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10 jogos de terror indie que você precisa conhecer

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Jogos de terror são um gênero que podem ter diversos tipos de estilo e jogabilidade, mas com o mesmo propósito, deixar o jogador aflito. Neste artigo, descubra 10 jogos indies de terror para lhe aterrorizar.

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revised by Romeu

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Os jogos de terror conquistaram um grande espaço na indústria ao longo dos anos, desde clássicos como Resident Evil e Silent Hill até títulos mais obscuros, como Rule of Rose e Kuon.

Com o tempo, muitos desses jogos passaram por mudanças para se adaptar a novas gerações. Alguns adotaram uma abordagem mais voltada para a ação, enquanto outros seguiram um caminho repetitivo, focado apenas em se esconder de monstros, tornando o gênero previsível. No entanto, enquanto a indústria tradicional muitas vezes se mantém estagnada, desenvolvedores independentes têm mostrado um enorme potencial, reinventando o terror de formas criativas e inovadoras.

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Pensando nisso, preparei uma lista com 10 jogos indies de terror que fogem das fórmulas tradicionais, provando que o medo pode surgir de qualquer maneira quando bem explorado.

Crow Country

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Ambientado na década de 90, Crow Country acompanha uma jovem em busca de respostas sobre o misterioso desaparecimento de Edward Crow e os motivos por trás do fechamento do parque temático que leva seu nome.

Esse survival horror não apenas adota a estética dos jogos do PlayStation 1, mas também captura sua essência na jogabilidade. Com cenários que remetem a Silent Hill e Resident Evil e personagens chibi em low poly no estilo de Final Fantasy VII, o jogo combina nostalgia e originalidade. A história se desenrola dentro do parque de diversões, onde o jogador deve resolver puzzles, enfrentar criaturas sobrenaturais e desvendar os segredos sombrios que cercam o desaparecimento de Crow.

Embora traga fortes inspirações de clássicos do gênero, tanto na estética quanto na atmosfera similar à de Silent Hill 3, Crow Country não se apoia apenas na nostalgia. Com um charme próprio e uma narrativa envolvente, o jogo promete prender a atenção do jogador do começo ao fim.

Faith

Uma prova de que o terror pode ser eficaz até mesmo em 8-bits, com todas as limitações de um jogo da era dos anos 80.

A história de Faith acompanha um padre que viaja até uma casa isolada onde um exorcismo deu errado. Cabe ao jogador investigar o local, enfrentar forças malignas e descobrir os segredos por trás dos acontecimentos. Durante a jornada, será necessário explorar florestas, igrejas abandonadas e residências assombradas, exorcizando locais, coletando pistas e enfrentando cultistas possuídos.

Apesar de seus visuais extremamente simples, o jogo consegue criar uma atmosfera de tensão constante. O terror aqui não depende apenas da estética, mas também de uma ambientação inquietante e de um excelente design sonoro. Mesmo utilizando sons em estilo chiptune, Faith consegue assustar de maneiras que muitos jogos modernos nem chegam perto, provando que um bom jogo de terror não precisa de gráficos avançados, apenas criatividade e uma execução impecável.

MiSide

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Nem tudo é o que parece, e MiSide é a prova disso, enganando os jogadores desavisados ao começar como um simples simulador de namoro, apenas para revelar um terror psicológico repleto de quebra da quarta parede e metalinguagem.

A história acompanha um protagonista que baixa um jogo de namoradinha virtual, mas, com o tempo, começa a se afastar da tela devido às responsabilidades da vida real. O que parecia um romance inocente logo se transforma em algo muito mais sombrio quando Mita, a personagem do jogo, constrói uma máquina capaz de puxá-lo para dentro daquela realidade. O que inicialmente soa como uma comédia romântica logo se transforma em um horror cheio de reviravoltas inesperadas.

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MiSide mistura diversos gêneros ao longo da experiência, incluindo stealth, runner e até minigames, sem nunca perder a essência aterrorizante que persegue o jogador. Esse é o tipo de jogo que, quanto menos se souber, melhor – uma experiência surpreendente que vale a pena conferir.

Asleep

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Desenvolvido e ambientado no Brasil, Asleep é a prova de que a cena nacional de jogos tem um enorme potencial.

Na pele de Ana Lúcia, uma jovem confusa e solitária, os jogadores exploram uma cidade no Nordeste brasileiro repleta de cenários aterrorizantes, enquanto tentam escapar das criaturas que espreitam na escuridão. Além de sobreviver, é preciso manter a sanidade da protagonista diante dos horrores ao seu redor.

Com uma jogabilidade no estilo point-and-click, que remete a clássicos como Clock Tower, e uma forte inspiração na atmosfera sombria de Silent Hill, Asleep se destaca com sua pixel-art detalhada e uma narrativa envolvente do início ao fim.

Stay Out of the House

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A Puppet Combo se tornou uma referência em jogos de terror com estética retrô, remetendo à era do PlayStation 1, e Stay Out of the House é um dos títulos que consolidaram esse estilo no gênero.

Com uma jogabilidade focada em furtividade e tensão constante, o jogador precisa escapar da casa de um serial killer canibal antes que o tempo acabe, tendo apenas três dias para encontrar uma saída.

