PlayStation : O Console Revolucionário

Lançado em 1994, o PlayStation foi um marco nos jogos em 3D, substituindo cartuchos por CDs e introduzindo franquias como Final Fantasy VII, Metal Gear Solid e Resident Evil. Seu hardware além de acessível, trouxe controles inovadores (DualShock com vibração). A biblioteca diversificada abrangia desde RPGs até títulos experimentais que viraram cults como Parappa the Rapper. Apesar de gráficos pixelados e limitações técnicas, o console manteve seu legado se estabelecendo como um dos consoles mais amados da indústria.

Com uma vasta gama de jogos, muitos deles caíram no esquecimento, o que faz com que muitos fãs da marca queiram remakes ou continuações desses clássicos. Neste artigo trago dez jogos que merecem um remake. Deixei de fora todos os jogos que já tiveram continuações ou remasters, e não vou incluir nesta lista Chrono Cross por ser um dos jogos mais pedidos pelos fãs para que a empresa revitalize e traga novidades.

Syphon Filter (Serie)

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Lançado em 1999 pela Eidetic (atual Bend Studio), Syphon Filter é um marco do stealth-action em terceira pessoa. O jogador assume a identidade do agente Gabe Logan em uma missão para deter terroristas. A jogabilidade equilibra tiroteios intensos, infiltração e uso de gadgets, como granadas de gás e a icônica pistola taser, capaz de eletrocutar (e incendiar) inimigos, tornando-se uma marca registrada da franquia.

O game apresentava gráficos em 3D, revolucionários para a época, com ambientes detalhados e destruíveis, com animações realistas (ex: inimigos cambaleando ao serem atingidos). A trilha é um show a parte, com efeitos como tiros ecoando em túneis, que deixavam a imersão do jogo no clima de espionagem.

Com missões que variavam entre selvas urbanas, estações de metrô e laboratórios secretos, Syphon Filter exige estratégia do jogador que precisa alternar entre a pistola com silenciador e ação aberta, recarregando a munição com cuidado e usando a cobertura (cover) contra os inimigos. Infelizmente a câmera fixa e controles rígidos envelheceram mal, mas a liberdade tática (sniper, explosivos) compensa a experiência.

O jogo tem uma dificuldade intensa com chefes que exigem precisão. O jogo é muito cultuado por sua narrativa cinematográfica e inovações, inspirando séries como Splinter Cell. Um clássico que merece uma nova versão com gráficos e mecânicas atualizadas.

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Castlevania: Symphony of the Night

Falar de games do Playstation e não citar Castlevania: Symphony of the Night é errado em tantos níveis que não tem como perdoar. Lançado em 1997 pela Konami, o jogo redefiniu o gênero de ação e exploração, criando o termo "Metroidvania". Symphony of the Night inovou Castlevania ao abandonar os protagonistas Belmonts, personagens clássicos da série. Na pele de Alucard o filho de Drácula, o jogador entra em uma jornada para destruir o castelo ressurgido de seu pai.

Os gráficos em 2D detalhados envelheceram com elegância e a maestria que o jogo apresenta. O jogo é inovador em tudo, o principal é sua jogabilidade que mescla combate, RPG (com níveis, atributos, equipamentos) e exploração não linear em um mapa gigante e expansivo, onde habilidades como transformação em morcego, lobo ou névoa são necessárias para progredir na aventura.

A mecânica de Castelo Invertido, revelada após derrotar o chefe intermediário, dobra o conteúdo do jogo, oferecendo novos desafios e inimigos mais poderosos. O sistema de combate com espadas, armas mágicas e "familiars" (aliados como espíritos ou espadas flutuantes) mostram como o jogo foi inovador em personalização. A trilha sonora não deixa a desejar, com temas como aclamados por sua atmosfera gótica o jogo é um clássico épico e obrigatório para todo jogador de videogame.

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Embora não tenha vendido no lançamento justamente por seu estilo inovador, o que deixou os jogadores confusos sobre o que era o game. Ele se tornou um clássico cult posteriormente, influenciando centenas de títulos como Hollow Knight e Bloodstained.

É espantoso que essa obra-prima atemporal, nunca tenha recebido uma continuação ou um remake a altura de seu design criativo e liberdade de exploração. Um jogo imperdível para qualquer jogador de videogame e essencial para entender a evolução dos gêneros de ação e RPG.

