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A Trilogia de Zelda Que a Nintendo Quer Esquecer

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A história e o legado da trilogia Zelda que a Nintendo deseja que todos nós esqueçamos. Descubra a história por trás de três "obras-primas" dos jogos.

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revised by Romeu

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A História dos Jogos da Série Zelda Lançados para o Philips CD-i

Uma Jornada Única e Polêmica

A série The Legend of Zelda é uma das franquias mais icônicas e amadas da história dos videogames. Criada por Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka, a série estreou em 1986 no Nintendo Entertainment System (NES) e, desde então, conquistou milhões de fãs ao redor do mundo com sua mistura única de exploração, quebra-cabeças e narrativa envolvente. No entanto, nem todos os jogos da série foram desenvolvidos diretamente pela Nintendo. Um capítulo curioso e muitas vezes esquecido da história de Zelda ocorreu no início dos anos 90, quando três jogos da franquia foram lançados para o Philips CD-i, um console que competia com o Super Nintendo e o Sega Genesis.

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Neste artigo, vamos explorar os três jogos da série Zelda lançados para o Philips CD-i: Link: The Faces of Evil (1993), Zelda: The Wand of Gamelon (1993), e Zelda's Adventure (1994). Vamos discutir o contexto em que esses jogos foram criados, suas características únicas e o legado que deixaram para a comunidade de fãs de Zelda.

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O Contexto Histórico: A Parceria entre Nintendo e Philips

Para entender como esses jogos foram parar no Philips CD-i, precisamos voltar ao final dos anos 80 e início dos anos 90. Na época, a Nintendo estava explorando a possibilidade de criar um add-on de CD-ROM para o Super Nintendo, conhecido como SNES-CD. A empresa fechou uma parceria com a Sony para desenvolver o projeto, mas as negociações fracassaram, levando à criação do PlayStation.

Super Nes CD
Super Nes CD

Enquanto isso, a Nintendo também havia firmado um acordo com a Philips, que permitia à empresa usar alguns de seus personagens em jogos para o CD-i, um console multimídia que prometia revolucionar o mercado com sua capacidade de reproduzir vídeos interativos.

Philips CD-i
Philips CD-i

No entanto, a Nintendo não estava diretamente envolvida no desenvolvimento dos jogos para o CD-i. Em vez disso, a Philips contratou estúdios terceirizados para criar os títulos de Zelda. O resultado foi uma trilogia de jogos que, embora tecnicamente façam parte da franquia, são considerados "não canônicos" pela Nintendo e pela maioria dos fãs.

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Link: The Faces of Evil (1993)

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Link: The Faces of Evil foi o primeiro jogo da série Zelda lançado para o Philips CD-i. Desenvolvido pela Animation Magic, o jogo segue Link em uma missão para derrotar o malvado feiticeiro Ganon, que escapou do Reino de Hyrule e está causando estragos na ilha de Koridai.

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O jogo utiliza o estilo visual em gráficos 2D com sprites desenhados à mão e cutscenes animadas, que eram uma das principais atrações do CD-i.

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Ao contrário dos jogos principais da série, The Faces of Evil é um jogo de plataforma lateral, onde Link anda, pula e usa sua espada para derrotar inimigos.

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A história é contada por meio de cutscenes com vozes dubladas, algo raro para a época. No entanto, a dublagem e os diálogos são frequentemente criticados por serem considerados "estranhos" e "engraçados" de forma não intencional.

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Recepção

Link: The Faces of Evil foi recebido com críticas mistas. Enquanto alguns elogiaram os gráficos e a tentativa de inovar, a jogabilidade foi considerada repetitiva e pouco inspirada. Além disso, a falta de envolvimento da Nintendo no desenvolvimento resultou em um jogo que não capturava a essência da série.

Zelda: The Wand of Gamelon (1993)

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Lançado no mesmo ano que The Faces of Evil, Zelda: The Wand of Gamelon é o segundo jogo da série para o CD-i. Desta vez, a protagonista é a Princesa Zelda, que embarca em uma jornada para resgatar seu pai, o Rei Harkinian, e recuperar a poderosa Wand of Gamelon.

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Assim como seu predecessor, o jogo utiliza gráficos 2D e cutscenes animadas. A arte é semelhante, mas com novos cenários e personagens.

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A jogabilidade é praticamente idêntica à de The Faces of Evil, com Zelda substituindo Link como personagem jogável. Ela usa um arco e flechas para atacar inimigos e resolver quebra-cabeças.

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As cutscenes continuam a ser um destaque, mas a dublagem e os diálogos são igualmente criticados por sua qualidade questionável.

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Recepção

The Wand of Gamelon compartilha muitos dos mesmos problemas de The Faces of Evil. A jogabilidade repetitiva e a falta de conexão com os jogos principais da série deixaram os fãs decepcionados. No entanto, as cutscenes se tornaram icônicas por sua dublagem peculiar, ganhando status de "cult" entre os fãs de jogos retrô.

Zelda's Adventure (1994)

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O terceiro e último jogo da série Zelda para o CD-i, Zelda's Adventure, foi lançado em 1994 e tentou trazer uma abordagem diferente em relação aos dois títulos anteriores. Desta vez, o jogo é uma aventura em visão superior, semelhante aos jogos clássicos da série.

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Zelda's Adventure utiliza gráficos em live-action para os cenários, com sprites 2D sobrepostos. Essa escolha visual foi considerada única, mas também controversa.

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O jogo retorna à fórmula de exploração e quebra-cabeças dos títulos principais da série. Zelda é a protagonista novamente, e os jogadores devem coletar itens e derrotar inimigos para progredir.

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A história envolve Zelda resgatando Link e derrotando Ganon, que mais uma vez está causando problemas no reino.

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Recepção

Zelda's Adventure foi recebido de forma ainda mais negativa do que seus predecessores. Os gráficos em live-action foram considerados datados e pouco atraentes, e a jogabilidade foi criticada por ser lenta e confusa. Apesar disso, o jogo tem seus defensores, que apreciam sua tentativa de ser diferente.

O Legado dos Jogos de Zelda no CD-i

Embora os jogos de Zelda para o Philips CD-i sejam frequentemente ridicularizados por sua qualidade questionável, eles ocupam um lugar único na história da franquia. Eles representam um experimento ousado, mas mal-executado, de expandir a série para além dos consoles da Nintendo. Além disso, as cutscenes e a dublagem desses jogos se tornaram memes populares na internet, garantindo que eles não sejam completamente esquecidos.

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Para os fãs de Zelda, esses jogos servem como um lembrete da importância do envolvimento direto da Nintendo no desenvolvimento de suas franquias. Apesar de suas falhas, eles são uma curiosidade interessante para quem deseja explorar todos os cantos do universo de Zelda.

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Conclusão

Os jogos da série Zelda lançados para o Philips CD-i são uma parte peculiar e muitas vezes esquecida da história da franquia. Embora não tenham alcançado o sucesso ou a qualidade dos títulos principais, eles oferecem uma visão fascinante de um período em que a Nintendo estava disposta a experimentar novas ideias e parcerias. Para os colecionadores e fãs hardcore de Zelda, esses jogos são uma relíquia histórica que vale a pena explorar, mesmo que apenas para entender como a série evoluiu ao longo dos anos.

Se você está curioso para experimentar esses jogos, prepare-se para uma experiência única e, muitas vezes, bizarra. Eles podem não ser os melhores exemplos da série, mas certamente são inesquecíveis.