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As Melhores e Piores Dublagens em Português dos Games

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Fazer a dublagem de games ajuda o jogador a compreender melhor a história e entrar no clima do game. Ouvir vozes familiares também ajuda muito na imersão e diversão. Mas nem sempre isso funciona como deveria

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revisado por Romeu

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A dublagem tem um papel enorme na forma como a gente se conecta com os personagens de um jogo. Quando é bem-feita, parece que tudo flui melhor: o herói convence, o vilão intimida, a piada funciona na medida certa. Mas quando a coisa não dá certo — seja por falta de emoção, escolha errada de voz ou simplesmente uma atuação fraca — o impacto é direto.

A imersão vai embora, e até uma cena importante pode virar motivo de risada ou desconforto. Isso vale tanto pra dublagens em português quanto no idioma original. E o curioso é que nem sempre ter um ator famoso resolve: se ele não entende o ritmo do jogo, a entrega soa vazia. Por isso, a dublagem é mais que detalhe técnico — ela é parte do que faz (ou desfaz) uma boa experiência de jogo.

Para relembrar esses bons e maus momentos da dublagem de jogos, vamos destacar algumas das melhores e piores atuações em games. Se você achar que faltou alguma ou discordar da gente, deixe um comentário.

Melhores Dublagens

No mundo das dublagens em português, escolher um bom elenco ou ter vozes conhecidas para personagens que já amamos é essencial. E foi nesse ponto que estas cinco dublagens acertaram em cheio.

League of Legends

A dublagem em português do Brasil de League of Legendslink outside website é bem conhecida entre os jogadores por dar ainda mais personalidade aos campeões. Desde que o jogo chegou por aqui, a Riot teve o cuidado de escolher vozes que combinam com cada personagem, deixando tudo mais natural e fácil de se conectar. O resultado é que muita gente acaba se apegando aos personagens justamente por causa da voz.

Um dos nomes mais marcantes é o do Wendel Bezerra, que muita gente conhece como a voz do Goku, em Dragon Ball Z, e do Bob Esponja. Ele dubla o Lee Sin em LoL, e também participou da direção da dublagem por meio do estúdio dele, o Unidub. Outro que se destaca é o Ricardo Juarez, voz do Draven e do Hecarim. Ele também é o dublador do Kratos nos jogos de God of War, e já contou que ficou surpreso com o tamanho da comunidade de LoL no Brasil quando começou a ser reconhecido como “a voz do Draven”.

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O Fábio Lucindo, que ficou famoso por ser o Ash em Pokémon, também está no jogo como o Ezreal — e dá para sentir aquele tom mais brincalhão e jovem que combina bem com o personagem. Já Guilherme Briggs, um dos dubladores mais queridos do país, conhecido por dublar o Superman e Cosmo, de os Padrinhos Mágicos, dubla o Kled e entrega bem a energia do campeão.

Um dos momentos mais legais foi quando o rapper Emicida dublou a skin True Damage do Ekko. Ele é fã do jogo e gravou as falas rimadas com o Marcelo Campos,, voz original do Ekko, além de gravar a canção “É só um joguinho” que cantou na final da CBLoL de 2018. Essa mistura de música e jogo foi bem recebida.

Série Assassin’s Creed

A dublagem em português dos jogos da série Assassin’s Creedlink outside website foi ganhando mais espaço e cuidado ao longo dos anos. No começo, não era sempre que o jogo já vinha com áudio em português, mas hoje isso virou padrão. A Ubisoft percebeu que o público brasileiro é grande e engajado, então começou a investir mais nisso — trazendo vozes que realmente combinam com os personagens e deixando os diálogos mais naturais.

No Assassin’s Creed Odyssey, por exemplo, Alexios foi dublado por Raphael Rossatto, Peter Quill, em “Guardiões da Galáxia”, que tem bastante experiência em jogos e animações, enquanto Kassandra ficou a cargo de Letícia Quinto, que já tem uma longa carreira e é conhecida por ser a voz de Saori Kido, em Cavaleiros do Zodíaco, trouxe o equilíbrio certo entre força e carisma para a personagem. Os dois deram vida aos protagonistas de um jeito que ficou próximo do original, mas com aquela familiaridade que os jogadores esperam.