Além da paixão evidente pelo visual low poly dos jogos clássicos do PlayStation 1, o jogo bebe diretamente da fonte dos filmes slasher dos anos 80, combinando sua estética com um filtro VHS que faz a experiência parecer um autêntico filme de terror B sendo rodado em um velho videocassete.

The Cat Lady

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Para quem busca uma experiência de horror psicológico intensa e impactante, The Cat Lady é a escolha perfeita.

A trama acompanha Susan, uma mulher solitária de 40 anos que perdeu toda a esperança na vida. Sem família, amigos ou qualquer motivo para continuar, ela está à beira do suicídio. No entanto, sua jornada toma um rumo inesperado quando cinco estranhos surgem para mudar tudo.

Com uma jogabilidade no estilo point-and-click e um visual que reforça perfeitamente a atmosfera sombria do jogo, The Cat Lady apresenta uma narrativa profunda e personagens marcantes, especialmente sua protagonista. É o tipo de história que não apenas assusta, mas também deixa reflexões que permanecem com o jogador por muito tempo.

Darkwood

Para os fãs de survival horror que buscam uma experiência diferente, Darkwood oferece uma nova perspectiva sobre o gênero.

Em um mundo devastado e amaldiçoado, sua missão é explorar casas abandonadas e florestas em busca de recursos durante o dia. Mas, quando a noite cai, o verdadeiro terror começa. Você precisará encontrar um abrigo, reforçar barricadas e se preparar para sobreviver às criaturas que espreitam na escuridão.

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Com uma visão top-down e sem tutoriais que seguram a mão do jogador, Darkwood desafia você a aprender cada detalhe por conta própria. Suas escolhas moldam o mundo e a história de forma permanente, tornando cada partida única. Um verdadeiro teste de sobrevivência, onde cada dia conta e o medo está sempre à espreita.

The Mortuary Assistant

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Nos últimos anos, surgiram diversos simuladores de trabalho com a proposta de serem relaxantes e satisfatórios. The Mortuary Assistant, no entanto, segue o caminho oposto. Além de realizar tarefas diárias em um necrotério, você também precisará lidar com eventos paranormais aterrorizantes.

Durante a noite, sua função é preparar corpos para o velório, realizando o processo de embalsamamento. Mas, enquanto executa suas tarefas, fenômenos sobrenaturais começam a acontecer. Você precisará reunir pistas, realizar rituais de ocultismo e identificar qual espírito maligno está assombrando o local para bani-lo antes que seja tarde demais.

Cada sessão traz novas revelações sobre a história da protagonista, aprofundando seu passado e os motivos que a levaram a esse trabalho. Com uma atmosfera sempre tensa e imprevisível, The Mortuary Assistant garante que o jogador nunca se sinta totalmente seguro.

The Horror of Salazar House

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Resgatando a atmosfera dos jogos da era MS-DOS, The Horror of Salazar House mostra como é possível criar uma experiência imersiva e assustadora, digna de um verdadeiro filme de terror.

Com um visual inspirado no Virtual Boy e nos clássicos point-and-click da época, o jogador assume o papel de uma jornalista em busca de respostas sobre o desaparecimento do renomado autor Jaime Salazar. Sua investigação a leva até uma mansão supostamente abandonada, mas logo ela descobre que não está sozinha no local.

A gameplay gira em torno da exploração da mansão, resolução de enigmas e descoberta de segredos sombrios, enquanto o jogador tenta evitar ser capturado por Isabel, uma presença aterrorizante que, apesar do visual retrô, garantirá muitos sustos e momentos de tensão a cada passo dado pelos corredores escuros da mansão.

World of Horror

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Em meio ao caos de um aparente fim do mundo, com rumores estranhos na escola, pessoas desaparecendo e relatos de acontecimentos fora do normal, só resta confrontar o terror que reina nesse apocalipse.

Com um estilo de arte monocromático e forte inspiração no horror cósmico de H.P. Lovecraft e no terror visual de Junji Ito, o jogo nos coloca na pele de um morador de Shiokawa, em meio ao colapso do mundo. Cabe ao jogador enfrentar o medo que domina a cidade, explorando um Japão caótico e lutando contra criaturas no melhor estilo do horror japonês. A experiência mistura elementos de RPG por turno, roguelite e aventura textual, criando uma jogabilidade única e envolvente.

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A cada partida, o jogo gera um mistério aleatório que funciona como uma fase, cada qual contando uma história única, como se fossem pequenos contos de horror, todos com uma forte influência dos autores que inspiraram os desenvolvedores. Para fãs de Lovecraft e Ito, ou até mesmo para quem tem curiosidade em explorar esse estilo de narrativa, o jogo é um prato cheio.

Conclusão

Jogos de terror são uma das experiências mais envolventes para quem busca uma boa história, enigmas desafiadores e, claro, a adrenalina de fugir de uma ameaça implacável, como se estivéssemos em um verdadeiro filme de terror.

E você, já jogou algum desses jogos? Tem alguma recomendação que ficou de fora? Compartilhe nos comentários!

Obrigado pela leitura e até a próxima!