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World of Horror: O Surpreendente Jogo de Terror Feito Por um Dentista no MS Paint

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Um dentista passou anos fazendo um jogo no MS Paint e o resultado foi um dos jogos de terror mais intrigantes de todos os tempos.

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によってレビュー Romeu

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O Fim do Mundo

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World of Horror foi desenvolvido por Paweł Koźmiński e publicado pela Ysbryd Games, é um jogo que desafia qualquer estilo de jogos modernos. Combinando estética retro de 1-bit, inspirações diretas ao mangá de Junji Ito, do cosmic horror de H.P. Lovecraft e mecânicas de roguelite, o título se mostra uma experiência única, que pode ser aterrorizante, como uma bela história de terror deve ser. Após sua versão final chegar no final de 2023, o jogo caiu no gosto dos jogadores, se tornando um clássico instantâneo.

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Neste artigo, exploraremos como World of Horror equilibra uma narrativa fragmentada, escolhas difíceis e uma atmosfera que persegue o jogador mesmo após desligar o jogo. Prepare-se para adentrar em Shiokawa, uma cidade costeira japonesa onde a sanidade é um recurso escasso e os Deuses Antigos aguardam seu despertar.

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Tudo Feito no MS Paint

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Quase todo ser humano que possui um PC já tentou pelo menos uma vez na vida se divertir fazendo algum desenho no MS Paint. A maioria das pessoas só consegue fazer rabiscos, mas o dentista polonês Pawel Kozminski foi muito além do que alguém poderia imaginar.

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Kozminski fez um jogo completo, algo que parecia impossível com essa ferramente simples de desenho. Durante sete anos consecutivos em seu tempo livre o dentista praticava os desenhos e aos poucos, quadro a quadro, ele criou World Of Horror.

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Uma Estética que Assombra

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A primeira impressão de World of Horror é o visual. Com arte monocromática de 1-bit, o jogo traz uma sensação proposital de algo cru, muito semelhante aos primeiros computadores dos anos 1980, como o Macintosh II.

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Os personagens e criaturas são desenhados com traços minimalistas, detalhes como olhos vazios, bocas distendidas e corpos deformados nos transmitem uma inquietude. Essa estética não é acidental, ela se inspira nos mangás de terror dos anos 1980 e 1990. Um exemplo notável é a Kuchisake-onna uma figura do folclore japonês, um tributo ao horror body Ito-esque.

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Através de sua paixão pelos mangás japoneses, Pawel Kozminski transformou World of Horror em uma carta de amor a esse tipo de arte. O próprio confirma que cresceu lendo muitos deles na adolescência.

"O trabalho incrível de Junji Ito (autor de mangás de terror) me deixou muitas noites sem dormir e esta é a minha homenagem”.

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A trilha sonora é composta por Sebastian Zybowski e Joseph Bailey, que utilizam chiptunes com tons sombrios que ampliam a tensão. Sons de passos em corredores vazios, sussurros ininteligíveis e acordes dissonantes criam um ambiente claustrofóbico, não há jump scares aqui, mas uma ansiedade persistente a cada tela que passa. A escolha de paletas de cores opcionais (como verde, âmbar ou vermelho) permite personalizar a experiência, mas a versão em preto e branco permanece a mais impactante do jogo, como um mangá em movimento.

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Sobrevivência, Roguelite e Decisões sem Perdão

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Há um total de vinte investigações a serem completas, porem o jogo é estruturado em runs autônomas, cada uma com cinco mistérios que precisam ser resolvidos para obter chaves e acessar um farol, a última barreira contra um Deus Antigo. O medidor de DOOM avança com cada ação, pressionando o jogador a equilibrar exploração, combate e gestão de recursos.

Estima-se que cada jogo demore cerca de duas horas e encontrar todos os cenários e desbloquear todos os conteúdos extras podem levar até 38 horas.