Em Assassin’s Creed Syndicate, temos Caio César, a voz do Harry Potter, como Robert Topping e jogos como Origins e Valhalla. O trabalho de dublagem seguiu com atores que talvez não eram tão conhecidos, mas funcionam bem dentro do contexto do jogo. No fim, a dublagem brasileira da série foi evoluindo com os próprios jogos. Hoje, ela não está só “aí para ajudar quem não entende inglês” — ela realmente contribui para deixar a experiência mais completa para quem está jogando.

Injustice

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A série Injustice trouxe a dublagem em português que realmente impressionou os fãs brasileiros. A Warner Bros. investiu pesado para garantir que os personagens tivessem vozes familiares, aquelas que a gente já reconhece dos desenhos e filmes.

No primeiro jogo, Injustice: Gods Among Us, lançado em 2013, a direção de dublagem ficou por conta do Manolo Rey, que também emprestou sua voz ao Asa Noturna. O Superman foi dublado pelo Guilherme Briggs, que já dá voz ao herói há anos. O Batman ficou com o Ettore Zuim, que também dublou o personagem nos filmes do Christian Bale. O Lanterna Verde teve a voz do Philippe Maia, que já tinha dublado o herói no filme de 2011. E a Mulher-Maravilha foi interpretada pela Priscilla Amorim, mantendo a consistência com as animações.

Em 2017, com a chegada de Injustice 2, a qualidade da dublagem se manteve. Dessa vez, o Batman foi dublado pelo Márcio Seixas, uma voz icônica associada ao personagem. O Superman continuou com o Guilherme Briggs, e a Mulher-Maravilha com a Priscilla Amorim. Outros personagens também tiveram vozes marcantes: o Coringa foi interpretado pelo Márcio Simões, e a Arlequina pela Iara Riça.

Guilherme Briggs comentou que, apesar dos desafios de dublar um game, foi uma experiência incrível, especialmente por trabalhar com colegas de longa data. Ele mencionou que, em jogos, muitas vezes as falas são gravadas sem imagens, apenas com o texto e o áudio original como referência, o que exige bastante dos profissionais para que as falas não soem mecânicas.

Esse trabalho resultou em uma dublagem que não só respeita as vozes clássicas dos personagens, mas também enriquece a experiência dos jogadores brasileiros, tornando as batalhas entre heróis e vilões da DC ainda mais envolventes.

Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados

Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados foi um marco para os fãs brasileiros da série, pois trouxe pela primeira vez um jogo dublado em português, com a maioria dos dubladores originais do anime. A dublagem foi realizada no estúdio DuBrasil, em São Paulo, com direção de Hermes Baroli, que também emprestou sua voz ao protagonista Seiya de Pégaso.

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O elenco de dublagem contou com vozes icônicas que marcaram gerações. Hermes Baroli reprisou seu papel como Seiya de Pégaso, enquanto Letícia Quinto voltou como Saori Kido/Atena. Gilberto Baroli, conhecido por dar voz a Saga de Gêmeos, também retornou ao seu papel. Os outros dubladores, como Francisco Brêtas (Hyoga) e Cristiano Torreão (Shiryu) estão no jogo, além do elenco de apoio como Carlos Campanile (Thor de Phecda) e Marli Bortoletto (Hilda de Polaris), também participaram, mantendo a familiaridade com o público.

No entanto, algumas mudanças no elenco ocorreram devido a circunstâncias diversas. A dubladora Maralise Tartarine, que originalmente fazia a voz de Shina de Cobra, faleceu em 2014 e foi substituída por Patricia Scalvi, que já havia dublado a personagem nos primeiros episódios pela Gota Mágica.

A produção da dublagem enfrentou desafios significativos. O tradutor Marcelo Del Greco, conhecido como o editor da Revista Herói, teve um prazo apertado de cerca de três meses para traduzir todo o conteúdo do jogo, quando o ideal seria o dobro desse tempo. Além disso, os dubladores tiveram que trabalhar sem imagens de referência, baseando-se apenas nos áudios originais em japonês e nos tempos pré-definidos das falas, o que exigiu adaptações criativas para sincronizar as vozes.

