O gênero de RPG é um dos mais famosos dos jogos digitais pela sua mistura de histórias incríveis, personagens cativantes e a possibilidade dos jogadores de interagirem com o mundo e até com o desenrolar da trama de forma participativa, seja ao acompanhar o desenrolar dos eventos dos jogos, ou ao afetar de forma direta sua narrativa e desfecho através de suas decisões.
Mas RPGs são, também, jogos longos com suas próprias mecânicas das quais nem sempre se mesclam de uma franquia para outra, além dos conceitos do gênero perpassarem diversas outras obras e jogos da atualidade, com elementos deles encontrados em títulos de ação, stealth, roguelike, entre outros.
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Neste artigo, separamos 10 jogos de RPGs onde as mecânicas não são excessivamente complexas e cujas histórias, enquanto bem engajadoras, trazem aquela sensação que esperamos de uma aventura épica e cheia de momentos marcantes!
Os 10 Melhores RPGs para Iniciantes
Super Mario RPG
É praticamente impossível começar essa lista sem citar um dos RPGs mais amigáveis e construído em torno de um dos personagens mais famosos de todos os tempos, Mario.
Lançado originalmente para SNES em 1996 e com um “remake” para Nintendo Switch, Super Mario RPG traz outra aventura épica do encanador, que precisa juntar os sete fragmentos da Star Road após a invasão de Smithy ao Reino do Cogumelo.
Com a mistura clássica entre exploração e combates em turno, Super Mario RPG pega diversos elementos de títulos predecessores para criar sua própria e carismática combinação de personagens e inimigos conhecidos da franquia com uma narrativa inteiramente nova para sua época.
A versão Remake também traz atualizações de gameplay que tornam dos combates mais dinâmicos do que a versão clássica, como a capacidade de transformar ataques individuais em ataques de área ao apertar botões no timing certo, ajudando, assim, a fazer dele uma experiência engajadora.
Chrono Trigger
Para iniciar sua aventura no universo dos RPGs eletrônicos, que tal começar com o ainda considerado por muitos como o melhor jogo de todos os tempos?
Chrono Trigger foi lançado originalmente pela Square (atual Square Enix) em 1995 e está disponível atualmente para Steam, iOS e Android, e foi desenvolvido por uma “equipe dos sonhos” que incluiu Akira Toriyama (Dragon Ball), Hironobu Sakaguchi (Final Fantasy), Masato Kate (Chrono Cross), Nobuo Uematsu (Final Fantasy), Takashi Tokita (Parasite Eve), Yasunori Mitsuda (Xenogears) e Yuji Horii (Dragon Quest).
Sua história gira em torno das aventuras de Crono e seus amigos quando eles descobrem, por acaso, um portal que os leva 400 anos no passado e, posteriormente, chegam a um futuro apocalíptico onde o mundo foi consumido por uma ameaça calamitosa conhecida como Lavos. O grupo, então, decide viajar através das eras em busca de um meio de eliminar Lavos e trazer a esperança de volta ao futuro.
Com uma história sobre heroísmo e com diversas mudanças - inclusive nos finais - que dependem exclusivamente das decisões do jogador, Chrono Trigger foi revolucionário para sua época pela sua mistura de inovações e uso inteligente das suas mecânicas, como as técnicas em conjunto entre personagens, tornando-se, assim, um marco na história dos RPGs e dos videogames.
Breath of Fire III
É muito comum um jogo da dimensão de Breath of Fire ser ignorado pelo público mais jovem, especialmente porque não temos qualquer atualização de um título principal da franquia desde 2016 e seu último jogo de sucesso foi lançado ainda na era do Ps One.
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Ainda assim, Breath of Fire III foi o grande divisor de águas da série, da qual catapultou a popularidade do RPG da Capcom, colocando-o no mesmo patamar de outros grandes títulos da época, como Suikoden, Final Fantasy VII, Wild Arms e Grandia.
A história dos jogos, enquanto separadas, giram sempre em torno de um garoto chamado Ryu, que possui os poderes de um dragão ou até a capacidade de transformar-se em um deles. Em BoF 3, acompanhamos a jornada do garoto após ser descoberto ainda como um dragão por um grupo de mineradores que o prendem como um monstro raro a ser vendido no mercado ilegal.
Ryu consegue se soltar e, na queda, perde sua consciência e transforma-se em um mano, sendo descoberto em seguida por um caçador, que cuida dele e decide acompanhá-lo em sua jornada através dos reinos em busca dos mistérios da sua origem, passado e sua relação com os Dragões.