Dino Crisis (Serie)

Dino Crisis é um survival horror que troca zumbis por dinossauros. Lançado pela Capcom em 1999, seguimos a agente Regina em uma missão para investigar o desaparecimento do cientista Dr. Kirk em uma ilha infestada de criaturas pré-históricas.

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Inspirado em Resident Evil, o jogo mantém os controles "tank" e a atmosfera tensa do survivor horror, introduzindo mecânicas como movimentação enquanto miramos em algo e um sistema de inventário mais flexível, permitindo combinar itens para criar curas ou munições especiais.

Diferente de Resident Evil, o jogo utiliza cenários totalmente em 3D, com câmeras dinâmicas ampliando imersão no jogo, embora as texturas sejam simples e os ambientes repetitivos o jogo compensa com sua história e trilha sonora, com efeitos de som (como os rugidos do T-Rex) elevando a tensão em tela.

A jogabilidade possui ação e puzzles, com a presença de dinossauros ágeis e letais, como Velociraptores e o icônico T-Rex, que persegue o jogador em partes memoráveis (e muitas vezes mortais). A capacidade de correr e atirar simultaneamente é um destaque que agiliza o combate, porém, é necessário se organizar, pois a escassez de munição e a resistência dos inimigos é alta, o que faz com que os jogadores corram e fujam, deixando as mãos suadas de desespero.

Dino Crisis é uma experiência única, fundindo horror e sci-fi com criatividade. Recomendo para fãs do gênero e buscam aventuras desafiadoras.

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Vagrant Story

Vagrant Story é um RPG cult. Lançado pela Square em 2000, dirigido por Yasumi Matsuno (Final Fantasy Tactics), o jogo segue Ashley Riot, uma agente em Leá Monde, cidade assombrada por magia negra. A narrativa é densa e repleta de intrigas políticas, exigindo muita atenção aos diálogos e documentos escondidos. O jogo é envolto num universo gótico inspirado em mitos europeus.

Os cenários são pré-renderizados com sprites detalhados que criam uma atmosfera sombria, enquanto a trilha sonora usa corais e cordas que trazem tensão e mistério ao jogo.

O jogo tem um combate de ação em tempo real com pausas táticas, permitindo ao jogador mirar partes do corpo de inimigos e fazer combos. O sistema de aumento de dano com acúmulo de risco e a criação de armas (fundindo materiais e atributos) são revolucionários ao gênero, mas exigem paciência para entender a mecânica.

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O jogo oferece uma dificuldade elevada com a curva de aprendizado que deixaria os fãs de souls-like de queixo caído, fazendo do jogo como uma joia para amantes de dificuldades elevadas. Não é à toa que sua influência é visível nas séries de Dark Souls e Dragon's Dogma.

Vagrant Story é essencial para fãs de jogos com narrativas adultas e mecânicas de jogo profundas e difíceis

Medal of Honor

Considerado o pai dos FPS de guerra, Medal of Honor possui uma alma cinematográfica.
Lançado pela DreamWorks Interactive em 1999 e supervisionado por Steven Spielberg, o jogo revolucionou os FPS em consoles, misturando a ação intensa com elementos de espionagem em cenários da Segunda Guerra Mundial. O jogador é introduzido como o agente Jimmy Patterson, realizando missões que variam entre sabotagem a infiltração, como se disfarçar de oficial nazista para acessar documentos secretos ou destruir submarinos.
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Os gráficos, embora pixelados, conseguem capturar estética sombria da guerra, com cenários como docas noturnas e bases subterrâneas. As cutscenes com vídeos em preto e branco fazem do jogo uma experiência a parte. A trilha sonora orquestral com efeitos de ambiente, como gritos em alemão e explosões, deixa o jogo tenso, enquanto as animações realistas dos inimigos agarrando ferimentos ou cambaleando foram pioneiras para o gênero.

A variedade de objetivos no cenário mantém um ritmo constante, com tiroteios em trincheiras a sequências furtivas, com mecânicas inspiradas em GoldenEye 007 e Metal Gear Solid. A inteligência artificial dos inimigos é impressionante, soldados reagem a granadas, flanqueiam o jogador e até se sacrificam para proteger seus aliados.