South Park: A Fenda que Abunda Força

South Park: A Fenda que Abunda Força, diferente do game anterior, ganhou dublagem em português no lançamento aqui no Brasil, e isso ajudou a aproximar mais o público do jogo. O estilo da série já é bem conhecido, com um humor politicamente incorreto, direto e pesado, então adaptar isso no game sem perder o timing ou o impacto das piadas não foi fácil. Mas o estúdio The Kitchen, responsável pelo trabalho, conseguiu entregar uma versão que respeita o espírito da série.

A dublagem teve direção de Airam Pinheiro e Ricardo Almeida, e contou com dubladores que já são conhecidos por fazerem parte da história da série por aqui.Carla Cardoso, por exemplo, é quem dá voz ao Cartman na versão brasileira da animação, e trouxe a mesma pegada para o jogo — sarcástico, exagerado, e com aquele jeito insuportável que faz o personagem ser tão marcante. Outro destaque do elenco é Roy Proppenhein, que dubla o Stan. Ele conseguiu manter a personalidade do personagem, com uma voz mais contida, mas cheia de ironia, o que funciona bem no meio da loucura geral do jogo.

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O trabalho se destacou justamente por não tentar suavizar nada. As falas são carregadas de palavrões e piadas que não poupam ninguém (e começa na hora de escolher a dificuldade do game) — do jeito que South Park sempre foi. E isso só funciona bem porque os dubladores entregaram tudo com naturalidade e é simplesmente fiel ao humor da série, só que em português.

Dublagens que Falharam

Por outro lado, grandes nomes não querem dizer que automaticamente tudo sairá bom. Empresas podem tentar chamar a atenção devido a um elenco estelar e ainda assim errar feio. Também podemos considerar que o pioneirismo seja uma coisa boa, mas, às vezes, sair na frente pode significar um tropeço:

Max Payne

Em 2001, Max Payne chegou ao Brasil com uma novidade que poucos jogos tinham na época: dublagem em português. A iniciativa foi da distribuidora Greenleaf, que decidiu localizar o jogo tanto nos textos quanto nas vozes e o trabalho foi feito em São Paulo, com o ator Mauro Castro dando voz ao protagonista, Max Payne.

O processo de dublagem, no entanto, não foi dos mais fáceis. Em entrevistas, Mauro Castro revelou que o trabalho foi bastante complicadolink outside website devido à falta de referências visuais e ao pouco suporte do cliente. Os dubladores tiveram que trabalhar praticamente "às cegas", tendo só os áudios originais como guia.

Enquanto alguns jogadores gostaram do game em português e da atuação de Mauro Castro, outros acharam que a dublagem ficou “forçada”, especialmente os capangas, que soavam exageradas e até cômicas. Ainda hoje, muitos consideram a dublagem tosca, mas de um jeito que tornou ela um “cult” do jogo.

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Vale destacar que a dublagem oficial em português só foi lançada no PC e as versões para consoles, como o PlayStation 2, não são dublados. Olhando para trás, a dublagem de Max Payne de 2001 pode não ter sido perfeita, mas foi um passo importante na história da localização de jogos no Brasil, abrindo caminho para que mais títulos fossem adaptados no futuro.

Mortal Kombat X

Em 2015, a cantora Pitty foi convidada para dublar a personagem Cassie Cage em Mortal Kombat X.link outside website Vamos falar a real, a Pitty canta muito bem, mas como Cassie, ficou bem ruim.

Após o lançamento, a dublagem de Pitty recebeu muito hate. Os fãs apontaram que a interpretação soava desconectada da personalidade da personagem, falavam sobre o forte sotaque da cantora e algumas falas, como “Vou equalizar a sua cara”, soaram estranhas para o estilo do jogo e da Cassie.

Pitty respondeu às críticaslink outside website, explicando que foi convidada para o projeto e não teve controle sobre o texto, direção ou edição. Ela mencionou que descobriu os detalhes durante as gravações e seguiu as orientações fornecidas.

