Uma das partes mais importantes, que deve ser cuidadosamente elaborada no desenvolvimento de um jogo é a trilha sonora. Sem uma trilha sonora adequada, aquele momento emocionante e impactante perde peso com a música errada. O combate contra o vilão final seria menos recompensador e tenso sem a trilha sonora adequada. A música com um tom pesado e fúnebre que toca quando você morre dá uma ideia de como será o futuro sem você para salvá-lo.
Algumas trilhas sonoras de jogos são icônicas, como “One-Winged Angel” de Final Fantasy VII, composta por Nobuo Uematsu, ou “To All Of You”, Life is Strange
, de Syd Matters, ou a banda Crush 40, que tem feito diversas músicas para os games da era moderna de Sonic
. Compositores de trilhas de games não perdem em nada para músicos clássicos ou popstars.
Vamos falar dos 10 compositores mais importantes e renomados da indústria dos games e, se ficar com dúvidas, é só deixar nos comentários.
Hirokazu Tanaka – Pré Era 8 Bits
Nascido em 1957, Hirokazu Tanaka começou sua carreira na Nintendo no início dos anos 1980, trabalhando como designer de efeitos sonoros para jogos de arcade. Ele criou sons icônicos, como o famoso “boing” do pulo do Jumpman em Donkey Kong (1981). Antes de qualquer console doméstico, Tanaka já mostrava criatividade e inovação na composição de áudio limitado por hardware.

