Obras de ficção nos levam até mundos incríveis e aventuras épicas. No universo dos videogames, essas jornadas se tornam bem marcantes por conta da interatividade do receptor com o produto. Nele, podemos encarnar um herói ou heroína com um propósito, e seguir rumo ao seu destino enquanto imergimos no mundo em que eles estão inclusos.
Só que um protagonista não é nada sem um conflito e, em maioria, um antagonista. Vilões são parte essencial do storytelling de diversos produtos da mídia. Frequentemente, eles apresentam os contrapontos ao objetivo do herói, e até levam o receptor a considerar se as ações dele não estão erradas perante as circunstâncias.
Ad
A franquia Final Fantasy é conhecida pela sua mistura de inovações visuais e de gameplay, histórias envolventes, personagens icônicos e uma tradição de simbolismos que já duram mais de 35 anos. E um dos pontos mais marcantes para a comunidade é a diversidade de antagonistas, o que levanta a questão: quem é o melhor vilão de Final Fantasy?
Neste artigo, apresentamos uma lista dos dez vilões mais marcantes da série!
Aviso: Este artigo pode conter spoilers de diversos títulos de Final Fantasy.
Critérios do Ranking
Os seguintes critérios foram utilizados para definir o posicionamento desse ranking e os personagens inclusos nela:
Escrita - Um vilão pouco impactante, mas bem-escrito é melhor do que um poço de maldade de uma linha só. Quanto mais bem-escrito for o personagem, melhor colocado ele ficará no ranking.
Temática - Toda obra de ficção possui temas que ele busca abordar de alguma maneira, com um ou mais deles sendo centrais para a narrativa. Bons vilões também são aqueles que se conectam com os temas que a trama busca abordar, seja como parte dele, ou como a antítese dos heróis.
Participação - O vilão participa ativamente do enredo? Ele tem um desenvolvimento pessoal na história? O quão presente ele é em relação aos conflitos que os heróis enfrentam?
Popularidade - Os melhores vilões são também aqueles que deixam sua marca no imaginário popular. Quanto mais memorável ele é para o público, melhor!
Diversidade - Final Fantasy é uma franquia com 16 jogos principais e mais de 100 títulos diferentes entre spin-offs e continuações, e muitos deles tem seu próprio núcleo de personagens marcantes. Logo, priorizar diversidade de títulos é um dos pontos-chave dessa lista.
Menções Honrosas
Os personagens abaixo são alguns dos mais conhecidos da franquia, comumente reconhecidos como marcantes. Enquanto nenhum deles, por razões específicas, não chegaram ao ranking.
Delita Heiral - Final Fantasy Tactics
“É o seu nascimento e a sua fé que fazem mal a você... não eu.”
- Delita Heiral
Delita Heiral é um dos personagens mais icônicos quando pensamos em manipuladores. Um camponês com conhecimento de como as castas sociais operam em Ivalice pela sua proximidade com a família Beoulve, Delita, após testemunhar a morte de sua irmã, se junta à Igreja de Glabados para executar um plano onde ele trairia suas alianças para tomar o poder da nobreza e se tornar o rei.
Enquanto sua história é envolta de tirania e enganação, incluso a decisão de apagar o nome do protagonista, Ramza Beoulve, da história de Ivalice, os ideais de Delita não se contrapõem aos de Ramza. Não há antagonismo entre eles e, até certo ponto, as atitudes de um colaboram com os objetivos do outro - logo, ele não se encaixa nos moldes que o definiriam como um vilão.
Exdeath - Final Fantasy V
Ad
“Eu não posso ser derrotado por ira ou ódio!”
- Exdeath
Final Fantasy V foi o primeiro título da franquia a abordar ambientalismo de modo metafórico, onde o uso exacerbado dos cristais para obtenção de luxo e benefícios os torna tão frágeis ao ponto deles quebrarem e libertarem um espírito maligno que, em sua busca por poder, levará o mundo à ruína.
Exdeath se encaixa perfeitamente no contexto por trás da narrativa do jogo, sendo a consequência natural do descuido da humanidade com a natureza e exploração excessiva dos seus recursos. Seu desenvolvimento na trama, no entanto, é nulo e o faz soar como genérico, mau pelo mero motivo de poder ser mau e ausente de elementos que o destaque como vilão quando comparado aos seus sucessores.