Devido às críticas, a Warner Bros. substituiu a voz de Pitty nas falas adicionais da expansão "Kombat Pack 2" por outra dubladora, citando conflitos de agenda como motivo para a mudança. Esse jogo destacou os desafios de utilizar celebridades sem experiência, os chamados “Star Talents”, em dublagem de jogos, mostrando a importância de uma atuação que corresponda a expectativa dos fãs e à essência dos personagens.

Roger Moreira em Battlefield

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Quando a Warner Bros. chamou o rockeiro reacionário Roger Moreira, vocalista do Ultraje a Rigor, para dublar o Nick Mendoza em Battlefield: Hardline, parecia que a ideia era mais chamar atenção pelo nome famoso do que encaixar alguém que combinasse com o personagem. A ideia gerou curiosidade no começo, mas quando o jogo saiu, o pessoal percebeu que não tinha dado certo. O Roger não tem experiência como dublador, e isso ficou bem evidente. O jeito que ele falava era travado, como se estivesse só lendo o texto sem entender o clima da cena. E como o personagem principal fala o tempo todo, isso acabou pesando.

O problema ficou ainda mais evidente quando os outros personagens apareciam com vozes bem mais naturais, feitas por dubladores profissionais. A diferença era gritante, e isso tirava a imersão da história. Nick Mendoza é um policial envolvido em várias situações tensas, com ação, drama, traição — e o Roger não conseguia passar nada disso na voz.

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Quando as críticas começaram a aparecer, o Roger acabou brigando nas redes sociais. Ele chegou até a brigar até com Guilherme Briggs, que só tinha comentado de forma educada sobre como é importante levar esse tipo de trabalho a sério. No fim, a participação dele virou um exemplo de como não é só ter um nome conhecido que garante uma boa dublagem. E depois desse episódio, a indústria passou a escolher com mais cuidado quem será chamado para dublagens, porque o público nota quando algo não fica bom.

Assassin’s Creed: Black Flag

Embora tenhamos falado que a série Assassin’s Creed seja um bom exemplo de dublagem, nem todos acertaram de primeira. A dublagem em português de Assassin's Creed IV: Black Flag foi realizada pelo estúdio Sérgio Moreno Filmes, sob a direção de Júlio Monjardim. O elenco contou com vozes como Acácio Oliveira interpretando Edward Kenway, Roberto Pirillo como Barba Negra e Leonardo Bastos no papel de Adéwalé.

A recepção da dublagem foi mista. Enquanto alguns jogadores elogiaram o esforço de localizar o jogo para o público brasileiro, outros apontaram que a interpretação de certos personagens não transmitia a emoção necessária, afetando a imersão na narrativa. Quer dizer, piratas falando um português corretíssimo não era bem a ideia de localização de jogo que tínhamos. Faltou um pouco de imaginação aqui.

Além das críticas à atuação, alguns jogadores relataram problemas técnicos relacionados à dublagem. Por exemplo, dificuldades em manter as configurações de idioma salvas, fazendo com que o jogo retornasse ao inglês a cada reinício, apesar de o áudio permanecer em português. No fim, enquanto a iniciativa de localizar o jogo para o público brasileiro foi boa, a dublagem de Assassin's Creed IV: Black Flag recebeu elogios e críticas, conforme a experiência e expectativa de cada jogador.

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Boas e Más Dublagens na Versão Originais

A versão original dos jogos conta geralmente com inúmeros personagens inesquecíveis por sua voz marcante. Reconhecemos eles em outros games ou de outras mídias. Veja alguns exemplos de dublagens que foram ótimas, vencedoras de prêmios, e outras que nem o nome mais estrelado de Hollywood salvou:

Baldur’s Gate 3 : Um dos elencos mais fortes da história dos games. Jason Isaacs, o Lucius Malfoy dos filmes de Harry Potter, é Lord Gortash, vilão político e calculista, usando seu talento clássico de vilões carismáticos. J.K. Simmons, o eterno J. Jonah Jameson, faz o paladino sombrio Ketheric Thorm, com uma atuação poderosa e emocional. Além desses nomes, Neil Newbon, premiado com o BAFTA por seu trabalho como Astarion, rouba a cena com um personagem que mistura sarcasmo, charme e dor com maestria.

