era de luz.
A Era da Luz
Sob a liderança do Deus do Sol o mundo prosperou e floresceu. Cidades e reinos surgiram. O mais grandioso era Anor Londo, a capital dos deuses, de onde Gwyn e seus filhos iluminavam o mundo.

Gwyn criou a guarda real, formada por seus quatro cavaleiros mais formidáveis. Artorias, Ciaran, Gough e Ornstein. Seu poderoso exército de cavaleiros prateados era inigualável e o símbolo do poder de Anor Londo.
Seath foi agraciado pelo Deus Sol e recebeu um lugar especial em sua côrte, enquanto as Bruxas retornaram à Izalith para desenvolver sua magia de fogo com o poder da chama e Nito tomou para si as catacumbas, onde guardaria os mortos.
Os pigmeus, ancestrais dos humanos, continuaram a desenvolver o poder da Dark Soul, que possuía potencial ilimitado.
O Início da Escuridão
Com medo do poder imenso que a humanidade demonstrava, o Deus Sol deu aos pigmeus uma cidade nos confins do mundo e deixou sob a guarda deles sua filha mais nova, Filianore, prometendo retornar um dia para buscá-la. Tudo isso como parte de seu plano para conter o poder dos ancestrais humanos.
Porém, mesmo após anos e mais anos, os humanos descendentes dos pigmeus que permaneceram no reino de Anor Londo ainda continham vestígios do poder da Dark Soul, mostrando que aquele fragmento da chama era muito mais poderoso do que o Deus Sol poderia imaginar. Então, o Deus Sol aplicou nos humanos uma maldição, um Sinal Negro que iria inibir o poder sombrio dos homens.

Com esse ato, Gwyn privou os humanos de seus poderes, tornando-os meros mortais. Com a ajuda da serpente primordial Frampt, Gwyn passou a doutrinar os humanos a adorá-lo, mantendo-os assim sob total controle. Ele também concedeu aos líderes humanos de maior destaque parte de sua própria alma flamejante e assim surgiu New Londo, sob o comando dos Quatro Reis humanos.
A Decadência da Primeira Chama
Quando a primeira chama começou a falhar, a marca aplicada por Gwyn nos humanos também perdeu seu poder, e o Abismo começou a surgir, um poder sombrio ligado à dark Soul. Oolacile foi um dos lugares afetados pelo abismo e foi lá que Manus, o Pai do Abismo surgiu, a personificação da humanidade que Gwyn tentou conter a todo custo.
Artorias foi enviado para Oolacile para salvar o reino e combater o abismo, já que ele era capaz de atravessar pela escuridão sem ser consumido por ela, mas Artorias pereceu na batalha contra Manus e outro herói misterioso deu fim à escuridão no lugar. Porém, todo o crédito ficou para Artorias. Saiba mais aqui.
New Londo também foi tomada pelo abismo após Darkstakler Kaathe seduzir os Quatro Reis e acabou sendo inundada para conter o poder sombrio que se espalhava lá.
O Primeiro Lorde das Cinzas
Em algum momento durante a decadência da chama as Bruxas de Izalith tentaram recriar a chama original, mas ao invés disso uma Chama do Caos foi criada, resultando no nascimento dos primeiros demônios e na destruição de Izalith, com seu povo sendo deformado pelo poder incontrolável da chama caótica.
Com medo dos demônios, Gwyn enviou seus cavaleiros de prata até Izalith e uma nova guerra foi travada, com Izalith sendo quase que completamente destruída, mas nem isso pode conter o poder do caos que nasceu lá.
A primeira chama se tornava cada vez mais fraca e a era da escuridão mais próxima. Desesperado, Gwyn foi até a fornalha construída no local onde a chama original surgiu e usou o que havia restado de sua própria alma para tentar manter a chama primordial viva, resultando em sua morte.
Com o Sinal Negro fraquejando e a chama quase no fim, o poder dos humanos retornou, forçando que mesmo os humanos mortos se levantassem de seus túmulos, surgindo assim os primeiros mortos-vivos. Gwyn instruiu Frampt a guiar um morto-vivo escolhido para se tornar o próximo Lorde das Cinzas, reunindo os fragmentos das almas dos lordes originais para manter a chama acesa, assim como Gwyn o fez no passado.
Ao final de Dark Souls, há um boss final que é o próprio Gwyn, reanimado pelo seu desejo de proteger a era do fogo e da luz, em uma das batalhas mais emocionais e tristes da série, ilustrando a decadência de uma era.
Considerações Finais
Gwyn é um exemplo perfeito de que nem deuses estão livres do medo e da morte. Esse personagem, que tanto lutou para se manter no poder e proteger seu reino, é um dos personagens mais humanos da série e seu legado segue vivo nos outros dois títulos, até mesmo ressurgindo na boss fight final em Dark Souls 3 contra a Soul of Cinder.
Seus filhos também são personagens muito importantes na história, com destaque para Nameless King, que foi exilado por Gwyn após trair os deuses e se aliar aos dragões.
Finalizo aqui mais um artigo. Deixe suas dúvidas, sugestões, críticas e/ou elogios nos comentários. Obrigado pela leitura e até a próxima.
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