Shinra Electric Power Company - Final Fantasy VII
Afirmar que a Shinra Electric Power Company (mais conhecida como Shinra) é a fonte da maioria dos problemas e conflitos em Final Fantasy VII não é um exagero. Um dos principais temas do título é o monopólio de megacorporações sobre um recurso essencial para a qualidade de vida das pessoas, e como ter o controle sobre esse faz com que sua autoridade atravesse a de governos e lhe garantem poder para ditar a política global.
Além da miséria e desigualdade social causada ao redor do mundo, como exemplificado nos setores inferiores de Midgar e em Corel, a Shinra também foi responsável por várias outras catástrofes e conflitos, da guerra de Wutai, até a criação dos SOLDIERs e, consequentemente, o nascimento de Sephiroth. Sua influência e a falta de amarras para controlar a ganância da empresa torna do mundo a vítima de suas atrocidades, e uma ameaça da qual Final Fantasy VII não busca abordar como um mal capaz de ser combatido por um grupo pequeno.
Seymour Guado - Final Fantasy X
“A vida é apenas um sonho passageiro, mas a morte que se segue é eterna.”
- Seymour Guado
Como a força antagônica mais ativa nos eventos de Final Fantasy X, Seymour Guado se destaca entre os fãs pela sua personalidade vil e ambiciosa que representa, em parte, os pilares das estruturas sociais e religiosas que mantém o povo de Spira preso às doutrinas de Yevon - e à Sin.
Seymour também se apresenta como principal obstáculo na jornada de Yuna e Tidus e para a relação interpessoal de ambos, com diversos embates ao longo do caminho que o tornam um dos vilões mais detestados da série. Só que Sin se encaixa melhor nos temas que o jogo busca abordar, logo, Seymour está fora da lista.
Anabella Rosfield - Final Fantasy XVI
Ad
Anabella Rosfield é a mãe de Clive e Joshua em Final Fantasy XVI, e não seria exagero afirmar que ela se tornou uma das personagens mais odiadas do título desde o primeiro capítulo do jogo. Uma narcisista que só enxerga a importância da posição social, Anabella nunca demonstrou apreço por Clive desde que ele não herdou os poderes da Fênix, e dispensa qualquer esforço de esconder seu desprezo pelo filho.
Após trair seu reino em uma operação que resultou na queda de Rosaria, Anabella se casa com o imperador de Sanbreque, com quem ela planeja ter outro filho para manter a sua linhagem 'pura' - e como vemos durante a jornada de Clive, suas atrocidades não se limitam apenas à sua família.
Os 10 Melhores Vilões de Final Fantasy
10 - Kuja (Final Fantasy IX)
“Mas você ainda não pode descansar suas asas... Voe para casa, para sua mãe, meu pequeno canário. Eu também vou recebê-la de braços abertos.”
- Kuja
Kuja é um misterioso mago de outro continente que usa da neblina para criar poderosas armas destrutivas - os Black Mages. Sua presença em Alexandria dá início a série de eventos orquestrados que levam, por exemplo, à queda do reino de Burmecia e ao genocídio em Cleyra.
Em um jogo que busca responder questões sobre a vida, Kuja é uma antítese exemplar: ele não apresenta apreço pelos outros, enxerga as consequências de suas ações como mera causalidade de um plano maior, e é motivado, em essência, pela negação do propósito que lhe foi imposto.
Suas ações o colocam no sentido oposto ao de Zidane e Vivi, que através dos vínculos e dos aprendizados das suas aventuras, encontram suas próprias interpretações do que significa estarem vivos. A sua vaidade, narcisismo e falta de empatia fazem Kuja abraçar o caminho da destruição em um relacionamento conturbado entre sua própria busca por propósito com as condições do seu nascimento.
9 - Caius Ballad (Final Fantasy XIII-2)
“Vou me lembrar da sua dor. Ficará gravado em meu coração. Juntamente com as memórias de todas as outras Yeul, amaldiçoadas a morrer desta forma.”