O jogo possui uma dificuldade grande, pois ausência de checkpoints e a dificuldade abrupta nas fases finais com inimigos com bazucas exigem que o jogador seja preciso em suas ações.

Medal of Honor é um clássico essencial do PlayStation, misturando a ação dos videogames com o cinema e o desafio tático. Sua influência para os jogos de guerra é inegável, franquias como Call of Duty são os espólios de guerra deste jogo maravilhoso.
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Parasite Eve (Serie)

Em 1998, era lançado Parasite Eve, um jogo inovador que fundia o survival horror e RPG em uma narrativa única sobre Aya Brea, uma policial de Nova York que enfrenta criaturas mutantes geradas por mitocôndrias descontroladas. A trama, baseada no romance de Hideaki Sena, mistura ficção científica e terror biológico, com cenas cinematográficas que exploram temas como evolução e identidade.

Em 1999 a Square aprimorou a receita lançando, Parasite Eve II, abandonando as raízes do RPG e abraçando o survival horror. Aya Brea retorna, agora como agente do FBI, investigando mutações de mitocondrias em uma cidade deserta. A narrativa, menos filosófica que o primeiro jogo, foca em ação e nas conspirações, com vilões grotescos em cenários como laboratórios e masmorras.

Os cenários pré-renderizados são detalhados. A trilha sonora de Yoko Shimomura (Kingdom Hearts) no primeiro jogo e Naoshi Mizuta (Final Fantasy XI) no segundo, usa o ambiente equilibrando a tensão e a melancolia do jogo.
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O combate com ação em tempo real e turnos traz liberdade ao jogo. Habilidades mitocondriais, como cura e pirocinese e a personalização detalhada de armas (recarregar, ajustar, alcance) oferecem uma profundidade tática. A exploração em locais como o Central Park e o Museu de História Natural deixam o jogo elegante, recompensado com segredos e upgrades escondidos. Os chefes, como a forma final de Eve exigem estratégia e uso dos recursos adquiridos durante a campanha.

Parasite Eve é essencial para fãs de horror e RPG. Sua narrativa madura e mecânicas híbridas o mantêm relevante como um clássico digno de um remake.

Nightmare Creatures (Serie)

Nightmare Creatures leva os jogadores a uma Londres vitoriana assombrada por criaturas sobrenaturais. Com dois protagonistas, o caçador Ignatius Blackward e a alquimista Nadia Franciscus, o jogo combina ação rápida e elementos de terror.
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Os cenários góticos trazem uma atmosfera sombria, como cemitérios e masmorras, capturando a estética soturna que o jogo apresenta desde seu início. A trilha sonora, com coros sinistros e efeitos de ambiente, é ponto alto do game.

O combate inclui combos, armas corpo a corpo, incluindo espadas e lanças, e ataques especiais. Os inimigos vão desde lobisomens a quimeras, exigindo estratégia do jogador. Porém, a progressão é desequilibrada, as fases iniciais são acessíveis, mas a dificuldade em seções finais deixa o jogo travado.

Embora o jogo não seja perfeito, com problemas técnicos, é um clássico para fãs de horror. Interessante por sua atmosfera, sendo um jogo nostálgico do gênero.

Legend of Legaia
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A Contrail lançou Legend of Legaia em 1998, que rapidamente caiu no gosto dos jogadores pelos seus cenários de RPGs lindos, uma e narrativa envolvente e sistema de batalha único. Ambientado em um mundo consumido por uma névoa mortal que cria monstros chamados Seru, o jogo nos apresenta Vahn, Noa e Gala em uma jornada emocionante para reviver as Árvores Gênesis e restaurar a paz do mundo.

Os cenários escuros reforçam a atmosfera opressiva que a névoa representa no jogo. A trilha sonora melancólicas passeia entre a esperança e desespero. Tudo isso somado ao combate Tactical Arts System, onde os jogadores fazem comandos direcionais (↑→↓) para criar combos e desbloquear habilidades especiais. Cada personagem aprende movimentos únicos, equilibrando ataques físicos e magias.

Legend of Legaia nos transporta para um mundo mágico e tenebroso com sua originalidade e história de fantasia.

