Os fãs de anime receberam, neste mês, um novo jogo para interagirem com os amigos. Death Note Killer Within traz uma imersão no universo da animação, alguns jogadores possuem o caderno letal em mãos, e outros devem se proteger dessa ameaça ao mesmo tempo que precisam solucionar o mistério.
Este título está em uma faixa de preço extremamente acessível, inclusive faz parte do catálogo da PlayStation Plus. Portanto, vale a pena conferir a nossa análise sobre o jogo!
Ficha Técnica de Death Note Killer Within
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Plataformas: PC, PlayStation 4 e PlayStation 5
Desenvolvedora: Grounding Inc.
Publisher: Bandai Namco Entertainment Inc.
Gêneros: Casual, Estratégia
Data de Lançamento: 05 de Novembro de 2024
Visão Geral do Death Note Killer Within
Muitas pessoas tratam o jogo como se fosse um “Among Us de Death Note”, e realmente vai neste sentido, mas jamais deve ser considerado uma cópia. Death Note Killer Within traz suas peculiaridades e características próprias.
Na partida, teremos a equipe azul, formada pelo L e mais sete investigadores, contra o Kira e seu seguidor, totalizando 10 jogadores (8 contra 2). Todos andam pela cidade interagindo entre si, inclusive, há apenas um mapa para jogar.
A tarefa dos investigadores, e do L, é encontrar o culpado, prendê-lo e queimar o caderno. Já os criminosos precisam roubar os IDs dos outros jogadores, encostando por uns segundos neles, a fim de terem seus nomes e escreverem no Death Note. Caso o L morra, a partida se encerrará na hora, dando a vitória aos assassinos.
Também é possível vencer ao realizar missões, elas aumentam o nível do seu time, irá triunfar a equipe que completar o progresso primeiro.
Ao fim de cada dia, há uma reunião para todos conversarem sobre os acontecimentos da partida. Podemos votar em quem suspeitamos com o objetivo de revistá-lo à procura do caderno, mesmo que o acusado não tenha nada em mãos, ele ficará acorrentado na próxima rodada, seguindo um jogador que o L selecionar.
Antes de citar sobre o gameplay, vale mencionar um receio que muitos tinham antes de comprar o título, a falta de amigos para jogarem juntos. Among Us, por exemplo, não possui um sistema de microfone e as partidas em salas públicas são extremamente frustrantes, com uma desorganização tremenda.
Mas em Death Note Killer Within, não é necessário ter um grupo de 10 amigos, um lobby aberto geralmente possui pessoas com microfone para a comunicação na partida.
Gameplay como investigador
Com certeza será a função mais jogada por você, dado que são sete investigadores por partida.
Você receberá algumas missões para cumprir. As verdes consistem em conversar com NPCs, que agem como testemunhas, eles citam acontecimentos estranhos na cidade.
As amarelas são interações com outros players, seja investigando um deles, ou pegando um item no mapa para entregar a alguém.
Você terá um caderno à disposição, e não é o Death Note! Ele terá todos os membros da partida, é possível marcar os suspeitos com uma exclamação, e servirá como pista valiosa caso você seja morto e alguém o encontre.
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Em certos momentos, tanto o L quanto o Kira enviarão missões a serem feitas, as azuis fornecerão benefícios à sua equipe, como câmeras de segurança para o L consultar, além de aumentarem o progresso da sua equipe. As vermelhas devem ser resolvidas a fim de evitar o avanço do time do Kira, mas cuidado, elas são uma ótima oportunidade para criar um aglomerado de pessoas, facilitando o roubo de IDs em massa e sem suspeitas por parte dos criminosos.
Basicamente, você irá se arriscar realizando essas missões, mas sempre atento em quem encostou, pois quando começar a reunião de fim de dia, você poderá mencionar os possíveis responsáveis por isso. Por exemplo, se eu encostei apenas no jogador C e perdi meu ID, claramente ele é o Kira ou seu seguidor, mas se durante o dia eu encostei no A, B, C e D, eu não sei qual deles realmente me roubou.
Gameplay como L
Se os investigadores podem se dar ao luxo de realizar missões, o L não. Você terá que assumir a mesma personalidade do personagem no anime, se isolar e fornecer o mínimo de brechas para não perder sua identidade. Lembre-se, se o L morrer, é fim de jogo, então não seja descoberto.
Nesta função, teremos algumas mecânicas em específico, como, por exemplo, uma missão capaz de confirmar que uma pessoa é realmente um investigador. Este é o único em que você pode confiar.
Evite ir às missões do Kira, mesmo caso seu grupo não consiga concluir. É melhor conceder alguns pontos para eles do que colocar em risco seu cartão.
Um fato interessante é que, durante as reuniões, o L poderá fornecer algumas mensagens, sem revelar quem é. Citando que suspeita de um jogador em específico, ou pedindo para outro se manifestar.
Muitas vezes, essas mensagens definem as decisões dos diálogos. Mesmo sem assumir a identidade, sabemos que a opinião do L é uma das únicas confiáveis.
Gameplay como Kira
Para a maioria, é a melhor função do jogo, o Kira deve criar situações com o intuito de atrapalhar o andamento das tarefas azuis, além de concentrar os membros em pequenos pontos a fim de facilitar o roubo de IDs.
