Introdução
Tomb Raider completa 28 anos em 2024 e um dos melhores presentes para os amantes mais antigos da franquia (que, assim como eu, viviam jogando com seus PlayStations em pé) poderiam receber foi a remasterização da trilogia clássica da exploradora de tumbas mais famosa dos vídeo-games.
Lara retorna nesses três jogos, com gráficos completamente retrabalhados, além de conteúdos extras! Tomb Raider I-II-III Remastered ficou dispononível nas plataformas Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Series S|X, PC e Nintendo Switch.
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Este review foi feito com base na versão do jogo para Nintendo Switch.
O Remastered - Diferenças com o Original
Crescido nos anos 90, quando nos deparamos com algo que vivenciamos em nossa infância, aquilo traz diversas sensações boas, lembranças e momentos que só puderam ser vividos naquela época.
Tomb Raider foi o meu segundo jogo de PS One (o primeiro foi Dino Crisis 2). Ao iniciar essa remasterização fui recheado de lembranças e uma sensação absurda de nostalgia. Tudo que existia no original estava ali, com uma roupagem nova, mas sem perder a essência do jogo original. Essa sensação de volta a infância é algo que poucos remasters conseguem trazer.
Assim como na remasterização de Halo Combat Evolved, que possui um botão capaz de alterar entre os gráficos novos para os originais em tempo real, Tomb Raider possui essa opção inclusa até nos menus! Quando iniciamos o jogo mesmo em sua versão atual, podemos não sentir tanta diferença, mas após apertar o botão + (equivalente ao start do Xbox ou Options do PlayStation), vemos a diferença de como o jogo antigo era. Nesse momento é evidente o quanto essa trilogia era a frente do seu tempo e explica o porquê dela ter influenciado tanto na forma que os próximos jogos 3D de exploração, aventura e ação seriam feitos.
Os conteúdos implementados nessa remasterização incluem: botão para troca rápida entre modo clássico e remasterizado, controles tank e modernos, opção de salvar em qualquer momento do jogo, indicadores de ação e até mesmo um modo foto com os botões L3 + R3.
Além disso, existe algo muito interessante em relação ao clássico: os chefes agora possuem barras de vida. Apesar de soar como algo simples, essa função ajuda em muito o jogador a economizar suas munições e montar sua estratégia para enfrentar determinados chefes.
Controle Tank Vs Controles Modernos
Para mim, que joguei por anos os Tomb Raiders de PS One, rejogar a trilogia com os controles tanks foi algo simples e extremamente confortável, além de nostálgico. Para novos jogadores eles podem parecer muito travados e até mesmo imprecisos devido a diversos saltos e acrobacias que precisamos fazer para solucionar enigmas ou para sair de situações perigosas.
Os controles modernos, para mim, acabaram dificultando mais do que ajudando. Através deles é possível controlar a câmera com o analógico direito, porém, a Lara irá se movimentar para onde você estiver olhando, o tornando mais difícil para quem estava acostumado com o sistema anterior. As armas, ao invés de apertar o botão X (Y no Xbox e Triângulo no PlayStation), deve-se manter pressionado o botão L2 para mantê-las em punho e R2 para atirar.
Gameplay e Conteúdo
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Os jogos mantiveram tudo como nos originais: puzzles, level design, inimigos e equipamentos. Graças a algumas adições citadas anteriormente, como a barra de vida nos chefes e o indicador de ação, que ajuda a encontrar itens em lugares mais escuros e ter a certeza de que determinado objeto é interativo, o jogo se torna um pouco mais amigável.
Seguindo os moldes antigos, os jogos são por fases e ao final delas é apresentado uma tabela com o tempo de conclusão, itens coletados, inimigos derrotados, áreas secretas descobertas e a precisão dos tiros.
Porém, para os desavisados, a dificuldade continua a mesma dos antigos, o que faz com que qualquer erro possa te matar, como cair de um lugar muito alto, ser pego por um inimigo atrás de um pilar escondido ou até ficar sem fôlego por se perder enquanto mergulha. Ao morrer toda a fase é resetada, a menos que o jogador tenha criado um save rápido anteriormente, então recomendo salvar sempre que possível para não perder o seu progresso.
