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Dez Sequências Espirituais no Universo dos Games

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Jogos muitas vezes deixam de ser continuados ou são abandonados completamente por suas produtoras. Sem os direitos autoriais, os criadores ou até fãs criam Sequencias Espirituais para manter vivo o legado de seus amados games.

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rezensiert von Romeu

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Introduçao

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Quem nunca teve um jogo favorito que por algum motivo empresarial ou desentendimento entre criador e empresa acabou ficando esquecido? Quando o criador ou até mesmos fãs querem continuar o legado de uma série, mas não possuem os direitos autorais, eles fazem o que chamamos de Sequências Espirituais. Conheça agora dez dessas sequências que talvez você nem sabia que existia um predecessor!

1- Theme Hospital - Two Point Hospital

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Aos amantes entusiastas de construir e operar um império próprio de hospitais no antigo jogo da Bullfrog Productions: Theme Hospital, se sentiram órfãos de um jogo a altura desde quando não receberam uma continuação devido ao dissolvimento da equipe após a aquisição da empresa pela Eletronic Arts.

Produzido por Gary Carr e Mark Webley, criadores do Theme Hospital, Two Point Hospital surgiu em 2018 para ser uma sequência de Theme Hospital. Mantendo o humor e charme do antecessor, em Two Point Hospital você deve curar doenças peculiares como a “Light-Headedness” (onde os enfermos têm literalmente a cabeça transformada em uma lâmpada), enquanto gerencia sua clínica inusitada, utilizando das mecânicas que se mantiveram como as de controle de salas de diagnóstico, enfermarias, psiquiatria.

Para os amantes de jogos de gerenciamento, Theme Hospital e seu sucessor Two Point Hospital oferecem uma grande experiência repleta de comédia e desafios divertidos.

2 - Prince of Persia - Assassin's Creed

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Sendo uma das franquias mais famosas da Ubisoft, o que muitos não sabem é que Assassin's Creed era um sucessor espiritual de Prince of Persia.

A empresa queria seguir com uma linha mais comercial em cima da jogabilidade e mecânicas que existiam em Prince of Persia, como podemos notar com o Parkour presente no antecessor se manteve e foi extremamente aprimorado em Assassin's Creed ao longo dos anos.

Diferente de Prince of Persia que focava apenas em uma temática histórica, Assassin's Creed explora eventos históricos distintos, abrangendo todas as culturas, figuras históricas famosas como Leonardo Da Vinci, Karl Marx e até Benjamin Franklin o que fez ser um sucesso de vendas e conquistando diversos fãs ao redor do mundo.

Após 14 anos desde o seu último jogo (Prince of Persia: The Forgotten Sands), a franquia recentemente recebeu uma sequência que deu um reboot em sua jogabilidade, semelhante ao primeiro jogo.

Esse é um caso curioso onde a própria empresa quis dar sequência a um jogo criando uma IP nova, coexistindo com o seu antecessor de forma harmoniosa.

3 - Donkey Kong - Kaze and the Wild Masks

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Donkey Kong foi um sucesso no Super Nintendo, produzido pela Rare que atualmente pertence à Microsoft Game Studios, ele continua recebendo continuações para as plataformas atuais da Nintendo, mas dessa vez, sendo produzidos pela Retro Studios.

Sendo um sucesso mundial dos clássicos de Super Nintendo, os fãs gostariam de novas sequências que remetessem aos jogos clássicos e assim, um estúdio brasileiro desenvolveu uma homenagem e sequência maravilhosa para esse gigante dos games: Kaze and the Wild Masks.

Com a protagonista Kaze, você segue uma jornada em busca de quebrar a maldição que cai sobre Crystal Island, precisando encontrar as Wild Masks para, assim, invocar o poder dos lendários guardiões para derrotar os vilões.

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No game, você encontra mecânicas semelhantes a Donkey Kong e até mesmo outros jogos dos anos 90 como coletar as letras do nome do protagonista, jogabilidade de plataforma e explorar ambientes secretos.

Podemos considerar Kaze and the Wild Masks como uma carta de amor dos brasileiros para um jogo clássico que marcou a vida de milhares de pessoas, assim como o próximo jogo da nossa lista.

4 - Top Gear - Horizon Chase Turbo

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Top Gear foi um jogo de corrida lançado em 1992 para Super Nintendo. Desenvolvido pela Kemco e com trilha sonora composta por Barry Leitch e Hiroyuki Masuno, esta que fez muito sucesso e sendo até um desafio entre os guitarristas em tocar a música de abertura do jogo.

