Final Fantasy XIV é um dos MMORPGs mais jogados do mundo. Após um lançamento conturbado em 2010, o título foi reconstruído por uma equipe liderada pelo diretor e produtor Naoki Yoshida e relançado em 2013.
Desde então, FFXIV se tornou um sucesso global, com uma média de 1,6 milhão de jogadores diários, além de quatro novas expansões disponíveis, com a quinta - Dawntrail - prevista para lançamento no segundo semestre de 2024.
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Um dos destaques de FFXIV é a sua história. Seu mundo é rico em lore, seus enredos centrais são envolventes e seus personagens, marcantes. As aventuras dos Scions of Seventh Dawn e o desenvolvimento pessoal deles durante as expansões são um ponto alto, e tornam do título uma referência tanto dentro da franquia quanto no universo dos MMOs.
Neste artigo, faremos um ranking das expansões de Final Fantasy XIV, tendo como base suas histórias principais.
Ranking das melhores expansões de Final Fantasy XIV
Para este artigo, dado o quanto Final Fantasy XIV é uma boa porta de entrada da franquia para os fãs de MMO, buscamos evitar spoilers grandes dos eventos do jogo. Logo, mencionamos a superfície de alguns dos principais pontos altos e baixos de cada expansão, e buscamos dar menos detalhes para eventos que, para alguns, são revelações marcantes da história.
5 - A Realm Reborn
Apesar de o mencionarmos como uma expansão, A Realm Reborn é o atual jogo-base de Final Fantasy XIV após o seu relançamento, onde todas as mecânicas do título foram refeitas para criar uma obra que agradasse aos jogadores e pudesse salvar o título do seu começo desastroso.
A Realm Reborn entrega uma experiência sólida e capaz de engajar o jogador na aventura do Guerreiro da Luz em Eorzea, com uma dúzia de elementos de introdução, diversas classes para se escolher, e sua própria gama de atividades que garantem horas de conteúdos extras, mas ainda sofre de todos os problemas que ser o jogo-base acarretam: algumas missões principais soam repetitivas e/ou agregam em conclusões desinteressantes.
Sua trama entrega uma proposta consistente em introduzir o mundo e as políticas de Eorzea e tornar do jogador ou jogadora parte integrada dele, mas apesar do tempo necessário reduzido para concluir a história principal, sua narrativa ainda é lenta e com problemas de ritmo capazes de desinteressarem os menos engajados no jogo: os mistérios e vilões parecem muito genéricos, e falta espaço para algum personagem crescer na história, pois estamos sendo introduzidos à maioria deles.
Somado ao tanto de atividades tediosas necessárias até progredir para a próxima expansão, apesar de ser um bom jogo-base, A Realm Reborn deixa muito a desejar quando o comparamos com seus sucessores.
4 - Stormblood
Stormblood foi a segunda expansão de Final Fantasy XIV pós-A Realm Reborn. Ela traz duas novas classes, Samurai e Red Mage, e algumas novidades interessantes, como nadar debaixo d'água. Sua história, voltada para as rebeliões de Ala Mhigo e Kugane, regiões conquistadas pelo Império, é elogiada pela sua abordagem de conflitos políticos sob uma perspectiva não-binária.
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Tal como A Realm Reborn, Stormblood sofre com um problema severo de ritmo na sua história principal. Por abordar uma guerra de grande escala em detalhes minuciosos, como a necessidade de formar alianças e fazer acordos, a expansão leva tempo demais com diálogos e outros assuntos desagradáveis para os fãs de uma experiência mais voltada para ação, enquanto é apaixonante para os fãs de intrigas políticas.
Os novos personagens introduzidos nela, como Hien e Yotsuyu, são alguns dos pontos fortes que tornam das longas jornadas em busca de aliados mais tolerável. Stormblood também faz um trabalho excelente em mostrar o lado menos moralista da guerra, onde foge do famoso conceito "nós somos bons, eles são maus" para abordar as condições de nascença e crescimento dos envolvidos, e como elas influenciam sua posição no conflito.
Com uma trama arrastada e repleta de altos e baixos e um final mediano que fazem os eventos que o antecedem e os que o sucedem até a próxima expansão parecerem mais empolgantes, Stormblood divide opiniões dos fãs até hoje.
3 - Endwalker
Endwalker é uma experiência única, e seu resultado vem da construção de enredo que Final Fantasy XIV viveu desde o seu lançamento. Como epílogo do arco de Hydaelyn e Zodiark, essa expansão faz um trabalho excelente em entregar uma das melhores conclusões da indústria dos videogames.
Com a chegada dos Dias Finais, Endwalker introduziu a cidade de Old Sharlayan e sua trama nos leva, posteriormente, para a capital do império, Garlemald, e até para a lua, onde verdades nunca expostas são reveladas.