- Caius Ballad
Caius Ballad é o imortal guardião da vidente Yeul, cujo poderes encurtavam seu tempo de vida sempre que o futuro era alterado. Após vê-la morrer repetidas vezes durante várias encarnações, ele decide matar a deusa da morte, Etro, para dar um fim ao infindável ciclo de sofrimento da sua amada.
Além de ser um dos vilões mais poderosos da franquia, Caius é conhecido por ser um dos primeiros antagonistas a ganhar a empatia da comunidade: sua disposição a sacrificar tudo por uma única pessoa, mesmo que isso condene o mundo e custe inúmeras linhas do tempo, é alvo de debates mesmo 12 anos após o lançamento de Final Fantasy XIII-2.
Ad
8 - Vayne Carudas Solidor (Final Fantasy XII)
“É com ódio que vocês olham para o seu Cônsul? Com ódio que vocês olham para o Império?”
- Vayne Solidor
O discurso de Vayne Solidor para o povo de Rabanastre é um dos momentos mais marcantes de FFXII, onde nos deparamos com as principais características do personagem: um estadista pragmático e refinado, que não perde a postura e sabe, através da manipulação, contornar situações adversas e expôr inimigos em potencial.
Vayne também é um idealista ambicioso, sua sede de poder não conhece limites e não poupa esforços para lidar com obstáculos com qualquer meio necessário. Além de ter orquestrado o fim de Nabradia, ele também é o responsável pela invasão de Archadia em Dalmasca e acredita que uma liderança cruel é necessária para manter a linhagem da casa Solidor no poder, e para mudar o rumo da história da humanidade.
Seu destaque na franquia se deve muito à beleza da escrita de Final Fantasy XII. Há diversos diálogos que parecem removidas de um clássico literário dos melhores autores e enriquecem o entorno do mundo e dos personagens. Vayne cresce e ganha mais apreço e espaço conforme as intrigas políticas de Ivalice ganham novas camadas de complexidade.
7 - Edea Kramer (Final Fantasy VIII)
“Vocês não têm vergonha? O que aconteceu com a feiticeira malvada e implacável das suas fantasias? A tirana de sangue-frio que massacrou incontáveis homens e destruiu muitas nações? Ela está diante de seus olhos para se tornar sua nova governante.”
- Edea Kramer
Edea Kramer é uma feiticeira poderosa que se torna a governante de Galbadia durante a primeira metade de Final Fantasy VIII. Na sua primeira aparição, ela debocha de um público que, através da sua habilidade de controlar mentes, continua em êxtase mesmo após ela matar uma pessoa diante de seus olhos. Seu desfile em clima festivo logo se torna um show de horrores conforme os SeeDs iniciam seu plano para assassiná-la.
Um dos temas de FFVIII são as conexões afetivas e as memórias criadas através delas, sejam familiares ou amorosas. Os heróis da trama possuem alguma relação de longo prazo estabelecida com um ou mais dos outros, e isso se estende para Edea, a pessoa mais próxima de uma figura materna para eles.
Os plot twists em torno dessa relação e a maneira como essa pessoalidade é abordada torna do confronto com Edea um dos momentos mais marcantes do jogo. Enquanto ela não é a vilã central, seu papel é muito importante para o desenvolvimento da trama.
6 - Ultima (Final Fantasy XVI)
“O meu é o altar onde você ora. Meus são os olhos que olham para todos vocês.”
- Ultima
O mero ato de olhar para o Ultima já causa desconforto: suas pálpebras escurecidas e as veias enrijecidas em sua pele pálida, junto ao revestimento cristalino em torno do seu corpo, o tornam uma figura sobrenatural no mundo de Final Fantasy XVI.
Ad
FFXVI tem foco central a luta pela liberdade, o jogo usa da escravidão física ou metafórica como parte essencial do conflito dos Dominantes. Em uma sociedade sustentada no sangue e no suor dos Portadores, os ideais de Cid e Clive os colocam no papel de representantes dessa liberdade que cortará o mal de Valisthea pela raíz.
Ultima, por outro lado, é a representação material da escravidão. Seus meios incluem a exploração de fraqueza e o controle emocional ou físico sobre os outros para chegar ao seu objetivo, sua perspectiva pressupõe a superioridade de alguns poucos em detrimento de muitos, e o seu papel na história reforçam os fundamentos contra os quais Clive se contrapõe quando decide lutar pelo fim do legado dos cristais.