Breath of Fire III é o seu RPG clássico de turnos, com magias, efeitos e habilidades, além da possibilidade de trocar o líder da equipe durante a exploração para executar determinadas ações no mapa. A sua mistura vibrante de cores, trilha sonora divertida e um combate fácil de aprender tornam dele uma excelente pedida para quem busca um RPG mais palatável, mas com boas reviravoltas e personagens.
Dragon Quest XI
A série Dragon Quest reformulou a maneira como RPGs eletrônicos eram jogados, justamente por tornar das suas mecânicas mais amigáveis para iniciantes, pavimentando o caminho que levaria a uma dúzia de outras franquias de sucesso dos gêneros durante muitas décadas.
Dentre os mais recentes, Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age, lançado em 2017 para PlayStation 4, Xbox Series, Nintendo 3DS, Nintendo Switch e Steam se destaca por manter as raízes narrativas e de jogabilidade que a série leva na maioria dos seus jogos enquanto também apresenta alguns aspectos mais modernos, como a de ver os inimigos no mapa ao invés de contar com batalhas aleatórias das quais, em maioria, tornam a experiência frustrante e consomem muito tempo do jogador menos habituado a RPGs.
Sua história gira em torno do mundo de Erdrea, onde o protagonista sobrevive a um ataque de monstros na infância, sendo adotado e, posteriormente, descobrindo sua identidade como o Luminary, o herói escolhido para salvar Erdrea de um grande mal.
Sea of Stars
Sea of Stars é um RPG lançado em setembro de 2023 pelo estúdio canadense Sabotage Studio, e opera como uma carta de amor para os jogos de RPG dos anos 90 em uma experiência composta de mistérios, carisma e amizade.
Ambientado em um mundo onde dois guerreiros são treinados para salvar o mundo de uma ameaça iminente, Sea of Stars consegue entregar uma experiência repleta de magia, com uma trilha sonora excelente e um combate interativo com fortes inspirações de jogos como Final Fantasy X e Chrono Trigger, onde sequenciar nossas habilidades pode garantir outro turno extra e/ou uma redução significativa nas ações dos adversários.
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Ele é um dos takes mais modernos de sistemas clássicos existentes no mercado de RPGs hoje, enquanto traz consigo uma narrativa original e inovadora somada a um sistema de exploração e combate intuitivos, mas suficientemente desafiadores para novatos e veteranos.
Pokémon
Pokémon é considerado por muitos como a experiência definitiva de RPGs para iniciantes. Afinal, a mistura entre captura de monstros, nivelamentos, evolução e sistema de habilidades e montagem de equipes para superar desafios tornam deste um jogo para todo público e de qualquer idade.
Além disso, existem milhares de jogos diferentes no decorrer da franquia, cada uma com sua gama de inovações em jogabilidade, exploração ou monstros capturáveis que, por si, já garantem horas de diversão e uma extensa gama de possibilidades após finalizar seu primeiro jogo da série.
Entrar no mundo de Pokémon é como adentrar um novo universo: uma vez que você está nele, é difícil querer sair sem apreciar todas as novidades de cada região.
Stardew Valley
Ter Stardew Valley numa lista de melhores RPGs pode parecer estranho porque ele não segue todos os padrões de um RPG tradicional e orientado para o combate, mas ele certamente é um dos jogos com mais “role playing” da indústria recente.
Nele, você encarna o papel de um trabalhador de escritório que decide abandonar a vida na cidade grande para, então, seguir a vida tranquila de campo em uma cidade remota, cuidando da fazenda que pertencia ao seu avô. A partir deste ponto, o jogador segue algumas instâncias de eventos até receber a liberdade para fazer o que preferir - seja cuidar da fazenda e criar sua plantação, comprar animais para vender leite e ovos, adotar um pet, pescar, socializar com os demais cidadãos da cidade ou, inclusive, adentrar uma masmorra e lutar contra monstros, enquanto busca por minerais raros.
No fim, Stardew Valley é sobre a liberdade de viver sua vida, ser quem você deseja ser fora das amarras pré-estabelecidas pelo senso tradicional de jogos, e não há nada mais RPG do que escolher seu próprio caminho e decidir como você deseja trilhar ele, diversos títulos como Skyrim são amplamente aclamados por esse detalhe, e nenhum outro consegue o entregar com tamanha leveza quanto um jogo indie “de fazendinha”.
