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Review: Commandos: Origins – Entre Trincheiras e Estatégias de Guerra

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Commandos: Origins leva você ao emocionante mundo da guerra tática, vivencie batalhas intensas e manobras estratégicas como nunca.

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revu par Romeu

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O Legado e as Expectativas

Commandos: Origins marca o retorno de uma das franquias mais clássicas dos anos 90, resgatando os jogos de estratégia em tempo real com uma ambientação na Segunda Guerra Mundial. Desenvolvido pela Claymore Game Studios e publicado pela Kalypso Media, o jogo promete modernizar a fórmula clássica com gráficos atuais, mecânicas refinadas e uma narrativa que explorará as origens do esquadrão. Após mais de 40 horas de gameplay percebi que o jogo tem claras homenagens e também falhas que pode desafiar o jogador. Neste artigo vamos ver cada detalhe deste jogo que marcou uma época de adolescentes fixados na frente de uma tela.

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Jogabilidade: Tática, Paciência, Stealth e Coordenação

A jogabilidade de Commandos sempre foi o coração da série, e, em Origins mantém a essência clássica: controle de até seis personagens com habilidades únicas, como o Green Beret (especialista em combate corpo a corpo) e o Espião (mestre em disfarces). Cada missão exige planejamento meticuloso do cenário para evitar a detecção dos inimigos, com mecânicas de visão em cone e padrões de patrulha que lembram quebras-cabeças. Em Origins o sistema de inventário tradicional (presente nos jogos antigos) foi retirado e isso gerou debates entre os fãs da série: enquanto alguns veem isso como uma simplificação, outros (como eu) lamentam a perda de profundidade tática que o game tinha.

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Command Mode: A Grande Inovação

Inspirado em Desperados 3, o Command Mode permite congelar o tempo e programar ações simultâneas para múltiplos personagens. Essa ferramenta é essencial para sincronizar assassinatos, distrações e sabotagens, especialmente em missões com muitos inimigos. Executar um plano perfeito é extremamente satisfatório, pode parecer difícil à primeira vista, e a curva de aprendizado exige paciência. Mas depois que pegamos o jeito, nos sentimos um Sherlock Holmes resolvendo um enigma.

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Cooperação e Rejogabilidade

Pela primeira vez na série, o modo cooperativo para dois jogadores (online ou local) traz elementos estratégicos, como dividir tarefas. Um jogador, por exemplo, pode ficar com a tarefa de se infiltrar e criar distrações enquanto o outro elimina os inimigos furtivamente. No entanto, a comunicação entre os dois precisa ser impecável para evitar erros, como alertar uma patrulha. Os objetivos secundários podem ser um grande incentivo para rejogar a fase e completar todos os objetivos (ex.: eliminar alvos específicos sem matar soldados comuns), embora algumas missões sejam lineares e possam limitar a variedade de abordagens, o jogo recompensa quando conseguimos atingir todos os objetivos da missão.

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Gráficos e Som: Beleza Visual vs. Problemas Técnicos

Utilizando a Unreal Engine 5, o jogo oferece cenários extremamente detalhados e Imersivos, como bases árticas cobertas de neve e desertos africanos sob um sol escaldante. A transição suave entre ambientes internos e externos (sem telas de carregamento) deixa o jogo mais fluído, e os elementos interativos, como pegadas na neve e sombras, aumentam a imersão do ambiente. Outra coisa que me chamou atenção foi a opção de alternar entre símbolos nazistas históricos ou versões censuradas, algo que foi um acerto da equipe de desenvolvimento para pessoas sensíveis.

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Bugs e Otimização

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Apesar da beleza artística do jogo, Commandos: Origins pode ser uma experiência limitada para alguns jogadores com problemas técnicos:

IA Inconsistente: Inimigos ignoram corpos caídos (coisa inaceitável para a série), os inimigos não investigam explosões que notoriamente são audíveis (lutra coisa que deixa o jogo mais fácil, porém frustra), e os soldados tem padrões previsíveis, algo que nos primeiros jogos era comum, mas poderiam ser refinado com os mecanismos atuais. Algo que me chamou atenção foi em uma missão no Ártico, os soldados inimigos continuarem patrulhando um cabo elétrico mesmo após um colega ser eletrocutado.