5 - Ardyn Izunia (Final Fantasy XV)
“Você acha que dez anos é muito tempo?! Não é nada para mim! Eu vivi na escuridão por eras!”
- Ardyn Izunia
Ardyn Izunia se apresenta como um misterioso chanceler disposto a ajudar Noctis por motivos escusos. Conforme a trama se desenrola, descobrimos que ele possui uma mente distorcida e sádica, corrompida pelo seu passado. O vilão não mede esforços para alcançar seu objetivo: a destruição de Insomnia e a morte do Rei Regis são apenas dois dos primeiros passos que Ardyn dá no caminho para envolver o mundo em trevas e reivindicar sua vingança.
Com seu jeito carismático e um passado trágico envolto de traição, Ardyn ganhou o apreço dos fãs e se tornou um dos personagens mais amados da franquia, ao ponto de ganhar uma DLC própria que se aprofunda na sua história, além de exercer um papel central em Dawn of the New Future, livro dos episódios cancelados que trariam um desfecho alternativo para Final Fantasy XV.
4 - Sin (Final Fantasy X)
“Sin é o nosso castigo pela nossa vaidade. E não desaparecerá até que tenhamos expiado.”
- Yuna
Enquanto a maioria dos vilões de obras fictícias são pessoas ou seres com um objetivo próprio, Final Fantasy X experimentou uma nova abordagem com uma criatura colossal e misteriosa - Sin.
Inspirado em desastres naturais, Sin é como uma força incontrolável: ele aparece sem avisos e a única certeza no seu surgimento é que lares serão destruídos e pessoas serão mortas. Sua presença é tão naturalizada em Spira e na cultura do seu povo ao ponto do sistema político e religioso do mundo ser baseado na existência dessa criatura. A vida em Spira, por gerações, gira em torno de uma força desconhecida cujo único meio de deter está atrelada aos dogmas espirituais do seu povo.
O retrato do que Sin representa e a construção do mundo em torno dele em uma história que aborda e traz questionamentos sobre o poder da religião na sociedade e a naturalização do sofrimento que ele causa como uma consequência da expiação, somados com a pessoalidade que se revela entre ele e Tidus conforme seus segredos são desvendados, são o que fazem de Sin um dos vilões mais importantes da franquia.
Ad
3 - Kefka Pallazo (Final Fantasy VI)
“Vocês me dão nojo! Vocês parecem versos de um livro de autoajuda! Se for assim... vou acabar com todos eles! Cada uma de suas pequenas razões doentias e felizes para viver!”
- Kekfa Pallazo
Se precisássemos nomear o vilão mais malvado de Final Fantasy, Kefka Pallazo estaria no topo da lista. Sua lista de atrocidades é quase infindável, e o coloca em um patamar próprio entre um dos melhores vilões da indústria dos videogames.
Com sua sanidade corroída após ser infundido com magia, Kefka se tornou um niilista que só encontra prazer na destruição e na morte, e seu único fim está no próprio ato de destruir. Kefka é também um sádico, desprovido de moralidade, e não se importa de manipular, torturar, e até assassinar apenas para seu entretenimento.
O momento onde ordena que seus soldados limpem a areia suas botas no meio de um deserto só demonstra o quão perturbada a sua mente é. Do envenenamento de um rio em Doma até a literal destruição do mundo, Kefka causou danos irreparáveis, deixou um gigantesco rastro de morte e não estaria satisfeito enquanto o mundo não fosse desprovido de esperança e sucumbisse ao desespero.
Final Fantasy VI se destaca por diversos fatores, como a riqueza do seu storytelling, seu enredo diversificado de personagens e, também, pela maldade genuína de Kefka Pallazo, que o tornou um dos vilões mais populares da série.
2 - Sephiroth (Final Fantasy VII)
“Bom, Cloud. Muito bom. Segure-se nesse ódio.”
- Sephiroth
A discussão de quem é o melhor vilão entre Sephiroth e Kefka é uma das mais antigas da Internet. A fatídica cena no final do primeiro disco de Final Fantasy VII marcou a indústria de games e colocou Sephiroth no centro da cultura mainstream. Ele possui um impacto muito mais duradouro no imaginário popular: se falarmos de Final Fantasy com alguém, é provável que a primeira referência que ela tenha da franquia seja o de Sephiroth, e muito se deve à expansão do universo de Final Fantasy VII no decorrer das décadas, incluso o recente Remake episódico.