Ele também contribuiu para o desenvolvimento de chips de som da Nintendo, incluindo o do Famicom/NES, permitindo músicas e efeitos mais complexos. Tanaka compôs trilhas para jogos como Radar Scope e Donkey Kong 3, mesclando música e efeitos sonoros de forma inovadora. Seu trabalho definiu padrões para a indústria, mostrando que áudio poderia ser parte essencial da jogabilidade.
Ele se destacou por transformar simples bipes em experiências sonoras memoráveis. Tanaka foi um verdadeiro pioneiro do som nos videogames, influenciando gerações futuras. Além de compor, ele ajudou a programar o hardware de áudio, criando soluções técnicas avançadas. Seu legado é lembrado como um dos primeiros a unir criatividade musical e engenharia eletrônica nos games.
Koji Kondo – Era 8/16 Bits
Koji Kondo é o compositor por trás de algumas das músicas mais reconhecíveis dos videogames, como Super Mario Bros. (1985) e The Legend of Zelda (1986). Seu trabalho na Nintendo definiu o padrão de como a música pode reforçar a identidade de um jogo. Kondo transformou simples sons de 8 bits em melodias inesquecíveis que permanecem populares até hoje.
Ele também ajudou a integrar a música diretamente na jogabilidade, tornando cada tema uma extensão da experiência do jogador. Seu estilo é marcado por simplicidade, memorização fácil e capacidade de criar emoções com recursos limitados. Kondo se tornou referência para toda uma geração de compositores de games.
Yuzo Koshiro – Era 8/16 Bits
Yuzo Koshiro se destacou por suas trilhas eletrônicas inovadoras durante a era de 8 e 16 bits. Ele é conhecido por Streets of Rage (1991) e ActRaiser (1990), onde misturou techno e música sintetizada de forma única. Koshiro explorou ao máximo os chips de som disponíveis, criando ritmos e atmosferas que eram impossíveis de imaginar na época.
Seu trabalho influenciou não apenas outros compositores de games, mas também a música eletrônica fora dos videogames. Ele é reconhecido por combinar técnica avançada de programação de som com composições criativas e cativantes. Koshiro trouxe energia e inovação à música de ação nos games.
Akira Yamaoka -Era 32/64 Bits
Akira Yamaoka é conhecido principalmente por criar a atmosfera sonora única da série Silent Hill. Seu trabalho combina elementos industriais, eletrônicos e ambientais para construir tensão e emoção. Antes de compor, Yamaoka trabalhou como designer de som, o que influenciou sua abordagem criativa.
Ele é mestre em usar o áudio para contar histórias e reforçar a ambientação do jogo. Suas trilhas são memoráveis por criar desconforto e imersão, fazendo do som uma parte essencial da experiência. Yamaoka também contribuiu para efeitos sonoros, fortalecendo a identidade dos jogos de terror. Seu estilo influenciou muitos compositores contemporâneos da indústria de games.
David Wise - Era 32/64 Bits
David Wise é famoso por suas trilhas cativantes para jogos da Rare, incluindo Donkey Kong Country, Yooka Laylee e Banjo-Kazooie. Ele é reconhecido por transformar os limites dos chips de som em composições ricas e atmosféricas. Wise mistura melodias alegres e arranjos complexos, criando músicas que ficam na memória dos jogadores.
Seu trabalho é um exemplo de como a música pode definir a personalidade de um jogo. Ele também explorou técnicas de programação de som para gerar efeitos inovadores. As trilhas de Wise equilibram diversão e emoção, contribuindo para o sucesso e a identidade dos jogos da Rare.
Jimmy Hinson
Conhecido artisticamente como Big Giant Circles. Ele ganhou notoriedade por suas contribuições a títulos como Threes! (que ganhou prêmios como o Apple's 2014 Game of the Year) e Pocket Mine, onde sua abordagem criativa e inovadora se destacou. Sua música, que mescla elementos de chiptune e eletrônica, ajudou a definir a identidade sonora desses jogos, proporcionando experiências auditivas memoráveis para os jogadores.
Além disso, Hinson é reconhecido por sua capacidade de adaptar suas composições às limitações técnicas dos dispositivos móveis, mantendo a qualidade e a emoção em suas trilhas sonoras. Sua influência no desenvolvimento de música para jogos mobile é amplamente reconhecida, tornando-o uma referência nesse nicho específico da indústria de jogos.
Nobuo Uematsu – 7ª e 8ª Geração
Nobuo Uematsu é um dos compositores mais respeitados da história dos videogames, conhecido principalmente por seu trabalho na série Final Fantasy. Durante a 7ª e 8ª gerações, seu estilo evoluiu com o avanço tecnológico, misturando orquestras reais e sintetizadores modernos.
Ele trouxe emoção e grandiosidade para jogos como Final Fantasy VII Remake e Lost Odyssey. Uematsu é mestre em transformar temas simples em composições épicas e memoráveis. Sua música ajudou a elevar o status dos games a um patamar cinematográfico. Mesmo fora da Square Enix, continuou influente, participando de trilhas e concertos ao redor do mundo. Seu legado é uma ponte entre o clássico e o moderno na música dos videogames.
Jesper Kyd – 7ª e 8ª Geração
Jesper Kyd é um compositor dinamarquês reconhecido por trilhas marcantes em séries como Assassin’s Creed e Hitman. Durante as 7ª e 8ª gerações, ele consolidou seu estilo misturando música eletrônica, coral e étnica. Suas composições criam atmosferas envolventes que ampliam a imersão dos jogadores.
Kyd é conhecido por adaptar o som à narrativa, variando de tons sombrios a épicos com naturalidade. Em Assassin’s Creed II, por exemplo, combinou melodias emocionais com batidas modernas, criando uma identidade única para a franquia. Ele ajudou a redefinir a música nos games de mundo aberto e stealth. Sua assinatura sonora é reconhecível e continua influenciando novos compositores da indústria.
Gustavo Santaolalla – 9ª Geração
Gustavo Santaolalla é um compositor argentino que levou sua sensibilidade cinematográfica para os videogames. Conhecido por The Last of Us e sua sequência, ele usou instrumentos acústicos e sons minimalistas para criar uma trilha profundamente emocional.
Seu estilo é marcado por simplicidade e peso emocional, transmitindo melancolia e humanidade. Na 9ª geração, seu trabalho continuou sendo referência de narrativa sonora nos games modernos. Santaolalla mostrou que uma trilha não precisa ser grandiosa para ser impactante. Sua música se tornou inseparável das histórias que ajuda a contar.
Lena Raine – 9ª Geração
Lena Raine é uma das compositoras mais influentes da cena indie moderna. Ficou conhecida pela trilha de Celeste, que combina eletrônica e melodias emocionais em perfeita harmonia. Na 9ª geração, consolidou seu estilo com projetos como Chicory: A Colorful Tale e Minecraft: Caves & Cliffs.
Raine se destaca por criar músicas que refletem o estado emocional do jogador. Seu trabalho prova que produções independentes podem ter o mesmo peso artístico das grandes franquias. Ela representa uma nova geração de compositores que unem sensibilidade, técnica e identidade sonora única.
Menção Honrosa – Shota Nakama
O compositor preferido da “5ª série” dos brasileiros por seu nome que soa de uma forma bastante divertida por aqui e também um “arroz de festa” em eventos como a Brasil Game Show.
Shota Nakama é um produtor e compositor japonês conhecido por fundar a Video Game Orchestra, grupo que mistura rock e música sinfônica em apresentações ao vivo de trilhas de jogos. Trabalhou em títulos como Final Fantasy XV, trazendo arranjos poderosos e cheios de emoção. Nakama se destaca por unir o espírito dos games com a energia dos palcos, aproximando fãs e músicos.
Sua abordagem combina respeito às composições originais com ousadia criativa. Mesmo fora dos holofotes de grandes estúdios, seu impacto é sentido em várias trilhas modernas. Ele representa a ponte entre o clássico e o contemporâneo na música dos videogames.
Curiosidade – SciRocco
“Scirocco” é o pseudônimo que muitos fãs acreditam ter sido usado por Michael Jackson (ou alguém de sua equipe) nos créditos de Sonic the Hedgehog 3. O nome aparece nos créditos de som do jogo junto a outros compositores como Brad Buxer, Geoff Grace, Doug Grigsby III, Darryl Ross e Bobby Brooks — todos músicos que trabalhavam com Michael Jackson em estúdio na mesma época.

Então, embora não exista confirmação oficial da SEGA ou da família Jackson, o consenso entre fãs e ex-funcionários é que “Scirocco” seria um pseudônimo usado por alguém do círculo de Michael, possivelmente o próprio, para não vincular diretamente seu nome ao projeto após o escândalo judicial de 1993 e sua insatisfação com o som limitado do Mega Drive.










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