A trama de Endwalker é uma história de altos e baixos, excelente quando seu foco é o desenvolvimento dos seus eventos principais, com alguns dos pontos mais dramáticos do jogo, enquanto perde demais o ritmo quando busca dar espaço demais para exposição e situações não-pertinentes para o desenvolvimento do enredo.
Logo, temos momentos marcantes, como a batalha contra Zodiark e viajar no tempo, com partes como os Hummingway, onde alguns diálogos e situações divertidas logo ficam tediosas, pois quebram o senso de urgência da trama diante do literal fim do mundo - é difícil de manter o ritmo nessa expansão, e os baixos são fáceis de tornarem dela um pouco frustrante, especialmente por ela suceder Shadowbringers.
Endwalker ainda é muito recompensadora e traz um desfecho digno da grandeza do arco de Hydaelyn e Zodiark, desde que o jogador tenha paciência com seus detalhes menos interessantes.
2 - Heavensward
Heavensward foi a primeira expansão de FFXIV após o seu relançamento, e apresenta uma melhoria notória quando comparado a A Realm Reborn. Seus eventos são alguns dos mais marcantes do jogo.
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A expansão também trouxe algumas novidades que se tornaram pilares do jogo, como a habilidade de voar e as Correntes de Éter, além de três novas classes, com Machinist, Astrologian e Dark Knight. A região de Ishgard também carrega consigo uma dúzia de personagens icônicos, como Estinien e Ysayle, e a Dragonsong War é um dos melhores arcos de Final Fantasy XIV.
Apesar de sofrer com alguns clichês, Heavensward é um passo largo no aprimoramento da história de Final Fantasy XIV. Os eventos que antecedem seu início demonstram uma evidente melhoria literária no enredo geral do jogo, onde um assassinato orquestrado transforma os Scions leva o Guerreiro da Luz até as terras frias de Ishgard, onde são abordadas questões como desigualdade social e especismo em um reino dominado por doutrinas religiosas.
Muitos jogadores afirmam preferir Endwalker ao invés de Heavensward como sua expansão favorita, fato compreensível visto o quão bem a expansão mais recente fecha os eventos construídos em FFXIV durante uma década. A colocação de Heavensward em segundo lugar se deve ao notório salto de qualidade da trama em comparação ao seu predecessor, e como ela definiu os padrões de qualidade que os jogadores esperam a cada novo lançamento.
1 - Shadowbringers
Lançado em 2019, Shadowbringers trouxe um padrão novo de qualidade para FFXIV, sendo considerado não só a melhor expansão do jogo, como também um dos melhores lançamentos da franquia Final Fantasy.
Com um roteiro escrito por Natsuko Ishikawa, responsável pelo arco de Azem Steppe em Stormblood e as quests de Dark Knight em Heavensward, Shadowbringers ganhou o coração dos fãs pela sua abordagem simultânea do clímax da guerra contra o Império, enquanto os Scions lidavam com uma ameaça ainda maior em uma esfera conhecida como O Primeiro - um mundo beirando a destruição, onde a predominância da luz o subjugou ao ponto da noite não existir mais.
O destaque do seu enredo está em todo canto: seja no retrato obsceno de desigualdade social com a cidade de Eulmore, seja na maneira como explicita o horror dos Comedores de Pecado, na forma como ele desconstrói diversos aspectos já pré-estabelecidos nas expansões que o antecedem, ou através do crescimento pessoal e coletivo dos Scions.
Sua abordagem sobre o fim dos tempos e as revelações em torno dele trazem uma nova perspectiva sobre os Ascianos, e os conectam a emoções como responsabilidade e luto, tema muito bem discutido através de personagens como Thancred e o antagonista, Emet-Selch, considerado um dos melhores vilões da franquia.
A atmosfera e construção de mundo em Shadowbringers é impecável. Há poucos momentos em que a expansão se estende demais em um determinado assunto e/ou missão. Sua história não é feliz e, por diversas vezes, até seus menores detalhes trazem alguma informação sobre a distopia em torno do Primeiro que levam o interlocutor a considerar os horrores das quais seus sobreviventes vivenciam como rotina. Mesmo diante da desolação, Shadowbringers transmite uma mensagem singular sobre esperança.
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Conclusão
Isso é tudo por hoje.
Agora, gostaríamos de saber sua opinião! Qual é a sua expansão favorita de Final Fantasy XIV? E quais são suas expectativas para Dawntrail?
Pretendemos nos aprofundar em cada expansão do jogo e destrinchar sua história, qualidades e defeitos em reviews individuais. Nos deixe saber nos comentários caso a ideia lhe interesse!
Obrigado pela leitura!
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