Muito da fama que o personagem ganhou vêm da sua apresentação: seu design é muito mais próximo do que se espera de um herói e suas aparições, inspiradas no filme "Tubarão", evitam sua exposição sem propósito, tornando de cada encontro com ele significativo para mover a história.
Como um antagonista pessoal, Sephiroth se destaca pela maneira como suas ações afetaram permanentemente alguns dos personagens centrais da trama. Sua mera presença é um gatilho de perigo, ponto muito refletido no Remake, onde as reações de Cloud sempre que ele aparece se assemelham aos de um transtorno pós-traumático.
Com um notório rastro de destruição do incidente de Nibelheim até a invocação do Meteoro, Sephiroth deixou sua marca na história dos videogames, e o desfecho das suas ambições e esquemas ainda é incerto.
Ad
1 - Emet-Selch (Final Fantasy XIV: Shadowbringers)
“Eu vivi mil milhares de suas vidas! Parti o pão com vocês, lutei com vocês, adoeci, envelheci! Tive filhos e sim, aceitei o doce abraço da morte. Por eras eu medi seu valor e os achei insuficientes! Fracos e estúpidos demais para servirem como administradores de qualquer estrela!”
- Emet-Selch
Muitos fãs afirmam que Emet-Selch é o vilão mais bem-escrito de Final Fantasy, se não das obras de ficção. Parte do seu mérito se deve à construção de nove anos entre o lançamento de Final Fantasy XIV até a expansão que o destaca como antagonista: Shadowbringers. Mais de 100 horas de storytelling e ambientação montam o cenário perfeito para seu surgimento no mesmo momento em que a trama toma um novo rumo para além dos horizontes de Eorzea.
Emet-Selch é um dos Ascianos remanescentes que utiliza seu conhecimento e imortalidade para trazer caos e desequilíbrio aos mundos. Seu objetivo é o de provocar as Calamidades Umbrais, um processo que trará de volta o seu mundo e as pessoas que ele amava. O processo também causaria o fim de toda vida existente nas esferas, fato do qual, segundo suas próprias palavras, ele não considera essas mortes como assassinatos, pois os enxerga como versões incompletas da sua própria raça.
Por mais cruel que seu plano e os meios de chegar até ele sejam, Emet-Selch sucumbiu pouco à loucura quando comparado aos outros Ascianos, e traz uma perspectiva mais humanizada deles. Solitário ao ponto que beira a melancolia por conta dos séculos que passou sem seu lar e seus semelhantes, ele consegue demonstrar empatia e conversar abertamente sobre suas intenções ao ponto expressar seus sentimentos com clareza. Do cansaço ao desprezo, da nostalgia à decepção, da raiva ao orgulho, Emet-Selch não enxerga a necessidade de enganar ou mentir.
Sua proposta de procurar um terreno comum e apresentar meticulosamente o propósito por trás das suas ações tornam de Emet-Selch muito mais interativo com a trama e estabelece um dilema onde, apesar de nos simpatizarmos com sua causa e ele até contemplar a possibilidade de estar errado, há a compreensão de que ambos os objetivos não podem coexistir: para o mundo onde as pessoas que ele ama existem renascer, ele precisa do fim do nosso, e o nosso mundo, com os vínculos que estabelecemos, precisa do fim do dele para continuar existindo.
Não há meio-termo, não há outro caminho se não ele ser o vilão da nossa história, e nós sermos os vilões da história dele. Poucos personagens na ficção conseguem transmitir esse dilema com tanta clareza e ainda despertar empatia dos receptores. Somado ao fato de que sua batalha é uma das mais épicas de Final Fantasy XIV, podemos nomeá-lo como o melhor vilão da franquia!
Conclusão
Isso é tudo por hoje! Agora, queremos saber a sua opinião: qual é o seu vilão favorito de Final Fantasy? Qual foi o que mais te marcou?
Não esqueça de deixar sua opinião nos comentários, e obrigado pela leitura!
Ad
— 코멘트0
첫 댓글을 남겨보세요