Zumbis são um monstro que já faz parte da nossa cultura popular, como vampiros ou fantasmas. Existem milhares de séries e tem gente até que espera ansiosamente por um apocalipse zumbi para testar suas habilidades de sobrevivência e ver se todo o seu tempo pensando no assunto realmente o livraria de uma situação de vida ou morte (spoiler: não vai).
Os zumbis nasceram do folclore haitiano, ligado a rituais do vodu, onde mortos eram trazidos de volta à vida para servir como escravos. Essa ideia chegou ao cinema com White Zombie (1932), considerado o primeiro filme do gênero, estrelado por Bela Lugosi. Nessa fase, o foco era mais no controle espiritual do que em mortos comendo gente.
O conceito moderno do “zumbi canibal” surgiu só em 1968, com A Noite dos Mortos-Vivos, de George A. Romero, que transformou o tema em crítica social e terror apocalíptico. A partir daí, os zumbis se tornaram ícones da cultura pop, inspirando filmes, séries e jogos até hoje.
Então, se você gosta de mortos-vivos, vamos falar de 10 jogos que são marcos do gênero, que mudaram tudo, criaram mecânicas ou inovaram o gênero e merecem destaque e, se ficar com dúvidas, deixe um comentário.
Sweet Home – Famicon, 1989
Lançado em 1989 para o Famicom, Sweet Home foi criado pela Capcom e é considerado o verdadeiro avô do survival horror. Inspirado em um filme japonês de mesmo nome, o jogo coloca um grupo de exploradores presos em uma mansão cheia de monstros, armadilhas e segredos. Cada personagem tem habilidades únicas, e as mortes são permanentes, coisa que é rara e até mesmo criticada em alguns jogos mais modernos, porém, adiciona um elemento bastante interessante ao gameplay.
Com seu clima pesado, puzzles, exploração e escassez de recursos, Sweet Home já trazia tudo que depois se tornaria marca registrada em jogos como Resident Evil. Mesmo com os gráficos simples do 8-bit, ele conseguia criar uma atmosfera sombria e assustadora, mostrando que o medo podia caber dentro de um cartucho.
Zombies Ate My Neighbors – SNES/Mega Drive, 1993
Lançado em 1993 para Super Nintendo e Mega Drive, Zombies Ate My Neighbors foi desenvolvido pela LucasArts e publicado pela Konami. O jogo é uma mistura divertida de terror e comédia, onde dois adolescentes armados com pistolas de água e utensílios domésticos enfrentam hordas de zumbis, múmias e outras criaturas clássicas dos filmes B.
Com visual colorido, jogabilidade cooperativa e dezenas de fases cheias de referências à cultura pop, ele se tornou um dos grandes cults da era 16-bit. Apesar do tom leve, havia desafio de sobra e momentos de pura correria tentando salvar vizinhos antes que virassem um problema para você resolver. O humor e o estilo únicos fizeram dele um dos jogos mais lembrados do gênero, com fãs fiéis até hoje.
Resident Evil – PlayStation, 1996
Lançado em 1996 pela Capcom para o primeiro PlayStation, Resident Evil mudou para sempre a forma como os jogos de terror eram feitos. A história acompanha membros da equipe S.T.A.R.S. presos em uma mansão infestada de zumbis e criaturas criadas por experimentos biológicos. Com câmeras fixas, pouca munição e muito suspense, o jogo criou o conceito moderno de survival horror.
Sua mistura de puzzles, atmosfera tensa e narrativa cinematográfica foi algo inédito na época. Mesmo com as vozes toscas e controles duros, Resident Evil virou um marco e deu início a uma das franquias mais importantes dos games com lançamentos até os dias de hoje, sempre tentando renovar o terror da série (às vezes funciona, às vezes não), seja nos games, séries e cinema.
The House of the Dead – Arcade, 1996
Lançado em 1996 pela Sega para os arcades, The House of the Dead trouxe uma enxurrada de mortos-vivos em um ritmo frenético que fez história. No papel de agentes especiais, os jogadores enfrentavam hordas de zumbis e monstros em corredores cheios de sangue e destruição, usando pistolas de luz para atirar na tela.
Simples e direto, o jogo se destacava pela ação intensa, chefes grotescos e múltiplos caminhos que aumentavam a vontade de jogar de novo. Foi um sucesso absoluto nos fliperamas e depois ganhou versões para consoles, ajudando a popularizar o gênero de tiro com zumbis. Sua pegada exagerada e estilo “filme B” o transformaram em um clássico cult dos anos 90, apesar da dificuldade injusta feita para tirar o máximo de fichas do jogador possível.
Plants vs. Zombies – PC/Mobile, 2009
Lançado em 2009 pela PopCap Games, Plants vs. Zombies virou um fenômeno ao transformar o apocalipse zumbi em uma comédia estratégica viciante. No papel de um maluco com uma panela na cabeça, o jogador defende seu quintal de ondas de mortos-vivos usando plantas com poderes especiais que vão de atiradoras de ervilhas a nozes que servem de muro e batatas explosivas.