Seja discreto para não gerar suspeitas, mas ainda assim é importante aparecer um pouco a fim de gerar confiança na equipe.
Com os cartões em mãos, poderá abrir o Death Note e começar a chacina, matando até dois jogadores por rodada. Um ponto curioso é que conseguimos selecionar uma causa de morte específica, interferindo na animação.
Seguidor do Kira
Como já informado, você possui um ajudante, ele é responsável por obter mais identidades, mesmo sem possuir o Death Note, você ainda poderá sair do jogo nas votações, caso a revista em você mostre um cartão roubado.
Quando o Kira inicial estiver ameaçado, sentindo que será votado na próxima reunião, uma estratégia é entregar o Death Note ao seguidor dele, trocando de papéis.
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Vocês dois têm um rádio, é uma maneira de se comunicar com seu parceiro. Mesmo estando na rua ou próximo de outros cidadãos, ninguém ouvirá, mas cuidado, as testemunhas podem avisar os investigadores!
Jogo Mental: Não é tão simples quanto parece
Parece um simples jogo de blefe e investigação, mas as minhas primeiras horas foram de puro aprendizado, diferente de outros jogos em que “pegamos o jeito” em duas ou três partidas.
O fato de existir dois inimigos, mas apenas um caderno que pode alternar entre eles, torna a situação um pouco mais complexa, além de todo o sistema de roubos de identidade.
O Kira e seu seguidor podem pegar o cartão de alguém na primeira rodada, mas matá-lo no fim do jogo, ou nem isso. Portanto, a pessoa eliminada não trombou necessariamente com os criminosos naquela rodada.
Diferente de Among Us, aqui você nunca está seguro, um impostor lá não pode matar alguém em público, todos saberão quem foi, mas em Death Note, o Kira pode roubar quantas pessoas quiser em público, e use o caderno depois, em um lugar vazio, desde que você não deduza, não saberá quem foi.
Em alguns lobbys, dependendo da configuração, é possível alternar entre a opção de pegar IDs ou não. Bons jogadores podem optar por não roubar ninguém nas primeiras rodadas para ser inocentado nas discussões, gerando confiança e dificultando ainda mais o debate.
Tutoriais
A gameplay variada e as mecânicas permitidas durante a partida podem afastar novos jogadores, mas felizmente a desenvolvedora cuidou de fornecer tutoriais para cada função.
No geral, eles são ótimos, eu realmente indico para você entender o básico do jogo. Mas é claro que toda a dinâmica de um jogo online, e uma conversa com outros jogadores, não conseguiu ser replicada aqui.
Inclusive no modo treino, os bots ficam parados e, obviamente, não falam, a maioria do seu aprendizado terá que ser em partidas online.
Gráficos e Efeitos Sonoros
Não é o foco do jogo, ele exige um espaço de apenas 1GB para ser instalado, pelo menos na Steam, e sua proposta é funcionar para grande parte dos computadores.
Mas ainda assim, o quesito audiovisual me satisfaz. Quando vemos L ou Light Yagami nas telas, eles estão idênticos à animação, e a música junto dos efeitos sonoros são de qualidade e combinam com o tema, contribuindo a uma maior imersão.
Customizações
Em customizações, o título oferece cosméticos que alteram o seu personagem ou plano de fundo nas reuniões. Não são muitos os gratuitos, mas já é o bastante para modificarmos conforme nosso gosto.
Você os libera conforme ganha XP e avança na “Customization Track”, que também tem uma trilha paga para àqueles que procuram mais estilo.
Mas não se preocupe, a inserção monetária, até então, é apenas utilizadas em compras de skins, conforme é possível observar na loja.
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Bugs e Problemas
Durante minhas horas de jogo, presenciei alguns problemas. Mesmo que pouco, foram o suficiente para afetar a experiência.
Um deles era uma conexão instável com o servidor, eu em particular não sofri disso, mas muitos usuários me relataram quedas frequentes no jogo. Isto está relacionado com outro problema, basicamente, quando uma pessoa perde a conexão ou abandona o jogo, a partida é encerrada no mesmo instante. Cheguei a participar de 5 ou 6 partidas que não foram concluídas.
Já um bug que me aconteceu duas vezes, em um pouco mais de dez horas de jogo, foi quando eu entrava em um lobby ou partida, mas minha chamada não funcionava, não conseguia falar ou ouvir meus amigos. Quando ocorria, não bastava sair e entrar da sala, era necessário reiniciar o jogo.
Prós, Contras e Nota Final
Prós
Contras
Nota Final: 8,0
Vale a pena jogar Death Note Killer Within?
Definitivamente sim! Principalmente se for com amigos.
É claro que não se trata de algo perfeito, tem seus pontos fracos. Mas ainda assim, minha experiência foi marcada pelo suspense e estratégias de “lábia” necessárias para conquistar a confiança durante as missões e reuniões.
Com apenas um mapa, tenho o receio de o título cair no esquecimento. Portanto, espero que futuras atualizações tragam outros cenários e eventos sazonais com novas mecânicas para a qualidade de vida do jogo.
Tenho certeza de que os fãs de Death Note e dos jogos de dedução ou comunicação irão adorar!
Estarei nos comentários para quaisquer dúvidas ou sugestões.
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