Mass Effect Trilogy : Jennifer Hale como a versão feminina do Comandante Shepard é amplamente considerada uma das melhores performances da história dos jogos, enquanto Mark Meer, o Male Shepard, também tem uma comunidade de fãs que amam seu trabalho. Freddie Prinze Jr., conhecido por interpretar Fred nos filmes live-action de Scooby-Doo, deu voz ao personagem James Vega em Mass Effect 3. Martin Sheen (de The West Wing) interpreta o Illusive Man com uma presença intensa e controlada. Lance Henriksen também adiciona seriedade como o Almirante Hackett. Tudo isso dá ao universo do jogo um peso cinematográfico real.

Dragon Age II : A britânica Jo Wyatt dá voz à protagonista feminina Hawke também é conhecida por dublar a Ciri em The Witcher 3, e mostra um domínio excelente de emoção e timing. A atriz Felicia Day como Tallis, conhecida por seu trabalho em séries web como The Guild, deu voz à elfa assassina Tallis no DLC Mark of the Assassin. Apesar de o jogo ser polêmico por outras razões, a dublagem dela foi sempre elogiada pela entrega autêntica, especialmente nas decisões morais pesadas do jogo.

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Death Stranding : Um jogo dirigido como um filme, com um elenco de primeira. Norman Reedus vive Sam com uma pegada introspectiva e realista. Mads Mikkelsen rouba todas as cenas com sua entrega dramática como Clifford Unger. Léa Seydoux e Margaret Qualley também aparecem, além de Troy Baker como o vilão Higgs, exagerado e carismático. É mais do que uma dublagem — é atuação de cinema.

Cyberpunk 2077 : Ele interpreta Johnny Silverhand, uma espécie de anti-herói digital que vive na mente do protagonista. A entrega do Keanu divide opiniões por ser mais contida, mas funciona bem dentro da personalidade arrogante e cínica do personagem. Apesar de o jogo ter tido um lançamento problemático, a dublagem foi um dos pontos mais sólidos.

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Destiny : Peter Dinklage, famoso como Tyrion Lannister em Game of Thrones, foi a voz do Ghost, o pequeno robô que acompanha o jogador. A expectativa era alta, mas o resultado ficou longe do ideal. A dublagem era sem vida, com falas soando automáticas e frias — até para um personagem robótico. A frase “That wizard came from the moon” virou piada e exemplo de má atuação. A crítica foi tão forte que a Bungie trocou todas as falas dele por Nolan North em uma atualização posterior.

Call of Duty: World at War : Oldman é um ator de altíssimo nível, ganhador de Oscar, mas sua dublagem como o sargento Reznov teve um tom exagerado. Ele gritava demais, e sua voz soava mais teatral do que realista, destoando do clima pesado e sombrio do jogo, que tentava retratar os horrores da Segunda Guerra. Para alguns jogadores, parecia que ele estava atuando num palco, não numa guerra digital.

Gears of War 3 : Ice-T interpretou Griffin, líder de um grupo civil. A ideia era dar personalidade ao personagem com o estilo do rapper, mas não funcionou bem. A atuação dele soava desconectada, sem emoção. Ele parecia estar lendo um script, sem se envolver com a cena ou reagir ao que estava acontecendo. Isso tirava o impacto de momentos que deveriam ser mais intensos.

Wheelman : Vin Diesel foi o protagonista Milo Burik e também produtor do jogo. Mas, apesar do envolvimento, sua dublagem foi criticada por ser monótona. Ele falava tudo num tom constante, sem variações ou emoção. Num jogo de perseguições e ação frenética, isso deixava tudo mais morno do que deveria ser. Era como se ele estivesse apenas “marcando presença”.

Way of the Dogg : O rapper interpretava a si num jogo rítmico com foco em luta e música. Apesar de o conceito ser divertido, a dublagem de Snoop era preguiçosa. Ele falava com tanta calma e falta de energia que parecia estar entediado. Era difícil levar a história a sério com a entrega dele tão desconectada do que o jogo tentava fazer.

Agora, fale conosco nos comentários quais são os exemplos de boas e más dublagens para você.