Tenchu: The Stealth Assassins
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Tenchu é um jogo marcante do gênero stealth. A história se passa no Japão feudal, o jogador assume o papel de Rikimaru ou Ayame, ninjas da clan Azuma, e precisa se infiltrar em fortalezas, elimina alvos evitando a detecção com o uso de shurikens, espadas e armadilhas (como veneno e minas). Tenchu prioriza o stealth, matando silenciosamente, escondendo corpos e usando o ambiente como telhados e arbustos para completar as missões.

Com gráficos inovadores para a época, o jogo hoje pode parecer um pouco obsoleto por suas texturas borradas e câmeras travadas. A trilha sonora, com flautas e kotos, traz um clima sombrio e os efeitos de passos na grama e grilos ampliam o realismo do jogo.

O sistema de sound meter (medidor de ruído) e visão limitada pelo capuz do ninja criam tensão nas fases abertas, como a vila infestada de bandidos que permite múltiplas abordagens.

Apesar de o jogo ter controles engessados e objetivos repetitivos, Tenchu influenciou franquias como Sekiro e mantém uma base de fãs fiéis. Embora o jogo dê ênfase na furtividade, um remake com jogabilidade mais dinâmica, gráficos aprimorados e mundo aberto como Ghost Of Tsushima seriam uma ótima continuação para a franquia.
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Driver (Serie)

Lançado em 1999 pela Reflections Interactive, Driver é um divisor de águas dos jogos, combinando ação frenética, física realista e uma abordagem de mundo aberto. O jogo coloca o jogador como Tanner, um policial disfarçado que infiltra em uma organização criminosa por meio de missões em quatro cidades (Miami, San Francisco, Los Angeles e Nova York), com ambientes urbanos que, apesar de simplificados, oferecem liberdade impressionante para a época.

Os gráficos, embora em blocos à distância, impressionam com a escala urbana e detalhes de destruição. A trilha sonora funky e os efeitos sonoros (motores rugindo, vidros quebrando) nos coloca em um filme de perseguição dos anos 70, enquanto as cutscenes estilizadas, reforçam o tom cinematográfico.

O coração do jogo é a direção. Carros pesados, derrapagens espetaculares e perseguições policiais intensas, com um sistema de danos ao veículo detalhado (portas amassadas, para-brisas quebrados) que afetam o desempenho do veículo. O modo história tem missões como fugas cronometradas e emboscadas, enquanto o modo Take a Ride permite explorar as cidades livremente, antecipando os jogos sandbox.
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Driver é um precursor de Grand Theft Auto III, introduzindo conceitos como mundo aberto e missões não lineares. Embora possua falhas técnicas como carregamentos longos e pop-in de texturas, sua influência para o gênero GTA é inegável.

Um remake com jogabilidade aprimorada, mundo aberto, história mais complexa com elementos externos fora do carro, faria de Driver uma janela para a franquia voltar com tudo.

Fear Effect

Fear Effect é um survival horror que mistura ação, puzzles e uma história adulta, ambientada em uma Hong Kong cyberpunk. O jogo segue três mercenários, Hana, Glas e Deke em uma missão para resgatar a filha de um magnata chinês, envolvendo conspirações e elementos sobrenaturais, como criaturas demoníacas e um "inferno" mitológico.
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Os gráficos em cel-shading e cenários pré-renderizados com vídeos em loop criam uma estética de filme animado. Hong Kong ganha vida com névoas, luzes piscantes e detalhes como helicópteros sobrevoando os arranha-céus da cidade. O jogo introduz mecânicas como o medidor de medo, onde o estresse acumulado pode levar à morte instantânea. A narrativa complexa e reviravoltas mantêm o jogador preso a tela cada vez que o enredo ganha profundidade.

Fear Effect com seu tema adulto (violência e nudez parcial) e inovações visuais, é ousado na narrativa e estética, o tornando um clássico perfeito para um remake.

Conclusão
Sendo um agente secreto ou lutando contra dinossauros, a biblioteca de jogos do PlayStation é tão grande que muitos outros jogos também merecem um remake, fazendo deste amado console uma pérola da indústria dos games.
E você, sentiu falta de algum jogo nesta lista? Qual jogo do seu coração você gostaria de um remake? Deixe um comentário que eu quero saber!
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