No geral, cada um dos jogos pode levar cerca de 5 a 7 horas para ser completado, variando conforme a habilidade do jogador e tempo que pode ser gasto para solucionar cada um dos quebra-cabeças presentes no game.
Com a adição das expansões, conteúdo extremamente interessante e rico que foi incluso nesse remastered, o tempo para finalizar cada um dos jogos pode ser aumentado em pelo menos duas horas. Tomb Raider I-II-III Remastered, para aqueles que buscam o seu 100%, principalmente em plataformas como Xbox e PlayStation, que possuem sistema de conquistas, pode levar cerca de 30 horas ou mais!
Outro detalhe interessante é que mantiveram a maioria dos códigos e cheats existentes nos jogos originais, agregando uma fidelidade e imersão ainda maior com a experiência de Tomb Raider nos anos 90!
Os Detalhes da Remasterização
Este novo jogo da Lara Croft não possui gráficos de última geração como o de jogos mais recentes, nem mesmo algo semelhante ao que foi o último jogo lançado (Shadow of The Tomb Raider, em 2018), porém sua estética agrada aos olhos de quem não conhecia a franquia e mantém a nostalgia dos jogadores mais antigos.
Todas as texturas foram retrabalhadas, sistema de iluminação redefinido e isso pode causar até mesmo um incomodo em algumas partes que acabaram se tornando mais escuras que no original. O anti-alisign aplicado mantém os objetos com quinas arredondadas e lisas, sem perder o charme de um jogo dos anos 90 poligonal.
A sonoplastia foi mantida como a original, algo que particularmente considero bom: muito da essência dos jogos antigos está presente nela e só podemos alcançar o máximo da experiência de como eram os jogos dos anos 90 graças a ela.
O jogo se mantém dublado em inglês como no original, porém dessa vez possui legendas em cerca de 20 idiomas.
Prós e Contras
Tomb Raider I-II-III Remastered é um jogo que os mais nostálgicos e que cresceram nos anos 90 irão ficar empolgados em experimentar, porém, nem tudo são perfeições:
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Pontos Positivos
Pontos Negativos
NOTA: 8,5
Conclusão e Nota
Tomb Raider I-II-III Remastered foi uma das melhores surpresas em relação aos últimos remasters já feitos.
Assim como Crash Bandicoot, Spyro ou até mesmo Shadow of The Colossus, esse remaster conseguiu trazer todos os sentimentos que pude vivenciar quando criança ao jogar esses jogos pela primeira vez. Rejogar com outra mentalidade me fez perceber o quanto esses jogos eram a frente de seu tempo em relação a Level Design, inovação de gameplay e controles, estética, exploração de elementos da atualidade.
O enredo do jogo que agora legendado, para aqueles que não puderam compreender na época devido a limitações de idioma, se torna algo prazeroso de acompanhar, mostrando como usar de clichês de filmes de ação dos anos 90 pode tornar um jogo tão divertido e único.
Minha nota final é 8.5/10. Apesar de ter um público alvo sendo os mais velhos e aqueles que já são fãs da franquia, acredito que os jogadores novos possam gostar da dificuldade apresentada no jogo e assim, quem sabe, os estúdios voltem a criar jogos com design de níveis tão imersivos e menos lineares conforme apresentados hoje em dia.
Ele entrega tudo que os fãs mais perfeccionistas amavam dos jogos na época, pois tudo foi mantido com carinho e respeito a obra original, apenas sendo retrabalhado com o mais alto capricho em todo seu visual, mecânicas mais atualizadas e até mesmo sistemas de conquistas!
Comente abaixo a sua experiência com a franquia. Está jogando ou pretende jogar esse Tomb Raider? Já conhecia a franquia antiga ou apenas conhece a Lara Croft do reboot de 2013? Não deixe de conferir nosso artigo com o review de Tekken 8. Tekken 8!
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