O game não fez muito sucesso, sendo considerado um jogo de corrida genérico e semelhante a outros mais famosos da época, porém no Brasil, ele marcou a infância de milhares de pessoas e criou um fator nostalgia absurdo nos gamers brasileiros.

Motivados pela nostalgia e paixão por esse jogo que fez parte da infância das crianças dos anos 90 brasileiras, o estúdio Aquiris Game Studio desenvolveu um dos melhores sucessores espirituais já feitos: Horizon Chase Turbo.

O game manteve toda a essência presente em Top Gear mas com gráficos atualizados e até mesmo carros conhecidos e populares no Brasil. Além da jogabilidade muito bem feita, para completar a nostalgia, a trilha sonora de Horizon Chase Turbo foi composta pelo mesmo compositor de Top Gear: Barry Leitch!

Aos amantes de jogos de corrida arcade e retro, ambos são games obrigatórios a se jogar!

5 - Castlevania - Bloodstained

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Provavelmente esse seja o sucessor espiritual mais famoso e aceito pelos fãs. Castlevania foi um marco na indústria dos jogos, sendo referência, junto de Metroid para a criação de um gênero totalmente novo: o Metroidvania.

Sendo produzido pela Konami, Castlevania iniciou sua franquia em 1986, mas se tornou um gigante da indústria após a participação de Koji Igarashi, tornando-o um jogo com elementos de RPG e exploração de mapa não linear. Este game recebeu o nome de Castlevania - Symphony of the Night. Lançado inicialmente para PS One, ele foi muito bem recebido, se tornando um clássico do console.

Igarashi chegou a participar de outros jogos como o Castlevania Harmony of Despair, porém a franquia tomou outro rumo com uma gameplay de hack'n'slash, e ele deixou a mpresa.

Com os fãs ansiosos por uma sequência do clássico Symphony of the Night e pela própria paixão de Igarashi pelo jogo, com a ajuda de uma campanha feita pelo Kickstarter, ele surgiu novamente apresentando Bloodstained. A campanha foi um sucesso e ele trouxe um novo game com tudo que chamava a atenção na franquia original de Castlevania: visual dos personagens, ambientação, gameplay e até a trilha sonora, que assim como em SotN, composta pela Michiru Yamane.

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Sendo lançado inicialmente em dois jogos: Bloodstained Curse of the Moon (remetendo aos clássicos de 8-bits) e Ritual of the Night com maiores similaridades com o SotN, Bloodstained é um exemplo de campanha coletiva que deu muito certo, a sequência honrou o seu antecessor e foi apreciado pelos fãs, diferente do que houve com o próximo jogo da nossa lista.

6 - Megaman - Mighty N°9

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Megaman foi um sucesso dos anos 90. Sendo um jogo de plataforma desafiador e um personagem extremamente carismático, ele conquistou milhares de fãs por todo o mundo tanto por seus jogos quanto pela sua animação.

Após anos sem uma sequência, o próprio criador da série apareceu com uma campanha no Kickstarter para um projeto novo chamado Mighty N° 9. Os fãs não pouparam esforços para ajudar no projeto, acumulando mais de 4 milhões de dólares.

Sendo tão ambicioso, Keiji Inafume prometeu até uma animação envolvendo o protagonista do novo jogo. Para a infelicidade de todos, a obra não agradou.

Com gráficos que eram considerados antigos para sua época, sem inovações e uma jogabilidade mediana, os fãs se sentiram ofendidos com tal projeto, além da animação nunca ter sido lançada.

No mesmo período que este game foi lançado, a Capcom lançou Megaman 11, que ao contrário de seu sucessor espiritual, foi um sucesso e agradou a todos.

Infelizmente nem todos os sucessores espirituais acabam honrando o legado de suas referências, mesmo sendo feitos por seus criadores originais.

7 - Earthbound - Undertale

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Mother, um jogo famoso de NES que assumiu o nome de Earthbound no ocidente, é um dos jogos onde as pessoas se tornam fãs ou apenas o ignoram. Ele é um RPG onde um grupo de crianças investigam eventos estranhos acontecendo em sua cidade após a queda de um disco-voador.

A sua jogabilidade era inovadora para a época, pois os desenvolvedores gostariam que os jogadores, até mesmo aqueles que não tinham o hábito de jogar videogame, se divertissem e tivessem uma experiência boa jogando o game. Elementos como usar a borracha de um lápis para apagar estátuas feitas de lápis e confrontos com objetos incomuns eram marca registrada da obra.

Inicialmente, o game não teve o destaque que mereceu, pois os críticos da época o consideravam com gráficos simples. Anos depois, após a presença de Ness na franquia Super Smash Bros, Earthbound ganhou o reconhecimento como um dos melhores jogos já feitos.