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Problemas de Performance: Joguei a versão no console Xbox Series e tive uma ótima experiência, mas usuários de PC com máquinas mais potentes, rodando o jogo na qualidade máxima, relataram quedas de FPS e travamentos frequentes, mesmo em hardware robusto (ex.: RTX 3060). Outra reclamação foi a falta de suporte à DLSS/FSR que comprometia especialmente mapas grandes.

Bugs Visuais: Algumas pessoas relataram animações quebradas como corpos se contorcendo absurdamente, colisões com falhas e personagens presos em escadas. Não tive nenhum desses problemas no console, portanto, pode ser algo relacionado à versão de PC!

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Narrativa: Uma Oportunidade Perdida?

Embora a premissa de explorar as origens do esquadrão seja maravilhosa, a execução não se aprofunda muito, ficando mais superficial. Cutscenes entre missões são bem genéricas, e ficam focadas em contextualizar os objetivos da missão, como, por exemplo, "destruir uma ponte". Poderiam desenvolver as personalidades dos personagens e contar mais sobre suas histórias e motivações. Os diálogos são curtos e bem clichês de filmes de ação (ex.: "Considere Feito"), isso deixa os personagens estereotipados como "soldados durões", e não explorar seus traumas de guerra.

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A história é muito linear, sem momentos emocionais ou reviravoltas narrativas deixando toda a história do jogo como pano de fundo para a ação. Embora seja uma característica da serie ter pouca história, ao meu ver perderam a chance de trazer mais profundidade ao jogo, fazendo links para proximos jogos da serie.

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Legado: Respeito às Raízes com Falta de Ousadia

Commandos: Origins bebe diretamente da fonte clássica, mantendo a estrutura das missões baseadas em stealth e coordenação. No entanto, o jogo falha nas inovações: enquanto Desperados 3 (um concorrente direto), introduziu mecânicas como arrastar corpos e sistemas de alerta dinâmicos, Origins se apegou às fórmulas conservadoras da serie. A IA do jogo pouco desenvolvida fica evidente quando comparada a jogos que se reinventaram como Hitman, onde inimigos reagem a mudanças de ambiente de forma orgânica.

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O Peso da Nostalgia

Para fãs da série (como eu), o jogo é uma homenagem digna e nostálgica, com referências visuais e mecânicas que trazem às memórias os títulos originais. Skins clássicas (disponíveis na Edição Deluxe) permitem reviver o visual de Commandos 2, algo que me agradou demais. No entanto, a dependência da nostalgia pode deixar novos jogadores incomodados diante de falhas técnicas e visuais.

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Aspectos Técnicos: Dificuldade e Sistema de Save

A dificuldade de Commandos: Origins é honesta. Caso voce tenha um mínimo erro, como um passo em falso, vão resultar em game over instantâneo. O sistema de quicksave é essencial, mas salvar o jogo em momentos inadequados (ex.: durante escaladas) podem deixar seu progresso comprometido, forçando reinício de missões inteiras. A ausência de autosave (característica da série) se justifica pelo gênero trial-and-error e exige disciplina e memorização do jogador.

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Prós e Contras

Prós

  • Níveis detalhados, Command Mode inovador, atmosfera autêntica da Segunda Guerra.
  • Command Mode adiciona profundidade tática.
  • Ambientes diversificados e rejogabilidade.

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  • Coop bem implementado.

    Contras

  • IA fraca.
  • Bugs técnicos (no PC).
  • Narrativa simples e superficial.
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    Conclusão: Vale a Pena jogar Commandos: Origins ?

    Vale sim! Commandos: Origins é uma experiência ótima para fãs da série. É uma celebração nostálgica com mecânicas mais modernizadas e desafios nostálgicos. No entanto, a falta de narrativa impede que ele brilhe no gênero. Se você está disposto a encarar pura estratégia, este é um jogo ótimo para isso.

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    Commandos: Origins está disponível para PC, PS5, Xbox Series X/S; PS4/Xbox One (previstos para final de 2025).

    A Edição Deluxe: Inclui skins clássicas, trilha sonora e modelo 3D do Green Beret

    Disponível no Xbox Game Pass: Disponível no lançamento para assinantes.