Persona 5
A série Persona ganhou popularidade após mudar sua fórmula em Persona 3 (inclusive, este recebeu um Remake com Persona 3: Reload), mesclando elementos de RPG com a vida escolar de um estudante e simulador de encontros e relações, e não seria incomum ouvir de um fã da série que Persona 5, lançado para PlayStation 4 e 5, Xbox Series, Nintendo Switch e Steam é o melhor entre eles.
Muito do atrativo em Persona 5 vem da sua apresentação: da trilha sonora de jazz aos menus estilizados e ao design dos personagens, tudo no jogo parece se encaixar perfeitamente para uma história cheia de mistérios, onde um grupo de estudantes jovens descobrem a existência de uma realidade paralela criada pelas distorções cognitivas da sociedade, onde suas Sombras se apresam dos mais fracos - e nesta realidade, eles são capazes de invocar suas Personas, manifestações da própria resolução de suas consciências.
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Tal qual outros jogos dessa lista até aqui, Persona 5 é um RPG de turnos, mas onde as fraquezas e resistências dos adversários fazem grande diferença na hora de planejar o combate, tornando-o extremamente dinâmico, mas sem o deixar repetitivo. O sistema de Social Links, além de aprofundar a jornada e as histórias em torno de personagens primários e secundários, ajudam a criar Personas mais fortes, necessárias para tornar do seu protagonista uma peça versátil da sua equipe.
Final Fantasy XVI
Caso queira algum jogo com temas mais maduros, estando no sentido quase oposto do espectro de RPGs, Final Fantasy XVI foi o novo título numerado mais recente da Square Enix, lançado para PlayStation 5 e com lançamento para PC planejado para uma data posterior.
Diferente de muitos jogos da franquia, FFXVI aposta em um sistema de batalha inteiramente em tempo real, designado por Ryota Suzuki, responsável pelo combate da série Devil May Cry. Apesar das críticas em torno desse combate mais ágil e orientado em combos, o jogo possui sua gama de elementos de RPG que ainda o identificam genuinamente dentro do gênero e como um dos principais jogos de uma das franquias mais famosas do mundo.
Por outro lado, seus sistemas de equipamentos, magias e outros elementos são bem menos complexos do que em outros títulos da série por não existirem atributos elementais e/ou benefícios específicos para armaduras - esses sendo deixados apenas para os acessórios - que tornam de Final Fantasy XVI uma escolha excelente para qualquer um que queira e aventurar nos Action RPGs.
Sua história gira em torno de Clive Rosfield, o jovem escudo de Rosaria que assiste ao assassinato brutal de seu irmão, Joshua, pelas mãos de um misterioso segundo Eikon do Fogo, Ifrit, e jura vingar-se do assassino após 13 anos vivendo como um escravo do exército inimigo.
Dragon Age: Inquisition
Por ser o terceiro jogo da série principal, Dragon Age: Inquisition pode assustar alguns jogadores pela densidade da lore em torno dos eventos dos jogos anteriores, mas ele é certamente um dos melhores Action RPGs para iniciantes da atualidade, com uma mistura excelente entre gerenciamento de equipe e planejamento estratégico.
Nele, você encarna o papel do Inquisidor e busca fazer alianças com reinos e exércitos para salvar o mundo de um mal iminente, ganhando novos aliados em sua jornada e explorando novos terrenos com eles em uma equipe de quatro personagens, onde precisa controlar apenas um deles enquanto os outros farão suas funções naturalmente.
De muitas formas, Dragon Age: Inquisition lembra um MMORPG, onde personagens possuem habilidades e funções específicas, além de rotações entre habilidades para criar os combos certos e maximizar seus efeitos. Apesar de qualquer jogo da série ser uma boa porta de entrada, as melhorias de Inquisition são notórias e sua narrativa não deixa o jogador por fora dos eventos anteriores, além de suas decisões importarem para o destino do mundo e o desfecho de determinados personagens.
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Não faltam opções
Tudo depende de que estilo de jogo você prefere.
Os títulos mencionados aqui buscam trazer certa diversidade em termos de subgêneros, narrativa, jogabilidade, trama ou geração para lhe proporcionar uma experiência completa onde, dentre eles, você vai encontrar um nicho específico que se encaixe melhor nas suas preferências.
Não tenha medo de experimentar, existem centenas de RPGs disponíveis para PCs e consoles que merecem sua atenção e podem lhe cativar pelos seus elementos únicos, e alavancar a sua paixão em torno desse gênero!
Obrigado pela leitura!
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