Diversos anos após Earthbound, e sem nenhuma sequência desde o anúncio de um game para Nintendo 64 que nunca surgiu e rendeu até um documentário a respeito do mesmo que pode ser encontrado na página oficial do EarthboundUSA, um desenvolvedor independente começou o seu projeto: Undertale.

Controlando uma criança em um mundo subterrâneo e completando diversos objetivos, um dos pontos mais marcantes do jogo é a possibilidade do jogador poder matar, fugir ou até fazer amizade com os inimigos do jogo.

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Toby Fox, criador de Undertale não gostava dos RPGs tradicionais e queria algo novo, influenciado diretamente por Earthbound, que segundo ele mesmo, jogava por horas e horas quando criança o fez ter as ideias que seriam apresentadas em seu jogo.

Inicialmente, o projeto surgiu de uma campanha no Kickstarter com humildes 5 mil dólares como objetivo, mas que ao término da campanha, cerca de um mês depois, já havia arrecadado mais de 51 mil dólares.

Além de ser um excelente jogo, sendo até hoje um sucesso entre os jogos indies e considerado um clássico, foi graças ao Undertale que a engine Game Maker recebeu modificações para poder exportar os projetos para a plataforma da Nintendo, após um acordo entre a mesma e a YoYo Games (desenvolvedora da engine), para que ela pudesse exportar os projetos do Game Maker também para o Switch.

8 - Suikoden - Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes

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Suikoden foi um game que fez muito sucesso na geração do Playstation 1, mas após a geração do Playstation 2, ela se perdeu.

Os fãs da franquia imploraram por novos jogos, mas assim como outros jogos da Konami, Suikoden acabou sendo deixado de lado, afinal, a empresa resolveu investir pesado em outros mercados.

Yoshitaka Murayama, criador da série, resolveu então dar início a um novo título, dando uma sequência espiritual para sua criação original: Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes.

Anunciando uma campanha no Kickstarter, assim como Igarashi fez com Bloodstained, Murayama conseguiu arrecadar uma boa quantia com as doações, o que possibilitou reunir boa parte da equipe original de Suikoden para ajudar no projeto.

O jogo ainda não foi lançado, mas já está disponível para pré-venda na Steam. Antes mesmo de lançar essa versão final, outro jogo foi publicado para dar um gostinho do que os fãs podem aguardar dessa sequência. - Eiyuden Chronicle Rising, foi lançado oficialmente em 2022, com avaliações extremamente positivas na Steam.

O jogo também está disponível em outras plataformas como Nintendo Switch, Playstation e Xbox.

9 - Narbacular Drop - Portal

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Surpreendendo muitas pessoas, Portal não foi o pioneiro em ser um jogo de puzzle utilizando portais para se locomover e solucionar enigmas.

Sendo um projeto de estudantes do DigiPen Institute of Technology, Narbacular Drop foi um jogo de puzzle lançado em 2005 de forma gratuita para Windows. Nele, o jogador pode posicionar portais em superfícies que não sejam metálicos para solucionar os quebra-cabeças.

Gabe Newell ficou impressionado e interessado no projeto dos estudantes e ofereceu a eles um trabalho na Valve. Agora com todo suporte da empresa eles desenvolveram o jogo que seria um clássico: Portal.

Uma curiosidade sobre o nome Narbacular é que ela não existe em nenhum dicionário, logo ela serviria para ajudar nos resultados de motores de busca da internet!

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10 - Sweet Home - Resident Evil/Biohazard

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Antes de trabalhar com Resident Evil, a Capcom havia lançado anteriormente em um jogo de terror psicológico para NES chamado Sweet Home. Este game era relacionado a um filme de terror japonês da época.

No game, acompanhamos um grupo de cinco pessoas que se aventuram pela mansão abandonada do falecido Mamiya Ichirou, ao entrar nela as portas se fecham e o grupo descobre que Mamiya assombra aquele lugar junto de outras criaturas.

Apesar de ser um jogo de RPG, Sweet Home trouxe diversos elementos reaproveitados em Resident Evil: a mansão, um grupo preso em um lugar afastado, habilidades originais com cada personagem, finais alternativos.

A semelhança é tamanha em ambientação que até mesmo a cena de loading com a porta se abrindo é idêntica em ambos os jogos.

Finalizando

Com isso encerramos a nossa primeira parte de jogos que são sequencias espirituais. Você já conhecia esses games ou pretende jogar algum dos citados aqui? Qual jogo que foi muito importante para você, foi descontinuado e você gostaria muito que recebesse uma sequência, remake ou reboot? (Por favor, traga de volta Dino Crisis, Capcom!).

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