O estilo simples, o humor leve e a trilha sonora marcante fizeram dele um sucesso tanto em PCs quanto em celulares, alcançando um público que nem costumava jogar. Por trás da aparência divertida, havia um jogo tático e bem equilibrado, que conquistou milhões de fãs e virou uma das marcas mais populares da história dos games casuais.
Left 4 Dead – PC/Xbox 360, 2008
Desenvolvido pela Valve e lançado em 2008, Left 4 Dead trouxe um novo fôlego aos jogos de zumbis com seu foco total no modo cooperativo. Em vez de enfrentar o apocalipse sozinho, quatro sobreviventes precisavam trabalhar em equipe para atravessar cidades destruídas cheias de hordas famintas.
O grande destaque era o sistema “AI Director”, que mudava os eventos a cada partida, tornando cada campanha imprevisível. A ação era intensa, o ritmo frenético e a sensação de urgência constante. Left 4 Dead virou referência de cooperação e suspense, influenciando praticamente todos os jogos de zumbi que vieram depois.
The Last of Us – PS3, 2013
Lançado em 2013 pela Naughty Dog para o PlayStation 3, The Last of Us redefiniu o que significava contar uma história de apocalipse. No lugar de monstros genéricos, o jogo mostrou um mundo destruído por um fungo real, com infectados perigosos e uma humanidade ainda mais cruel. Diversas histórias emocionantes acompanham a tragédia de pessoas se transformando em monstros cheios de fungos na cabeça.
A jornada de Joel e Ellie é marcada por momentos intensos, escolhas dolorosas e atuações impressionantes. Com jogabilidade de sobrevivência e foco emocional, ele equilibra ação e drama de forma quase perfeita. O sucesso foi tão grande que gerou remaster, sequência e até série de TV, consolidando o nome como um dos maiores jogos de todos os tempos.
Dying Light 2 Stay Human – Multiplataforma, 2022
Dying Light 2 Stay Human, lançado em 2022 pela Techland, levou o gênero de zumbis para um mundo aberto cheio de liberdade e movimento. O jogo mistura combate brutal com parkour, permitindo escalar prédios e atravessar cidades inteiras enquanto o sol vai se pondo — e a noite traz criaturas muito mais perigosas.
A história gira em torno da luta por poder entre facções humanas, enquanto o vírus continua transformando o que resta da civilização. Com gráficos modernos, escolhas que mudam o rumo da trama e um sistema de movimentação viciante, Dying Light 2 se firmou como um dos grandes sucessos recentes do gênero.
Resident Evil Village – Multiplataforma, 2021
Lançado em 2021 pela Capcom, Resident Evil Village deu sequência direta aos eventos de Resident Evil 7, mantendo a visão em primeira pessoa, mas expandindo o escopo e a ação. O jogo coloca o protagonista Ethan Winters em uma vila isolada cheia de criaturas bizarras — de zumbis deformados a vampiros e lobisomens.
Misturando horror, mistério e momentos de puro desespero, ele trouxe um equilíbrio raro entre susto e espetáculo. A ambientação detalhada e o ritmo cinematográfico fizeram o público se sentir dentro de um filme de terror interativo. Foi um sucesso de crítica e vendas, reforçando o domínio da Capcom no gênero.
The Last of Us Part II – PS4, 2020
Em 2020, a Naughty Dog voltou com The Last of Us Part II, um jogo mais ambicioso e intenso que o primeiro. Agora, com Ellie como protagonista, a história mergulha fundo em temas de vingança, trauma e perda em um mundo ainda mais brutal e tomado por infectados. A jogabilidade ficou mais fluida, com combates dinâmicos e momentos de furtividade bem construídos.
No comando de Ellie, você agora busca vingança contra aqueles que mataram Joel. Não é mais sobre sobreviver, e sim sobre fazer justiça. O visual impressionante e a narrativa corajosa dividiram opiniões, mas o jogo levou dezenas de prêmios e foi considerado um marco técnico da geração. Triste, violento e realista, ele mostrou que o apocalipse zumbi também pode ser profundamente humano.
Menção Honrosa: Zombie Zombie – ZX Spectrum, 1984
Lançado em 1984 para o ZX Spectrum, Zombie Zombie foi um dos primeiros jogos a mostrar um mundo 3D com mortos-vivos. Criado por Sandy White, o game impressionava por deixar o jogador explorar livremente uma cidade deserta, vista em perspectiva isométrica, algo raro para a época.
A missão era eliminar zumbis usando armadilhas e até um helicóptero, já que não havia armas convencionais. Mesmo simples, o jogo chamava atenção pela liberdade de movimento e pelo clima estranho e solitário. Sem sustos nem sangue, Zombie Zombie apostava em um tipo de terror mais atmosférico e criativo, que acabou influenciando gerações futuras.
— Kommentare 0
, Reaktionen 1
Sei der erste der kommentiert