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Investigações e Narrativa Não Linear

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Cada mistério é uma história independente, com múltiplos finais determinados por escolhas e testes de atributos (Força, Conhecimento, Destreza e Sorte). Por exemplo, em The Mermaid’s Curse, o jogador pode confrontar um zelador obcecado por sereias, optando por lutar, fugir ou até incendiar a escola. Decisões que afetam o progresso.

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A escrita foi auxiliada por Cassandra Khaw (Sunless Skies), apesar de sucinta, é eficaz, usando lacunas narrativas para estimular a imaginação, como um pacote ensanguentado no metrô ou um homem que troca memórias por dinheiro, são ganchos que deixam o jogador intrigado.

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O foco não é o Combate

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O combate é em turnos e as ações são selecionadas em uma barra de tempo (ataques, esquivas, rituais), mas a repetição de estratégias, como priorizar golpes garantidos ou fugir, torna os encontros previsíveis. Inimigos como a Doll Nurse (uma enfermeira sem rosto) são visualmente marcantes, mas suas IA's reduzem o desafio tático. Magias, apesar de tematicamente apropriadas, muitas vezes não valem o custo. Fica claro para o jogador que o foco do jogo está nas histórias e na narrativa, ficando o combate em segundo plano para ter um pouco da tensão de ação na história.

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Rejogar nos Compensa

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O sistema de roguelite é ótimo. Cada run desbloqueia novos feitiços, itens e personagens (como Aiko, uma estudante com habilidades paranormais), algo que nos faz experimentar diferentes formas de jogo.

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Deuses Antigos diferentes (ex: Aquele Que Rasteja ou A Serpente do Caos) trazem modificadores únicos, como contaminar o abastecimento de água ou limitar a cura. A opção de criar histórias personalizadas e mods adiciona mais profundidade ao jogo.

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O Verdadeiro Horror Está Aqui

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World of Horror não depende de sustos, mas de uma atmosfera de suspense e desespero crescente. A falta de uma narrativa linear, substituída por fragmentos de histórias, reflete a incoerência de um pesadelo. Em uma jogada, você pode investigar um restaurante de ramen com carne suspeita; em outra, enfrentar um fantasma escolar obcecado por números primos.

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A sanidade (Reason) do personagem diminui com eventos traumáticos, como testemunhar rituais obscuros. Quando a barra chega a zero, o jogador é consumido pela loucura, um game over na melhor forma poética lovecraftiana. O medidor de DOOM, por sua vez, atua como um relógio simbólico: cada 1% acumulado é um passo em direção ao apocalipse, criando dilemas como "Curar um ferimento ou acelerar o fim do mundo?".

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Recepção e Legado

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World of Horror foi aclamado pela crítica, com 91% de avaliações positivas no Steam e elogios por sua originalidade. Venceu o prêmio de Melhor Design Visual no IndieCade 2023 e foi indicado em categorias de áudio. Para fãs de terror, é uma experiência obrigatória, mas não recomendada para quem busca ação frenética ou narrativas lineares.

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Sobre projectos futuros, Paweł Koźmiński disse: “Estou atualmente desenhando um jogo de terror que vai explorar mais uma localização exótica para o jogador ocidental.” Se vai voltar a ser tudo desenhado no MS Paint? Logo se saberemos.

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Conclusão: Um Jogo Que Persegue Sua Mente

World of Horror não é para todos. Sua dificuldade impiedosa, estética crua e ritmo lento podem afastar jogadores casuais. Porém, para aqueles dispostos a enfrentar o desconhecido, é uma obra-prima que reinventa o horror cósmico. Como diz a crítica da Rock Paper Shotgun: "É um jogo que sabe exatamente o que quer ser" — e, nisso, triunfa.

Recomendado para: Fãs de mangás de terror e Junji Ito, entusiastas de roguelites narrativos e jogadores que apreciam horror psicológico e principalmente para jogadores que querem experimentar como eram os jogos de PC's de 1980.

World Of Horror está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch, PC, macOS, Android, Mac OS.

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